Finalmente Férias

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    Antes da partida do trem, Severo me chamou para conversar. Levou-me até a sala do diretor, quem estava lá também. Agora deu medo, eu fiz alguma coisa de errado? Merlin me ajuda aqui.
    - Senhorita Potter, é bom vê-la novamente, gostaria de agradecê-la por avisar Severo.
    - Não foi nada, eu precisava fazer isso.
    - Eu vou ser direto, Marie… - Meu pai me olhou com preocupação. - Agora que o Lorde das trevas retornou, eu terei que voltar ao meu “posto” como comensal, para poder ajudar a ordem. Seria muito imprudente da minha parte, deixar você me acompanhar.
    - Por quê, pai? Isso significa que…?
    - Você vai ficar com seu padrinho, senhorita Potter, pelo menos até Severo conseguir restabelecer entre os comensais da morte.
    - Mas eu só o vi uma vez.
    - Sei que está trocando cartas com ele, Lupin vai cuidar muito bem de você, querida.
    - Eu não tenho escolhas, não é?
    - A não ser que você queira passar as férias com os seus parentes trouxas. - Respondeu ele e eu fiz uma careta.
    - Isso seria um castigo, por favor. - Severo riu com a minha reação.
    Despedi-me e fui em direção a estação. Meu pai me contou no caminho que os Weasley e Sirius Black estariam também, mas Harry não poderia saber. Então me encaminhei para o trem, junto com Pansy.
    - Eu vou matar o Potter! - Entrou Malfoy bravo junto com Crabbe e Goyle. - Aquele cretino me azarou.
    - Meu cunhadinho não é tão lerdo assim. - Respondeu Zabini sentando ao meu lado.
    - Espera, cunhado? - Perguntou Crabbe.
    - O namoro finalmente saiu? - Perguntou Pansy animada. - Por Merlin, pensei que iam ficar brincando de gato e rato até o próximo ano.
    - Só não ganhamos de vocês dois.
    - Oh! Eu e a Parkinson temos um relacionamento sim.
    - Pelo que eu saiba a gente só fica, Draco. Não teve pedido de namoro ainda.
    - E precisa? - Ele arregalou os olhos. - Você vai aceitar mesmo, então pensei que nem precisava perguntar.
    - Você se acha, Malfoy. - Ela revirou os olhos.
   



    Na estação, não deu tempo de despedir de Harry. Avistei meu padrinho e fui em sua direção, quase todos tinham ido embora já.
    - Vamos, Marie? Desculpa o atraso. - Disse oferecendo o braço para eu encaixar. - Já aparatou?
    - Não se preocupe, aluado, eu já aparatei. - Ele sorriu ao escutar o apelido e tudo sumiu, aparecendo dentro de uma sala com uma mesa gigante.
    - Bem vinda, Marie! - Sirius veio me abraçando. - Como foi o ano em Hogwarts?
    - Maravilhoso, tirando algumas partes.
    - Marie Lily Potter? - Uma senhora ruiva veio em minha direção e me abraçou.
    - Senhora Weasley, bom conhecê-la. Aliás, gostaria de agradecer o presente de natal, eu adorei o suéter. - Ela sorriu e ficou me observando.
    - Você é muito parecida com sua mãe, mas os olhos de quem vai aprontar é de Tiago.
    - A senhora conheceu meus pais?
    - Sim, nós lutamos juntos, mas isso não é assunto para criança.
    - Espera, todos vocês são da Ordem?
    - Ela já sabe de tudo, Molly. - Respondeu meu padrinho. - Falando em saber, não é melhor você contar agora?
    - Sirius está vacinado contra raiva? - Perguntei irônica e os dois riram.
    - O que você aprontou? Eu sei que infelizmente não foi para a Grifinória, mas tudo bem.
    - É melhor se sentar…
    - Obrigado, estou ficando mais nervoso.
    - Cadê a Tonks?
    - Não desvia do assunto, Marie. - Sirius estava muito sério.
    Eu procurei na minha mala que estava ali ainda meu diário, abri e achei as fotos do baile de inverno. Peguei a em grupo e outro apenas com Blásio, mais fácil mostrar primeiro. Coloquei a minha e dos meus amigos em cima da mesa.
    - Baile de inverno? Você estava linda… Esses são seus amigos? - Mudou de tom ao ver os outros. - Você está maluca, Marie Lily? Eles são de famílias apoiadoras de Voldemort!
    - Nem todos são meus amigos…
    - Menos mal, mas…
    - Um é meu namorado. - Sorri e a expressão dele foi para super brava.
    - QUEM?
    - Blásio Zabini. - Mostrei a outra foto, nós dois apenas dançando e virando para a câmera sorrindo.
    - Remo você sabia dessa loucura todo esse tempo?
    - Ela me pediu segredo, sabia que você ia surtar.
    - Óbvio, olha o tipo de amizade e namorado que ela arranjou em um ano em Hogwarts!
    - Namorado? - Os gêmeos apareceram ali, beliscando uma comida. - Então se resolveu com o Zabini?
    - Depois do que a gente fez, ele acordou.
    - Se precisar de alguém para fazer ciúmes, estou disponível sempre. - George piscou para mim.
    - Espera, vocês dois? - Fred apontava para nós.
    - Só algumas vezes.
    - Uma na frente do Zabini, pensei que ele iria me matar aquele dia. - George disse rindo.
    - Desculpa, George, foi eu que te agarrei.
    - Eu gostei. - Piscou para mim.
    Eu me virei e os três adultos estavam de olhos arregalados nos olhando. Sirius passou a sorrir para mim.
    - Agora vejo o Pontas em você, mas ainda estou bravo, está bem.
    - A vontade, almofadinhas. - Sentei-me na frente dele.
    - Severo me falou que suas notas todas foram perfeitas, é verdade ou ele estava apenas te protegendo? - Perguntou Remo.
    - É verdade, eu estudo bastante para isso, aliás meu pai não iria mentir sobre notas, acredite.
    - Pai? Você continua chamando Snape de pai? - Perguntou Sirius.
    - Óbvio? Foi ele que me criou, ensinou meus primeiros feitiços e acima de tudo me criou como filha.
    - Ele é um idiota.
    - Ele fala a mesma coisa sobre você. - Eu ri da careta que ele fez.
    - Cheguei! - Uma mulher com cabelo colorido desaparatou no corredor e veio feliz.
    - Ninfadora Tonks? - Eu perguntei e fui abraçá-la. - Ouvi falar muito de você.
    - Pode me chamar só de Tonks, não sou a maior fã do meu nome. Remo falou muito sobre você também. - Ela piscou para mim e voltou para ele. - Está tudo certo.
    - Coloque suas coisas no quarto, Fred e George vão te mostrar.
    - Chamem o Rony e a Gina para comer. - Completou Molly.
    Levei a minha mala até o quarto e encontrei Gina Weasley ali também, parecia estar dormindo. Arrumei minhas roupas e vi que Snape tinha trazido algumas para essa casa antes, junto a alguns dos meus livros e meu caderno de desenho. Cutuquei a garota que acordou e chamei-a para ir lá embaixo. Assim que desci as escadas, dei de cara com Rony.
    - O que você está fazendo aqui? - Ele me perguntou.
    - Marie vai passar as férias aqui, meu filho.
    - Sério? Já não chega Hogwarts?
    - Um prazer imenso revê-lo também, Weasley. - Ri, indo para a mesa.
    - Por que você não ficou com o Snape?
    - Ronald Weasley! Por que está brigando com a garota?
    - Por quê? - Ele arregalou os olhos. - Ela brigou com a Hermione, com o Harry, os amiguinhos dela ficam chamando nós de coisas horríveis e ela continua defendendo eles. Precisa de mais?
    - Não briguei com a Granger, apenas argumentei. Pensei que você já não ligava para o que tinha acontecido.
    - Difícil quando seus amigos me chamam de traidor imundo ou a Mione de sangue ruim! Além de chamarem o Harry de…
    - Mestiço? Eu e ele somos mestiços, sim. A parte do xingamento para o Harry é outra.
    - Viu? Já está defendendo os amiguinhos. Você é igual a eles!
    - JÁ CHEGA! - A senhora Weasley gritou. - Sem brigas na mesa.
    - Acho difícil… - Ele me olhou e ficou quieto.
    Estava um silêncio enquanto comíamos, apenas os sons dos talheres. Sentia o olhar de Sirius sobre mim. Acabei por último de comer, porque fiquei enrolando, levando o prato para a pia.
    - O que o Rony falou, é verdade? - Perguntou Sirius.
    - Qual parte?
    - Todas.
    - Sim, mas ele está exagerando.
    - Sua mãe era nascida trouxa, não admito que chame Hermione daquele jeito.
    - Eu sei que ela era e eu não chamo a Granger assim, eu briguei sobre outra coisa com ela.
    - O quê?
    - Hogwarts e trouxas, ela fala como se eles fossem indefesos, sendo que nos perseguiram por séculos? Eu não preciso gostar deles.
    - Não é bem assim, não são todos que…
    - Não? Eu tive minha experiência com trouxas, não quero ter mais nenhuma.

Diário de uma PP: Potter PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora