Cachorro pidão

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    -Eu queria esganar aqueles dois! - Eu tinha saído do hospital e acabado de chegar em casa.
    - Sem esganar ninguém, cachorrão.
    - Marie falando para não matar ou uma mínima porrada, é porque é melhor não. - Harry disse rindo.
    - E pode me soltar, Sirius? Eu não estou morrendo não.
    - Ah mas eu não te solto, até virar sua cor no rosto.
    - Eu sou sem cor.
    - Não ligo, não te solto.
    - Posso bater nele?
    - É, já está ótima… - Sirius tirou o braço e se afastou. - Vocês não vão voltar ao trabalho não?
    - Não..? Até porque pediram para convencer Marie Lily virar auror conosco.
    - Eu? Esquece.
    - Não estava querendo arranjar um emprego, auror seria uma boa. - Remo comentou.
    - Seria uma boa se eu não me interessasse por artes das trevas, não é?
    - Por isso, pode nos ajudar muito, você conhece artes das trevas melhor que muitos aurores.
    - Isso é óbvio.
    - Eu desisto, minha irmã é muito orgulhosa.
    - Falou o que não é.
    - Shacklebolt quer você ajudando nos casos recebidos pelo ministério, Marie. - Disse Ninfadora calmamente. - Se não for sendo auror, está tudo bem. E se você for um tipo de colaboradora para casos mais específicos? Assim não se limitaria aos bruxos das trevas, poderia ajudar a curar pessoas, investigar casos impossíveis para os outros bruxos…
    - Agora sim, chamou a minha atenção.
    - Quando dizem sonserinos serem ambiciosos, não estavam brincando não… - Sirius levantou a sobrancelha rindo e dei um tapa no seu braço. - Só estou comentando, raposinha.
    - Acho que ele iria gostar mais do que a ideia dela ser auror. - Harry balançou a cabeça pensando. - Vou enviar uma carta a ele.
    Meu irmão pegou uma pena e um pergaminho, escrevendo rapidamente a mensagem. Em poucos minutos, a coruja estava de volta e junto o ministro da magia, entrando pela sala normalmente.
    -Boa tarde, quem teve a ideia?
    - A Tonks.
    - Foi brilhante, nós temos tantas coisas em vários departamentos que não conseguimos resolver… Se aceitar, o emprego é seu, Marie Lily.
    - Assim, do nada? Eu quero mais detalhes de como seria.
    - Está certa… - Sentou-se no sofá e conjurou um pergaminho com uma pena. - Como o seu trabalho dependeria de haver casos ou não, não teria horário e dias certos, tem que estar disponível. Posso oferecer um escritório para você poder investigar objetos entre outras coisas. Salário… 200 galeões fixos e 5 por cada hora trabalhada.
    - Concordo, mas… sem ser pedir demais, um emprego ao Remo.
    - Eu estava pensando em admitir Lupin, se ele aceitar, no departamento de educação mágica.
    - Sério?
    - Eu te mando coruja assim que necessitar da sua ajuda, Remo você começa amanhã. Até… - O homem desapareceu da nossa frente e Sirius me olhou.
    - Você é muito inteligente.
    - Eu sei.
    - Não pode elogiar ela.
    - Ela faz a mesma coisa que você, Almofadinhas. Obrigado, Marie, de coração.








    -Sabe o que está chegando? - Perguntou, fazendo eu tirar os olhos das minhas anotações.
    - Halloween?
    - E? - Ele arregalou os olhos, esperando minha resposta. - Uma data muito importante, um acontecimento maravilhoso, que mudou o mundo.
    - O meu aniversário já foi. - Sorri de lado e ele mostrou a língua. - Eu sei que está chegando o seu, cachorrão, mas é só mês que vem.
    - Eu queria uma festa surpresa. - Ele fez um biquinho, tirou meu caderno e deitou a cabeça na minha perna. - Não quer fazer para mim?
    - Se você está pedindo, não vai ser surpresa, né? E devolve meu caderno, é trabalho.
    - Só devolvo se prometer que vai pensar.
    - Você é chato, sabia? - Revirei os olhos e ri. - Prometo, me devolve.
    - Jura, juradinho?
    - Juro, juradinho.
    - Então devolvo. - Ele levantou e me deu o caderno. - Que horas o Aluado vai chegar?
    - Não sei, por quê?
    - Porque só posso te encher o saco e eu sei que se eu continuar, vou levar uma azaração.
    - Está tão entediado assim?
    - Óbvio.
    - Quer me ajudar? - Ele levantou a sobrancelha. - O que você quer fazer?
    - Beber? Passear?
    - Andrômeda já vai voltar com o Teddy e nós temos que cuidar dele.
    - Ser adulto é muito difícil. - Ele suspirou dramático.
    - Mereço… - Revirei os olhos e ele fingiu estar triste, mas abriu um sorriso travesso. - Nem se atreva!
    - O quê? Eu não estou escutando direito. - Ele veio e começou a me dar cosquinha, me fazendo contorcer enquanto tentava fugir desse louco.
    - Almofadinhas! - Eu não me segurava de tanto rir, não conseguia nem respirar direito.
    - Sou chato, você não falou? - Disse entre risadas.
    - E-eu… Sirius! - A voz nem saía direito.
    - Sirius Orion Black? - Ele parou ao ouvirmos a voz de Andrômeda na porta com Teddy no colo. - Coitada da Marie, precisa trabalhar. Você tem doze anos ainda?
    - Assim magoa, Dromeda. - Ele fez um biquinho olhando para ela.
    - Como você aguenta ele toda tarde aqui? - Disse rindo. - Meu primo não é fácil.
    - Ontem eu fiz ele limpar a casa duas vezes sem magia.
    - Então acho que ele pode ir lá em casa, fazer uma faxina boa. - Disse rindo.
    - Virei um elfo doméstico?
    - Virou. - Respondi.
    - Então eu virei… - Disse ele piscando e levantou para pegar Teddy no colo. - Cadê o moleque do tio? Você está crescendo muito, nem fez um ano ainda.
    - Quando você vai ter os seus, Sirius? - Perguntou Andrômeda sorrindo para o primo.
    - Eu sei lá, por enquanto cuidar do Teddy já está ótimo, né meninão?
    - Quer ficar para o jantar, Andrômeda? Harry, Ninfadora e Remo devem estar vindo.
    - Eu aceito, então. É bom que não deixo meu neto com essa criança, enquanto você trabalha.
    - Vovó Andrômeda adora me zoar, não é?
    - Corrigindo, todo mundo.
    - Viu como é? - Balançou a cabeça. - Depois eu que sou o chato.
    - Mãe! - Tonks apareceu e abraçou-a. - Vai ficar conosco hoje?
    - Vou sim, Ninfadora.
    - Hoje a casa está cheia. - Disse Remo abrindo um sorriso, entrando.
    - Oi, boa tarde. - Entrou Rony junto ao Harry, com o rosto cheio de fuligem.
    - Tomem banho antes do jantar, estão sujos. O que aconteceu? - Perguntei, levantando com meu caderno.
    - Um bruxo das trevas muito idiota, quando pegarmos aquele desgraçado…
    - Nós caímos num bagulho tudo sujo tentando pegar ele. - Rony riu.
    - Então vão tomar banho, agora! Sobem vão.
    - Estou indo, maninha, calma.
    - O Weasley também.
    - Mas eu não tenho roupa.
    - Pega o do Harry, se vira ou não vai comer.
    - Eu já estou indo.
    - Marie coloca jeito em todo mundo aqui sempre?
    - Você não viu nada, Dromeda. Essa bicha é brava. - Olhei para ele e riu. - Viu? Está querendo me estapear já.
    - Conviver com você já estressa, não é Sirius?
    - Essas duas estão contra mim, Remo.
    - Se vira, Almofadinhas. Vou tomar banho também para poder cuidar do meu filhote.
  
   

Diário de uma PP: Potter PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora