CAPÍTULO 69
Finalmente Gareth ia para um lugar onde as pessoas não lhe olhariam torto. Não, ele não estava se apegando aos costumes da família Garuzzo rápido demais. É que era impossível dizer um não para sua verdadeira e única madrasta, Ginevra.
– Custava os meus 12,5% em relação à Simonetta vim do fato de eu ser algum parente perdido da Gina, com alto concentração genética de uma família formada por enlace entre primos? – Perguntou Gareth ao vento enquanto viajava à Teixeira de Freitas com Simonetta e Ginevra.
– No Brasil o que mais existe é casamento entre primos. Infelizmente nem todo primo é igual. – Dissertou Ginevra.
– Por que nem todos seriam iguais, vovó? – Indagou Simona, que estava com a mão na barriga, sentindo os chutes de Gabriel.
– Existem os primos de quem somos mais próximos, os que são mais distantes, os que nem sabem que a gente existe... – Justificou-se.
– Você tem contato com seus primos, Gina? Eu amo muito a minha, a Alasca. – Confessou Gareth.
– Meus laços familiares são bem complicados, Gareth. Nenhum dos meus filhos sabem bem sobre parte da materna da família. Na verdade, nem eu sei direito.
– A mamãe da vovó vivia numa casa para doentes mentais, Gareth. – Revelou Simonetta.
– Vou me abster das minhas observações. – Comentou Gareth.
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Simão tinha certeza que ainda amava Asia e sabia o motivo: o jeito Dela de tirar as coisas do lugar e transformar problemas não solucionáveis em probleminhas era encantador. No dia anterior ela tinha salvado o filho deles e a neta dele de continuar passando por um dos maiores vexames de Salvador. Ela sempre fora assim, inteligente, astuta, dona de um coração enorme.
Quando Maria Marta foi diagnosticada com leucemia, Asia começou a contar sobre todas as versões da criação do mundo e do universo, principalmente a que ela achava ser a mais correta: "Somos todos pó das estrelas. Quando morrermos voltaremos a ser pó e às estrelas retornaremos." Simão a amava e tinha o pressentimento que ela ainda o amava também. Incentivado por todas histórias malucas que vira nos últimos tempo e seus quase 65 anos, Simão decidira que se daria a chance de viver esse amor.
Surpreendentemente o carro de Luís Cláudio estava estacionado no mesmo local em que Simão estacionou seu carro. Ele conhecia o carro do filho. "Ainda bem que ele e a namorada feiticeira voltaram. Viva esse amor, meu filho, viva", pensou Simão. Agora seria sua hora de enfrentar as consequências do seu passado. Agora seria sua hora de tentar viver seu grande amor.
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Asia sentia uma vibração diferente em seus objetos esotéricos. E não era só os objetos que vibravam de um modo diferente: seu coração também. Ela deveria se preparar emocionalmente naqueles poucos instantes que a restava? Passados os segundos restantes, a feiticeira abrira a porta no momento em que seu visitante chegara.
Simão a pegara de surpresa e Asia não gostava de forma alguma disso. A mãe de Gareth gostava de trabalhar com hábitos previsíveis e até usava magia para prever, por exemplo, que time de futebol ganharia um campeonato. A paixão que sentiu por Simão na sua juventude fora imprevista e desconcertante. A ressurreição dela também estava acontecendo.
– Acredito que não veio pedir por proteção física já que pode comprar quantos seguranças quiser. – Desdenhou Asia. – Então deve tá querendo saber sobre nosso filho. Não se preocupe, ele está bem. Gina é muito mais cuidadosa que nós dois no que diz respeito à família.
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Sol em Virgem
Ficção GeralVirgo, uma misteriosa bruxa da capa preta, não se cansava de soltar maus agouros para cima de Gareth. Sua primeira profecia foi um "Cuidado com as semelhanças" lançada no dia em que Gareth chegara a Salvador com seu amigo de cárcere, Leônidas. Depoi...