Goddesstar

385 42 145
                                    

P.O.V. Perséfone

Estava deitada no colo de Delphini, quem me abraçava com todo o carinho. Os meus sonhos voltaram aos poucos, aparecendo aquela mulher novamente. Não havia revelado seu nome ainda, mas pediu com urgência para me preparar, estava chegando o dia. Que dia? Era essa a questão. Meus pais estavam me apoiando, principalmente mamãe, como sempre. Apesar disso, hoje eu tive um pesadelo horrível, nada mágico e de outra realidade, por isso a loira me consolava.

Eu descobri como resolver o "problema" de Delphi, a mulher que me confirmou. Ela falava pouco, mas sempre direta, sem qualquer enrolação, tirando a parte de enigmas. Não sabia o porquê da fascinação por enigmas e charadas que algumas pessoas tinham. Dentro desses dias, nós estávamos revezando o colar, porque poderíamos equilibrar. A minha sorte era tê-la ao meu lado sempre, às vezes pareciamos que nos completamos uma à outra.

- Pensativa, Per? Se for pelo sonho, não irá acontecer, nunca. Eu não vou deixar ninguém encostar um dedo em você. Quem ousar a fazer isso, vai perder a mão, e se tentar de novo, vai comer capim pela raiz.

- Comer capim pela raiz?

- Morrer, ué? Quando você é enterrada, não fica abaixo da terra, na raiz de plantas? No caso, é claro, se o cemitério for campado.

- Você nem parece a mesma, Riddle.

- Só porque estou mais protetora contigo? - Perguntou sorrindo e eu não pude deixar de gostar daquele momento. - Somos a Delphone... ficou estranho, né?

- Persini? - Tentei mas saiu estranho também.

- Goddesstar? - Perguntou me olhando e fiquei confusa - Perséfone é uma deusa, então goddess. Delphini é uma estrela, então star.

- Gostei, somos a Goddesstar.

- Podia ser a realeza também. Lady e a princesa do inferno. - Disse de forma dramático, acabamos por rir.

- Aqueles desgraçados tentaram nos xingar, mas estamos usando como apelido.





P.O.V. Marie

O Harry havia pedido para irmos em um encontro com o "nosso" primo trouxa, não me falando do assunto. Assistia Sirius brigar com as roupas, tentando se vestir de algum jeito não muito bruxo e mais sério. Eu tinha me arrumado rápido, até porque tinha algumas roupas que não serviam mais em mim, não sei o porquê de estar perdendo roupa mais rápido comparando com as outras gravidez. Ele se virou, mostrando a roupa e ao invés de falar alguma coisa, abri meus braços, o abraçando. Escondi meu rosto em seu peito e ele devolveu o abraço, passando a mão pela minha costas.

- O que aconteceu?

- Nada, só fica quieto e me abraça. - Falei, tentando fazer uma voz brava, mas saiu chorosa.

- Carinhosa como um cavalo... - Disse brincando e eu o belisquei, continuando o abraço. - Aí! Mas eu gosto desse seu amor e carinho de jeito mandona.

- Nós temos que ir mesmo? Eu só quero ficar nos seus braços...

- Minha raposinha está carente? - Disse dando vários selinhos seguidos. - Temos que ir, Harry falou que era importante. Apesar dessa oferta ser irresistível...

- Então não resista.

Passava o nariz em seu pescoço, sabendo que causava arrepios. O telefone começou a tocar, ele teve que atender, Harry e Gina estavam nos esperando lá na frente. Eu vou esganar esses dois... mentira, a Gina não vou. Descemos e entramos no carro, para parecermos trouxas, mesmo que fosse mais fácil simplesmente aparatar. A casa onde Harry morava na infância apareceu e descemos, fomos atendidas pela esposa de Duda, Amélia. Convidou-nos para entrar, chamando até a sala, onde estavam Duda e Petúnia.

Diário de uma PP: Potter PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora