47. A Ligação Está nas Cordas

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Música recomendada: The Chain, Fleetwood Mac

― É ele? Deixa eu falar! ― Jørn tem o braço forte e consegue me afastar

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― É ele? Deixa eu falar! ― Jørn tem o braço forte e consegue me afastar. ― Ei!

Ele está falando com Per ao telefone. Tenho certeza!

Jeová calculou tudo para que eu estivesse aqui para vê-lo. Mas agora Jørn se recusa a ceder o telefone para mim.

― Pergunta se ele vai voltar... ― sugiro.

Jørn apenas revira os olhos e me ignora.

Eu já falei para os meninos colocarem uma linha telefônica na casa deles, mas sempre me ignoram! Sempre precisam andar alguns quilômetros para poder telefonar para alguém.

― Sim, sim. Certo. Não, tudo bem. Ok, aguardamos. Melhoras pro teu irmão. ― ele desliga.

― Irmão? O que aconteceu com o irmão dele? É o Daniel? Ou o Anders? Ou há outro? Jørn, você precisa me dar o número da casa dele. Eu só tenho o endereço e...

― Ow, ow, ow. Contenha-se, garota! Eu só tenho dois ouvidos.

Arg! Por que ele não me diz logo tudo de uma vez?

― Puxa vida, eu só quero alguma informação.

― Não é da sua conta. ― ele sorri com desdém.

― Oras bolas, que grosseria. Eu só queria saber se está tudo bem. ― se a resposta do meu amigo de infância me doeu? Ora... óbvio que me machucou.

Cruzo os braços, e por puro orgulho pego minha bicicleta e saio pedalando dali. Se não quiserem contar, bom, eu não me importo.

Só que eu não tenho nenhuma notícia há 1 semana. Nadica de nada.

A única coisa que sei é que Pelle está na Suécia. O porquê? Não tenho ideia. Bom, na verdade tenho: alguma coisa aconteceu com o irmão dele.

Tenho algum tempo antes de ir pra casa de Sigrid, então aproveito para escrever uma carta bem elaborada para aquele sueco mala-sem-alça.

Ah, tomara que ele tenha uma boa explicação. Uma explicação que me deixe culpada por estar com raiva dele agora.

Queria pelo menos que tivessem alguma consideração comigo. Eu que me ofereço para ajudá-los em qualquer coisa que estiver ao meu alcance. Dei até dinheiro para que comessem bem durante a viagem! E olha só o que fazem.

Não é da sua conta... Eles vão se ver comigo. Não irei mais ajudá-los em nada. Quero só ver como que vão se virar.

Quero ver o Per.

Quero ver o Per.

Quero ver o Per.

É só o que se passa pela minha cabeça enquanto minha mãe não para de dar recomendações de segurança.

O Violinista no JardimOnde histórias criam vida. Descubra agora