Neville Longbottom

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    Severo tinha me contado que tinha começado a dar aulas de oclumência para Harry, avisando sobre como meu irmão era um desastre. Sinceramente, me fazia rir as reclamações dele. Como combinado, peguei minha varinha e adaga, indo para Hogsmead. Na casa dos gritos, um cachorro preto me esperando, Sirius, quem se transformou para podermos aparatar. A casa dos Black estava vazia comparado às férias…
    -Eles estão lá em cima, te esperando, Marie. - Comecei a subir as escadas, mas senti sua mão em meu ombro. - Você tem certeza disso?
    - Tenho, Sirius. - Disse puxando ele logo para cima.
    - Senhorita Potter, eu queria te agradecer adiantado. - Uma senhora, suponho ser a avó de Neville.
    - Não precisa, senhora.
    - Sirius falou que precisaria de mim… - Andrômeda estava ao lado, parecia nervosa, mesmo com a voz suave.
    - Sim, preciso de alguém com laços sanguíneos a quem fez isso. - A mulher engoliu em seco, assentindo com a cabeça.
    - Como vai funcionar? Quero ver Frank e Alice como eram antes daquele dia.
    - Eu preciso primeiro de Andrômeda. - Ela se aproximou de mim, enquanto eu subia na cama, ficando entre os dois bruxos. - Só vai doer um pouco.
    - Você vai me cortar?
    - Preciso um pouco do seu sangue, entre as sobrancelhas, como um terceiro olho. Enquanto você colocá-lo, preciso que se concentre nas lembranças de Bellatrix.
    - Tudo bem.
    Ela ofereceu sua mão e eu cortei com a adaga, a qual já tinha recitado um feitiço silencioso para o feitiço. Andrômeda fez o que eu pedi, porém podia ver lágrimas escorrendo dos seus olhos. Logo se afastou e chamei os dois para mais perto.
    -Quero que você, Sirius, lembre-se de Alice de antes, lance um lampejo com a varinha, ainda pensando. O mesmo com você, senhora Longbottom, mas com Frank.
    - Claro.
    Fizeram o que eu pedi, um de cada lado da cama. Enquanto a luz saindo da varinha atingia aquele sangue, eu segurei suas cabeças. Segui como a Black tinha me avisado que deveria realizar. Parecia que eu sentia eles, mas não pareciam estar ali. Aos poucos, o sangue parece que foi absorvido, entrando dentro da cabeça deles. Aos poucos parecia que eles estavam voltando, como se a mente e espírito estivessem se alinhando. A minha cabeça doía todo o tempo do feitiço, provavelmente algo normal com algo tão forte. Senti tudo se apagando…


    -Marie, acorda… - Senti alguém me chacoalhando, minha visão voltava aos poucos, com Sirius preocupado.
    - Desculpa… - Levantei-me e dei de cara com Frank e Alice sentados com um papel na boca, parecia ser um sangue escuro. - O que aconteceu?
    - Você desmaiou, Marie. Eu pensei que tinha acontecido algo pior!
    - Calma… mas como eles estão? - Ele me ajudou a levantar.
    - Parece que bem melhor, ainda parecem perdidos, mas voltaram ao normal. Também estavam vomitando um sangue preto até agora a pouco.
    - Funcionou, então? - Tinha desmaiado, mas estava tão feliz pelo feitiço talvez tenha dado certo.
    - Sim, obrigada, senhorita Potter. - A avó de Neville estava chorando e me abraçou. - Depois de tantos anos e curandeiros experientes…
    - É melhor deixá-los descansando, Sirius irá dar uma poção diariamente que eu dei a ele. Apenas preciso que mantenha segredo, até mesmo de Neville, por favor. Precisam se recuperar aos poucos e escondidos, para nenhum comensal saber e interferir.
    - Está bem… só de tê-los novamente é maravilhoso. - Ela sorriu para mim.
    - Quer que eu te leve agora, Marie? - Perguntou Sirius.
    - Melhor deixá-la descansar, Sirius! - Andrômeda desviou olhar de Alice para o primo. - Amanhã ela volta para Hogwarts.
    - Obrigada, mas não posso… se Umbridge descobrir, eu estou ferrada.
    - Snape pode te acobertar. - Sirius levantou as sobrancelhas, dando a ideia.
    - Eu preciso ir mesmo, fingir que está tudo normal.
    - Então eu vou te levar, Sirius não pode ficar a vista por aí. - Andrômeda segurou em meus braços.
    - Até alguns dias ou semanas, não sei. - Logo aparatamos em Hogsmead e senti uma vertigem.
    - Está tudo bem?
    - Só um pouco cansada.
    - Irei te levar até Snape, você precisa ir para enfermaria agora.
    Eu me apoiei nela e fomos em direção ao castelo. Estava tendo alguma discussão no pátio, mas não conseguia escutar quem ou sobre o que era. Escutei a voz de meu pai longe quando apareceu ao meu lado. Andrômeda logo saiu, afinal não poderia ficar ali. A última coisa que eu vi foi Severo me levantando, pegando no colo como se eu fosse um bebê e falando que iria ficar tudo bem.


Diário de uma PP: Potter PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora