Irmãos do coração

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P.O.V. Marie

Os seres ligados no 220v, vulgo meus filhos, ficaram nos insistindo para ir ao Beco Diagonal. O ruim era o tanto de pessoas que queriam ir depois, além deles mesmo. Então Harry ligou para Neville e pediu para reservar uma mesa (gigante) para todos nós, graças a ideia do meu pai. Pouco em pouco fomos indo para o restaurante, encontrando a Ana conversando com Neville animados.

- Tio Neville! - Gritou Blásio indo correndo e fazendo um toque deles.

- Vocês vão praticamente lotar o Caldeirão Furado. - Falou brincando. - Aquela mesa é inteiramente de vocês, sintam-se à vontade.

- Mãe... - Perséfone me cutucou quando fomos sentar. - Podemos ir naquele antiquário no beco diagonal, por favor?

- Agora?

- Vai demorar um pouco ainda para trazerem a comida, dá tempo.

- Está bem... só vou avisar o seu pai, está bem? - Voltei e fiquei ao lado do ouvido do Sirius, ninguém precisava saber. - Já voltamos, cachorrão.

- Você vai me deixar aqui com o Snape? Sozinho?

- Não está sozinho, quanta gente, dramático. É rápido, Per só quer ir numa loja. - Dei um selinho rápido e chamei Perséfone que sorria animada.

Não estava tão movimentado, felizmente, facilitando muito para caminhar e passear por ali. Perséfone caminhava como um gato, silenciosamente e delicada, como eu fazia graças a crescer com meu pai. Ela tinha me puxado mais do que aparentava, porém mais quieta e ao mesmo tempo com muita mais atitude. A porta da loja fazia um barulho de sino antigo ao entrarmos, tinha tudo quanto é objetos e livros antigos.

- Mãe, está na parte de cima o livro que eu quero...

- Se quiser ir antes, não faz mal. - Pisquei para ela, quem subiu alegre.

Perséfone amava parecer independente, então eu gostava de ajudá-la e não ficar grudada nela o dia inteiro. Sorri para mim mesma, notando ela na parte superior da loja, olhinhos brilhando passando pelos livros. Comecei a andar pelo lugar, procurando algo que eu não sabia o que era ainda... até eu notar uma mulher de cabelo liso preto no ombro. Aqueles movimentos e jeitos eram familiares. Eu me aproximei dela, mas hesitei quando um garoto loiro foi até ela. Ele deve ter me percebido e avisado a ela, quem virou, assumindo uma expressão de surpresa, assim como eu.

- Marie Lily? - Perguntou se aproximando de mim.

- Pansy? - Ela sorriu saudosa e me abraçou de surpresa, mas eu correspondi. - Por onde você esteve? Eu não consegui entrar em contato com você desde...

- Antes da batalha? - Perguntou com um sorriso de lado. - Eu tive que fugir antes... Pietro, esta é uma antiga amiga de Hogwarts, Marie Lily Potter.

- Pietro Parkinson, prazer em conhecê-la. - Ele me comprimentou, parecia ter a idade de Teddy.

- Digo o mesmo. - Sorri ainda confusa. - Agora eu uso mais o Black, mas sou nascida Potter.

- Soube mesmo que casou com Sirius Black, estava em vários jornais. Desculpa por não ter te ajudado depois da guerra e... ter te ajudado sobre o Blásio.

- Acredito que tenha tido um motivo para isso, não faz mal.

- Pietro, por que você não dá uma volta, rápido?

- Sim, senhora. - Se afastou e percebi o olhar dela, acompanhando-o.

- Marie, pelos velhos tempos, pode me prometer não contar algo?

- Claro, nem precisa falar, Pansy. - Coloquei a mão em seu ombro e ela sorriu de lado.

- Não sabe como é bom poder falar com alguém, depois de tudo o que aconteceu... - Seus olhos marejaram, mas segurou firme como se não estivessem. - Eu tive que fugir antes da batalha oficialmente começar pelo bem de Pietro...

Diário de uma PP: Potter PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora