Corri até a sala de Snape e comecei a tentar sentir o cheiro das poções. Eu precisava saber o que era aquilo urgentemente ou iria morrer de curiosidade. A porta abriu e vi Severo entrando com um olhar desconfiado, virei-me e continuei até sentir o cheiro novamente.
-Polissuco! - Gritei para ele que não entendia.
- Sim?
- O professor Moody estava tomando poção polissuco, pai.
- Tem certeza? É uma acusação muito séria… - Ele me encarava procurando por resposta.
- Eu sabia que aquele cheiro era conhecido, quando eu vim aqui…
- O que ele queria com você?
- Nós tínhamos conversado sobre eu e meu irmão sermos imune a Imperio, eu queria testar com cruciatus e ele falou que iria ajudar. Então me ensinou a lançar, para eu ter certeza e depois…
- Ele te lançou Cruciatus? Eu vou matar o Alastor. - Ele estava muito bravo e com um olhar mortal. - Você está bem?
- Fica tranquilo, não doeu. - Eu disse e ele ficou surpreso. - Nem me pergunte como, mas eu estou feliz por isso.
- Ainda bem, não faça mais nenhuma loucura dessas Marie Lily, por favor! - Meu pai me segurou nos braços. - Jura para mim.
- Pai… Eu não sei, mas irei evitar.
- Se souberem que você aprendeu artes das trevas, eles irão me expulsar…
- O senhor fez isso para me proteger e eu sou insistente.
- Eles sabem do seu outro segredo?
- Não, ninguém.
- É melhor começar contando, mas só o básico, pelo menos para o Black e o Lupin.
- Eu tenho medo de alguém querer me usar para isso…
- Também tenho, mas você cresceu e aprendeu a controlar, Marie. Também sabe muito bem como duelar se precisar.O último evento do torneio Tribruxo tinha chegado, Harry me avisou sobre a senhora Weasley ter vindo para acompanhar, mas não consegui ir até ela pela quantidade de pessoas. Porém eu podia ver ela e seu outro filho, pelos cabelos ruivos.
Os campeões entraram para o gigante labirinto. Em tempos em tempos escutavam gritos horríveis, logo a primeira desistência, Fleur. A garota não parecia bem, na verdade estava péssima. Havia cochichos sobre o estado da garota.
-Isso vai demorar? - Perguntou Blásio colocando a cabeça sobre meu ombro.
- Provavelmente sim… estou ficando com sono de tanto tédio. - Encostei a cabeça na sua.
- Casalsinho! - Chamou Pansy. - Vocês acham que demora quanto para acabar?
- Não sei, não estou com minha bola de cristal aqui. - Respondeu Zabini irônico.
- Uma hora ainda? - Perguntei.
- Olha, o Krum saiu! - Ela gritou. - Seu irmão é duro na queda, né? Malfoy quem você acha que ganha?
- Não sei… Tanto faz.
- Vocês estão tão animados que estou quase me jogando daqui de tédio.
- Nem me fale, queria estar estudando ou dormindo. - Comentei.
Ficamos entre conversar coisas aleatórias, cochiladas e comendo qualquer coisa que ofereciam. Estava totalmente entediante essa tarefa, não podíamos ver nada, só o resultado. Um barulho chamou a atenção dos bruxos e Harry apareceu com Cedrico ali na frente do labirinto. Vários comemoravam até que Harry começou a gritar sobre o colega estar morto. O pai de Diggory se debruçou sobre o corpo do filho e as comemorações cessaram, se transformando em horror.
-Marie Lily, me acompanhe. - Severo me chamou para fora das arquibancadas.
- Eu e Dumbledore investigamos, acho que estava certa sobre o Alastor.
- E então?
- Ainda não resolvemos nada, mas… você precisa saber de algo, Voldemort retornou, tome cuidado.
- Sério?
- Seu irmão confirmou e digamos que eu ainda sou um comensal, minha filha, eu sei se o lorde das trevas ressuscitou. - Eu comecei a rir lembrando da conversa com o Harry. - Eu acabei de falar algo perigoso e você ri?
- Eu falei para o Harry que uma pessoa só morre uma vez. - Não estava conseguindo parar, então tampei a boca.Seguía Harry para dentro de Hogwarts, o que ele iria fazer? Entrou em uma sala e vi Moody. Começaram a conversar e o professor revelou que foi ele quem colocou o nome de Harry no cálice. Falei que não era Severo, bem feito!
- Com licença, senhorita Potter. - Dumbledore passou por mim, seguido por McGonagall e meu pai. - Estupefaça!
Apontavam as varinhas para o professor que tateava em busca do seu frasco, meu pai foi mais rápido e pegou-o. Enquanto isso eu entrava mais na sala, com a varinha na mão.
- Marie Lily estava certa, é polissuco, Alvo. - Atirou o recipiente e tirou outro do bolso, Veritaserum. O rosto do professor começava a mudar e foi se transformando em um rosto conhecido.
- Bartô Crouch Junior… - Sussurrou Harry ao meu lado. - Era ele esse tempo todo?
- Agora que você percebeu? - Respondi, o homem ria mesmo com as varinhas apontadas em seu rosto. Meu pai pegou a poção e virou em sua boca.
- Ele falou que colocou o meu nome no cálice.
- E te ajudei até a última tarefa, Potter. Até o cálice, para milorde.
- Marie, chame o ministro. - Falou Snape e fui correndo.
Os corredores ainda estavam cheios, passei por vários outros estudantes até achar Crouch. Pedi licença e o chamei, ele estava com um olhar assustado. Estranhou o fato de uma aluna o chamar, mas quando citei o nome de seu filho, me seguiu. Ao chegar lá, o seu filho ainda estava rindo e tendo seu tique estranho. O verdadeiro Moody tinha sido retirado de um baú da sala, tinha passado esse tempo todo lá.
- Papai… - O olhar dele era louco até mesmo para o seu pai. - Surpresa!
- Ele sequestrou Alastor, Bartô, e estava passando por ele esse tempo todo. - Disse Dumbledore para o ministro. - Tudo isso para ajudar Voldemort.
- Não fale bobagem, você-sabe-quem está morto, Alvo.
- Eu estava perfeito até essa mesticinha… - Ele me olhou e eu ergui a varinha. - O que? Vai lançar cruciatus como eu te ensinei, garotinha?
- Marie Lily, leve seu irmão para a Madame Pomfrey. - Meu pai me olhou nos olhos, não era um pedido.
Puxei Harry que ainda estava inerte por causa da descoberta e a morte de Cedrico. A mulher estava nos esperando, colocou-o na cama e fez algumas perguntas. Pediu para eu ficar de olho enquanto ela buscava algumas coisas que precisava.
- Eu o vi… Ele estava na minha frente.
- Voldemort? - Ele balançou a cabeça, confirmando. - Vê se toma cuidado agora, por favor. Bartô Jr. acabou de tentar te matar, o lorde das trevas vai tentar o máximo para te matar.
- Não só a mim, qualquer um que esteja contrário a ele, meus amigos…
- Seja forte, Harry. - Disse me sentando e avistando um homem ao lado da cama, que fez um gesto de segredo e sorriu para nós dois.
- O que você está olhando, Marie?
- Nada… Pensei que tinha visto alguém.
- O que ele falou, é verdade? Sobre a maldição cruciatus.
- Mais ou menos, mas não se preocupe com essas coisas agora. Vou avisar ao Weasley e a Granger. Logo, vai voltar tudo ao normal.
Afastei-me e o homem continuava lá, mas agora uma mulher, a mesma que eu via durante toda a infância, estava ali. Protegiam Harry, enquanto Pomfrey cuidava dos seus ferimentos. Os amigos dele estava procurando-o, como sempre preocupados.
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Diário de uma PP: Potter Perdida
FanfictionMarie Lily Potter, irmã gêmea desconhecida e aparentemente oposta a seu irmão, o famoso Harry Potter. Essa sou eu, uma Potter que cresceu como uma Snape, escondida de todos, pois teoricamente eu estava morta. Até Dumbledore decidir que seria minha h...