Errei, porém foi para ganhar

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    Finalmente a sonserina iria jogar contra a grifinória, estava desejando desde que entrei para o time. Os jogos estavam muito espaçados por causa do torneio tribruxo, o que era um saco. Vesti o uniforme de quadribol do time e fui atrás do Malfoy, precisava garantir que íamos ganhar, isso dependia muito do apanhador.

-Bebe isso, por favor. - Dei escondido para ele minha poção de Felix Felicis, estava dentro de uma garrafa de água.

- O que é, Potter?

- Confia em mim, Draco. - Ele me olhou ainda desconfiado. - Por Merlin, só toma.

- Se estiver tentando aprontar para mim, vai ter volta. - Virou a garrafa, tomando tudo e sorri.

- Viu? Não foi um sacrifício.

- Depois quero saber o que tinha aqui, ein? Vamos fazer esses grifinórios arrastar a cara no chão.

As casas estavam loucas com o jogo das rivais, o que aumentava a minha confiança e felicidade. Vi Harry subir na vassoura e me olhou de relance. A partida começou e lá fui eu tentar pegar a goles do artilheiro da grifinória. Flint e eu encurralamos ele, o capitão do time conseguiu a posse da goles, marcando o primeiro gol. Pouco tempo, já estávamos 60x10, para a sonserina, obviamente. Nem deu para piscar e Draco desceu com o pomo de ouro, fim de jogo. Uma partida bem rápida até... por que será? Gritos de comemoração da nossa casa e a cara de decepção dos outros.

- Eu falei que a Potter seria bem melhor que o Pucey. - Disse Zabini quando saímos do campo.

- Lá vem você, Blásio. Está todo apaixonadinho mesmo... - Disse rindo da cara dele, quem revirou os olhos.

- Hum... Marie. - Meu irmão me chamou, porém de olho no covil de cobras que ele tinha se enfiado. - Só quero te dizer parabéns.

- Obrigada, Harry. Gostei daquelas manobras que você fez no Malfoy.

- Oh! Esqueceu que sou da sua casa?

- Mas não adiantou muita coisa, dessa vez pelo menos. Na próxima, a grifinória vai ganhar.

- Você fala isso perto de vários sonserinos? - Comentou Pansy. - A coragem se transforma em estupidez.

- Duvido, maninho. Ainda somos o melhor time. - Pisquei para ele, descontraindo a tensão.

- Vão sonhando, não é porque você é minha irmã que irei concordar, Marie. - Disse saindo e se despedindo.

- Por que você tinha que ser irmã justo do grifinório mais irritante? - Comentou Draco.

- Cala a boca, Malfoy.

Infelizmente não iria ter comemoração, pois Snape tinha chamado toda a Sonserina. Tinha algo haver com a festa do final de ano. Entramos na sala e ele estava nos esperando. Começou um breve discurso, como deveríamos não envergonhar o legado da nossa casa. Recomendou que aprendêssemos a dançar, para treinar, mostrou o jeito mais simples, mas também danças mais tradicionais.

- Quer ir comigo, Marie Lily Potter? - Zabini pegou na minha mão, comprimentando, para ensaiar a dança.

- Tem certeza? Talvez tenha tantas garotas que você possa ir... - Fiz de dramática e ele riu.

- Não tinha pensado nessa possibilidade, mas é melhor eu garantir com a sonserina mais bonita e talentosa. - Piscou para mim.

- Se for assim, eu faço esse pequeno sacrifício.

- Você sabe como vai para o baile?

- Ainda não sei... Não é tão simples como para vocês, garotos.

- Eu posso falar com a minha mãe, se quiser. - Respondeu. - Afinal, minha par tem que estar impecável, olha que nem precisa de muita coisa.

- Não precisa, Blásio, vou tentar pedir para meu pai.

- Agora eu tenho certeza que precisa, ele vai dar uma capa que nem a dele.

- Idiota...




O tempo estava passando muito depressa, era manhã de natal já. Eu tinha enviado uma carta para Lupin, agradecendo-o por me ajudar em alguns desabafos quando eu precisava, mesmo de longe. Torcia para ter chego a tempo e ele possa abrir hoje. Ao me levantar, quase pisei em uma caixa de presente larga. Tirei a tampa e vi um tecido, parte de uma roupa, obviamente, e um cartão.

"Como eu te falei, não deixaria você ir ao baile sem algo a sua altura, minha Potter. Blásio Zabini". Dizia e sorri, ele era louco, comprar um vestido só para um dia.

Abri o vestido, era perfeito. Ele era longo, verde bem escuro (quase preto) com brilhos prateados, como um verde céu estrelado, seu formato de decote era geométrico, pois estava praticamente reto até chegar ao meio, que tinha um "v" quase até a cintura. Para complementar tinha uma espécie de cinto prata com detalhes em verde. Guardei-o, queria mostrá-lo apenas na hora do baile, empurrando a caixa para debaixo da cama.

- Já acordada? - Perguntou Pansy com o rosto no meio de cobertores.

- Não, é uma alucinação... - Sussurrei mexendo as mãos, ela revirou os olhos.

- Vamos tomar café, então, para abrir os presentes... - Disse bocejando.

Trocamos a roupa para algo simples, afinal era natal, todos estavam só pensando em presentes e baile de inverno. Assim que cheguei, encontrei o olhar de Blásio sobre mim, apenas respondi com o olhar, combinando de nos falarmos depois. Falaram sobre os presentes que receberam, maioria coisas super caras, o que me impressionava um pouco. Ao invés de sair com eles até o salão comunal, decidi ficar um pouco, precisava falar com Harry. Antes de ir, Zabini sussurrou no meu ouvido "até o baile, Marie". Assim que saíram, Harry me chamou, estava apenas esperando os outros sonserinos saírem. Fui até ele, quem estava saindo da mesa da grifinória, com algo nos braços.

- Feliz Natal, Marie. - Disse sem jeito, me abraçando e eu retribui.

- Feliz Natal, maninho. - Nos separamos e os amigos deles iam se afastar. - Feliz natal para vocês também, Hermione e Rony. - Sussurravam um de volta.

- A senhora Weasley resolveu fazer um suéter para você também, é meio que uma tradição para os Weasley. - Disse me entregando o pacote.

- Agradeça ela por mim, Rony. - Me dirigi para o garoto, depois comecei remexendo na minha bolsa - Eu queria tanto poder te dar algo, Harry... Como não saímos muito, comprei esses doces.

- Obrigado, posso fazer uma pergunta?

- Já está fazendo.

- Com quem você vai no baile de inverno?

- Você vai saber hoje a noite, paciência, Harry.

- Algo dificílimo para o senhor Potter... - Severo apareceu do nada. - Com licença, preciso falar com a Marie Lily. E feliz natal para vocês.

Os três sussurraram um "para você também" a contragosto e saíram. Segui-o até sua sala, ele pegou uma caixinha do alto e me deu.

- Achei sua cara, Marie, vai precisar muito no futuro, eu acho. - Disse entregando a caixa, sorrindo.

- Obrigada, pai. - Abracei-o na surpresa. - É um vira-tempo?

- Sim, só peço para tomar cuidado, sabe as regras para bruxos que voltam no tempo, certo?

- É claro, o senhor me ensinou.

- Desculpa estar mais distante, sabe como é, tem a escola, esses alunos ainda vão me deixar loucos.

- Eu te entendo, pai. Sei que não é um grande presente... - Entreguei para ele uma folha, com um feitiço que eu tinha inventando e explicando como funcionaria.

- Você testou?

- Sim, como você me ensinou.

- Eu tenho tanto orgulho de você, minha filha. - Ele me abraçou e fiquei feliz por ele estar demonstrando. - Sua mãe também teria, você me lembra muito ela.

Diário de uma PP: Potter PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora