CAPÍTULO 45
Simonetta se arrependeria para sempre de ter insultado aquele motorista. Graças ao conhecimento prévio do motorista, o pai de seu filho, agora meio tio e sempre amor, tivera a parada cardiorrespiratória na porta do hospital. O mais estranho não era beijar Gareth naquele estado para ele parar de perder o fôlego e sim convencer a sua família que ela e Gareth formavam o casal do ano, 100% sem defeitos e livre para todos os públicos. O bom é que Gareth não sairia da sua vida tão fácil. O ruim era todo o resto.
– Minha Nossa Senhora Aparecida, Virgem Santa, bota essa na minha lista de pecados mortais e amores imortais, que eu mereço. – Rezou Simonetta, no instante em que Gareth foi levado para UTI pelos médicos de plantão.
– O que ele é teu? – Perguntou um socorrista.
Simonetta não pensou duas vezes antes de responder e ser chamada para dar detalhes do envenenamento.
– Ele é meu namorado. – Orgulhou-se Mona, apesar de tudo.
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Nathalia planejava fazer uma revolução femista (e excluir os machos escrotos como seu pai da face da Terra). Sim, ela cansou de ser feminista e pregar igualdade entre os gêneros. Agora, para ela, o problema da humanidade se resolvia com a supremacia feminina. Homens não prestavam. Ela tinha provas e convicções disso.
– Você é vadia como a sua mãe. Não foi a primeira vez que ela me traiu. – Justificou-se Jonathan. – Você precisa ser adestrada, você tem consciência disso agora, não é?
– Ela está saindo com aquele amigo marginal do seu tio. – Confessou o covarde. – Mas você não é obrigada a ser uma puta rasteira como ela. Vou te ensinar a ser uma puta profissional. Vamos para a lição de hoje?
– Sim, papai. – Consentiu Nathalia, tirando a roupa conscientemente, pois era melhor fingir concórdia do que ser brutalmente estuprada.
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As previsões e sentimentos de Asia eram sempre certeiros, mas deviam ser precisos em relação ao seu filho, Gareth. O garoto havia acabado de descobrir que era filho de Simão Virgínio Garuzzo, o único amor de sua vida, e era óbvio que Gareth não iria abraçar o pai e reivindicar o um quarto que lhe cabe na herança. Apesar de o rapaz ter passado os últimos sete anos distante da mãe, ela se gabava de conhecer o filho parcialmente. Parcialmente porque ela nunca imaginou que a reação de Gareth fosse a tentativa de suicídio. "Ele tentou se matar", disse Leônidas ao telefone. "Os detalhes mais obscuros deixaremos para outra hora. Procure por Simonetta." O que poderia ser mais obscuro que os verdadeiros motivos que fizeram os pais de Gareth se separarem? E o nome Simonetta lhe era muito familiar e não é preciso explicar o por quê.
– Que bom que a senhora veio. – Disse uma moça baixinha, de cabelos castanhos curtos e vestido e sapatilha azul-marinho. – Te reconheci pelo vestido florido e pela flor no cabelo. Gareth te descreveu para mim. – Contou. – Eu queria te conhecer em outra ocasião, não nessa.
– Você é a Simonetta, certo? – Perguntou a bruxa. – Por que Gareth te falou sobre mim? De onde vocês se conhecem?
– Sim, eu sou a Simonetta. Sou namorada do seu filho e neta do Simão.
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Helionora conseguira sair do papel de coadjuvante para a glória do papel de eventual mocinha para acabar como vilã imoral da história. Ela esperava que sua família não planejasse exilá-la, depois da sua contribuição fundamental para o romance de Gareth e Simonetta.
– Mãe, eu sou psicóloga! – Gritou Helionora. – Atração Sexual Genética acontece bem mais do que a senhora imagina.
– Claro que eu sei que acontece, mas os berros do seu irmão vão ser bem mais frequentes do que você imagina. – Defendeu-se Gina. – Digo, do seu irmão mais velho, agora que você tem um irmãozinho mais novo preferido.
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Sol em Virgem
Fiction généraleVirgo, uma misteriosa bruxa da capa preta, não se cansava de soltar maus agouros para cima de Gareth. Sua primeira profecia foi um "Cuidado com as semelhanças" lançada no dia em que Gareth chegara a Salvador com seu amigo de cárcere, Leônidas. Depoi...