Como matar sua professora e dar fim no corpo?

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    O ano escolar de Hogwarts mal tinha começado e eu me arrependia novamente de ir para a escola. Uma mulher do ministério, Dolores Umbridge, assumiu o cargo de defesa contra as artes das trevas, infelizmente uma das primeiras aulas era dela. Apesar de Draco avisar que isso ia ajudar a sonserina, não ia com a cara daquela mulher. Além disso, quase ninguém acreditava em Harry e taxavam-o de louco, ele era um pouco, mas não sobre o lorde das trevas.
    Eu estava praticamente dormindo na aula daquela mulher, pela sorte Pansy ficava me cutucando. Umbridge explicava sobre os N.O.M.s e como a metodologia seria outro porque o ministério blá blá blá. Obviamente, meu irmão teve que fazer merda e falar sobre Voldemort. A minha vontade era de socar ele para calar a boca, não era repetindo a cada segundo e desafiando uma professora que ele iria convencer a todos. Meus amigos ficaram zoando enquanto Dolores chamava a atenção dele, ele pegou detenção. A aula parecia mais comprida que o normal e aquele livro parecia infantil.
    -Finalmente o Potter vai levar o que merece… - Disse Draco rindo. - Vê se não segue seu irmão, ruiva.
    - Não sou idiota.
    - Como foram as férias de vocês? - Pansy perguntou sentando no muro baixo do castelo. - Sem ostentar viagens, Malfoy.
    - Eu não tenho culpa se meu pai me leva para viajar. Fora isso, fiquei em casa com minha mãe, meu pai sempre no ministério, um saco.
    - Oh, eu, o Crabbe e o Zabini te visitamos bastante. - Goyle reclamou.
    - Eu também Draco, passei uma semana lá. - Pansy resmungou. - E você, Marie?
    - Coitada, ela passou as férias com a Granger e os Weasley. - Malfoy interrompeu.
    - Credo, como você aguentou?
    - Brigando a cada segundo, levando xingo do meu padrinho, fugindo com a Morgana…
    - Indo lá em casa… - Zabini sussurrou sorrindo.
    - Ui, estão nesse nível já? - Pansy subiu as sobrancelhas.
    - Para quem estava com drama… - Crabbe brincou com o Zabini.
    - Acredite, o drama foi zerado. - Pisquei para ele, quem mordeu os lábios.
    - Tirando a parte da sua amizade com o gêmeo Weasley que você beijou.
    - O George? Ele é o mais legal de todos. Na verdade, os gêmeos e a Gina são os melhores, os piores são a Granger e o Ronald.
    - Ih… está próxima deles assim? - Pansy disse indignada, mas mudou a expressão. - Tirando a Weasley, ela parece ainda razoável.
    - E falando sobre os diabos… - Zabini apontou para os gêmeos conversando com diversos estudantes. - Devem estar aprontando alguma.
    - Não exatamente… pelo menos nada que envolva zoar com a cara de ninguém por enquanto.
    - Menos mal… - Pansy riu.
    - E aí, voltou para o covil, Marie? - Disse George, fazendo um toque que inventamos nas férias.
    - De volta ao habitat natural, não é? Cadê minhas amostras grátis, Weasley?
    - Tenho isso… - Disse me dando um pacote. - Incha língua, dê isso para alguém que não gosta e ria muito.
    - Hum… Obrigada, vai ser de muita serventia. - Brinquei com o doce na mão, eles foram embora e me virei para os outros quem encaravam com curiosidade.
    - Existe uma lista de pessoa que podemos usar isso. - Zabini disse pensativo.
    - Ainda não, Blásio. Paciência… - Dei um beijo em sua bochecha, ganhando uma careta dos outros garotos.


    -Malfoy e Potter, não vão para a aula de adivinhação? - Nott apareceu na porta do quarto.
    - Eu não sei se vou fazer esse ano... - Disse Draco.
    - Eu vou na aula da semana que vem, finge que estou doente.
    - Vocês dois são vagabundos, não? Estou indo, fiquem fazendo nada.
    - Eu vou matar o Theodore.
    - Eu te ajudo.
    - Vocês dois faltando aulas? - Disse Pansy impressionada. - O mundo está diferente.
    - Está bom aqui e estou morrendo de preguiça, ficar lendo borra de café me dá mais sono. - Respondi, encostada no Zabini, quase dormindo.
    - Então aproveita e dorme… - Disse acariciando meu cabelo, meus olhos estavam pesados.
    - Só não durmo porque tenho que encontrar o Harry depois.
    - Como será a detenção que ele pegou? - Disse draco animado.
    - Vou ver e depois conto para vocês, curiosos.
    - Eu queria ser uma mosca para ter visto o lorde das trevas retornar e a cara de susto do seu irmão. - Pansy riu. Imitou a voz dele. - Oh, não me mate!
    - Parkinson, cuidado, alguém pode escutar. - Draco cutucou-a.
    - Eu e Pansy fizemos feitiço de isolamento acústico, pode ficar tranquilo. Quem de Hogwarts sabe a verdade?
    - Todos de família tradicional e da elite bruxa… - Zabini disse tentando lembrar.
    - Quase ninguém então, por isso a fama de maluco do Harry pegou fácil, nem os grifinórios acreditam.
    - Esse ano vai ser divertido. - Pansy deu um sorriso torto.
    - Tomara, quero um pouco de emoção… Agora eu vou, a detenção deve estar no fim.
    Afastei de Blásio, que não queria me soltar, com um beijo e fui o mais rápido que pude. Como sempre, eu reclamando do tamanho daquele castelo, deveria poder aparatar. Fui em direção da sala de Dolores, olhei de relance, quase sendo pega pela professora, abrindo a porta para Harry. Fingi não estar ali e quando a porta foi fechada, voltei em direção do meu irmão, ele estava quieto e não queria nem que eu tocasse nele.
    -Harry, para de ser idiota, o que aconteceu? - Virei-o no corredor vazio.
    - Nada, me solta Marie!
    - Não fale comigo nesse tom, Harry Tiago Potter! Agora me fala o que aconteceu, ou vou ter que usar legilimência?
    - Me xinga e me ameaça? Ótima irmã que eu arranjei, devia estar debochando de mim com seus amigos. - Estalei um tapa no seu rosto, sem pensar.
    - Harry, eu te expliquei, você tem que parar de ser cabeça dura! - Peguei em sua mão, ele me olhou em desconforto e vi uma frase em cicatriz. - Foi aquela vaca rosa?
    - Não interessa… - Disse puxando a mão. - Se for ela, não adianta nada, sou maluco, lembra?
    - E eu sou sua gêmea, logo eu sou também. Aquela desgraçada vai ter o que merece…
    - Vai dar mais motivo para me expulsarem.
    - Se precisar, eu assumo a culpa pelo que eu fizer, não se preocupa. Eu não ligo para essa escola ou para a merda do ministério. Ninguém vai te torturar e vou ficar quieta!
    - Preciso ir, Marie.
    - Vai na enfermaria antes.
    - É isso que ela gostaria que eu fizesse…
    - Então…
    - Não precisa Marie, eu sei me cuidar.
    Ele se virou, me ignorando. Eu queria ter pedido desculpa pelo tapa, mas foi merecido. Se antes eu estava preocupada, agora estava na base do ódio também. Precisava me recompor antes de voltar para o dormitório, então decidi apenas seguir na direção da biblioteca. Pegar alguns livros, estudar sozinha e descontar minha raiva pensando em como eu poderia fuder com a vida daquela bruxa pelo o que ela fez. Se não fosse pelo xingo que eu levaria de Severo, usaria um feitiço dele mesmo e ver ela sangrar, como fez com o meu irmão. Entrei na parte restrita da biblioteca, eu tinha autorização graças ao meu pai.

Diário de uma PP: Potter PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora