Diário de uma PP: Potter Perdida

Dedo duro oficial

    -Eu queria aprender o patrono, dizem que o animal reflete na sua personalidade. - Hermione falava animada.
    Subimos todas para o quarto das garotas, enquanto os mais velhos conversavam lá embaixo. Claro, antes veio muita reclamação. Acariciava Morgana, ela tinha estado muito nervosa e eu tentava passar um pouco de calma para ela.
    -Eu queria que o meu fosse um leão. - Disse Rony imitando um rugido.
    - Duvido que seja… - Disse rindo junto com os gêmeos.
    - O seu seria o que então? Uma cobra?
    - O meu é uma raposa, seu idiota.
    - Espera, você sabe lançar o patrono?
    - Espera, você tem memória feliz o suficiente, crescendo com o Snape, para fazer um patrono? - Perguntou George fingindo estar muito surpreso.
    - Severo é legal, ele só não gosta de vocês.
    - E qualquer um que respire, menos da sonserina. - Retrucou o Harry.
    - Ele gosta dos corvinos também.
    - Não faz mal, o ódio é mútuo.
    - Ele implica comigo desde o primeiro dia de aula. - Harry comentou.
    - É por causa do nosso pai, Tiago, você é muito parecido com ele e os dois se odiavam.
    - Quem odeia quem? - Perguntou Ninfadora na porta. - Marie, estão te chamando.
    - Por que ela pode ir e a gente não? - Perguntou Rony bravo.
    - Por mim, vocês todos iriam… - Ela olhou o corredor e depois voltou. - Saem depois da gente, daí vai dar tempo de vocês chegarem na sala.
    Acompanhei ela e os outros não estavam sendo nada discretos. A porta se abriu, dando de cara com Sirius quem estava olhando para trás de mim. Molly olhou todos nós da porta.
    -Crianças, voltem para o quarto!
    - A gente tem que saber também, senhora Weasley. - Harry pediu olhando para Sirius.
    - Harry está certo, Molly.
    - Ele é apenas uma criança.
    - Eu quero fazer minha parte e lutar.
    - Ele não vai desistir. - Entrei e sentei-me, vindo todos juntos e sentaram.
    - Por que a Marie? - Harry perguntou ao meu lado.
    - Severo conta as coisas para ela, Harry.
    - Eu sou a dedo duro oficial, o que precisam saber?
    - O Harry contou que viu alguns comensais, você sabe quem são?
    - Sei… - Engoli em seco.
    - Então, nomes. - Moody disse apressado.
    - Malfoy, Crabbe, Goyle, Nott, Avery e Walden Macnair, além de Peter Pettigrew como sabem.
    - Resumindo, os pais dos seus amigos. - Disse Rony.
    - Cale a boca, Weasley. Karkaroff está marcado para morrer, além disso, assim como outros comensais que não apoiou ou esteve no retorno de Voldemort.
    - São poucos, por enquanto.
    - Mas são poderosos, tanto posição social quanto magicamente falando. Além disso tem os outros comensais…
    - Por que você insiste neles?
    - Por quê? No lugar do Voldemort, eu iria querer os mais fiéis comensais ao meu lado e aproveitar para causar pânico no mundo bruxo dividido graças ao ministério. Resumindo, ver o circo pegar fogo enquanto cresce todo dia mais.
    - Isso é um pensamento de bruxo das trevas mesmo. - Moody respondeu. - Você acha que os de família tradicional vão..?
    - Por a mão na massa? Não por enquanto, talvez o Malfoy, porque ele quer provar a lealdade inexistente dele.
    - Agora errou, Lucius sempre apoiou Voldemort, eu me lembro bem. - Sirius discordou.
    - Não, Lucius só quer se proteger enquanto ganha posição em uma futura sociedade de sangue puros. Ele é leal apenas a si mesmo e sua família.
    - Como pode ter tanta certeza?
    - Pelo que eu ouço do meu pai e o pouco que conheci, sim.
    - Algum dos mais jovens tem chance de virar um comensal? - Moody continuou.
    - Sim… - Aquele olho falso me deixava mais desconfortável que nunca. - A Pansy Parkinson falou que gostaria, mas a família não tem total confiança dele. Já tem o Draco, ele não exatamente quer, mas se for preciso, ele deverá ser.
    - Sua melhor amiga quer se juntar a eles? - Rony arregalou os olhos.
    - Óbvio? Poder, ser temida e ainda criar a sociedade bruxa perfeita na visão dela, é a perfeição.
    - Então é um pouco melhor, pensei que teriam mais.
    - Além disso, - Ouvi uma voz diferente, Régulo apareceu atrás de Sirius. - nossa prima, Bellatrix, quer vingança indireta por Sirius ter manchado o nome dos Black.
    - Isso significa, pessoas próximas? - Todos olharam para mim, assustados.
    - Sim, principalmente Harry.
    - O que está acontecendo aqui? - Perguntou meu irmão.
    - Sirius, Régulo falou que Bellatrix quer se vingar de você por ter manchado o nome dos Black.
    - Minha prima louca quer me matar?
    - Não, assim terminaria a linhagem Black. Ela vai tentar atingir pessoas próximas, principalmente o Harry.
    - Mais alguma informação útil do além? - Perguntou Alastor.
    - Que cara chato! - Resmungou Régulo, fazendo eu rir. - Mas não posso contar muito mais, infelizmente.
    - Obrigada, Régulo. Ele falou que nada que possa ser dito por ele agora.
    - Assim nós vamos estar atrás dos comensais… precisamos de informações mais novas.
    - Vai você perguntar para eles então… - Respondi ao Moody, revirando os olhos. - Eu só saberei mais coisas quando meu pai me contar ou eu estiver em Hogwarts, novamente.
    - Por que vai estar convivendo com Snape? - Perguntou Harry.
    - Além dele, meus amigos, eles confiam em mim o bastante para não cortar os assuntos sobre o lorde das trevas.
    - Isso seria ótimo, principalmente se algum deles se tornar um comensal, podemos intervir mais rápido. - Disse Sirius firme.
    - Desculpa, Sirius, mas vai depender muito… Eu não quero trair meus amigos.
    - Seus amigos podem te matar no futuro, Marie.
    - Acredite, eles não conseguiriam, eu não estou falando sobre amizade, e sim de habilidades.
    - Você se acha, ein? - Bufou Ronald.
    - Eu sou, Weasley. Tenho treinado com Severo todo o quarto ano aprimorar meu poder, além de maldições… Eu consegui expandir a capacidade de tirar a vida de várias pessoas sem tocar em mim.
    - Mas isso é maldição imperdoável, Marie! - Gritou Harry assustado.
    - Não, maninho, isso sou eu. Ainda não te contei sobre quão maravilhoso é ser uma bruxa necromante, depois eu explico tudo.
    - Como Snape sabia aprimorar isso? - Olho tonto  estava totalmente desconfiado. - Talvez ele esteja querendo te usar para ajudar Voldemort.
    - Severo é um bruxo inteligente que não limita as aprendizagens porque um bando de idiota fala que é errado. Então, não, mas isso me deu uma ideia incrível.
    - Vai virar comensal com seus amiguinhos?
    - Weasley, pode parar de implicar comigo um segundo? - Vou socar esse moleque daqui a pouco. - Talvez eu possa me infiltrar mais do que meu gostaria.
    - Voldemort iria desconfiar, Marie, e você morreria.
    - Sirius, eu tenho o poder que ele adoraria ter, no máximo pode lançar um Imperio, sem saber que não funciona em mim. Além disso, fui criada por Severo, quem ele acredita ser praticamente seu braço direito, cairia facilmente…
    - Se não for você que nos está enganando, não é?
    - Olha, pensei que nunca falaria isso, mas o Crouch como você era bem mais legal.
    - Quando nós começamos a treinar, Sirius?
    - Espera, Harry, vocês já sabem bem, quando chegar a hora irão treinar com a Ordem.
    - E os outros alunos de Hogwarts?
    - Eles nem acreditam em você, Harry, convence eles primeiro. Era só isso?