Fofocando

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    Mesmo sendo difícil convencer a Sirius que eu podia desgrudar um pouco dele que eu não iria passar mal, consegui. Fui até o quarto de Régulo (o antigo de seu tio, autorização do próprio) e vi uma cena surpreendente: Régulo (tio) brincava com Régulo (sobrinho). Eu não sabia que ele poderia vê-lo assim, principalmente por não ser necromante. Talvez tinham algum laço, além do nome e sangue.
    -Fala titio.
    - Ti-ti-tio.
    - O Reg está falando? - Sirius apareceu atrás de mim. - Com quem?
    - Com seu irmão. - Sussurrei e ele voltou os olhos para nós.
    - Descobriram da gravidez?
    - Descobrimos, aliás você saberia o sexo das crianças?
    - Sei.
    - E então?
    - Duas garotinhas. - Travei o maxilar, meu medo de terem o dom.
    - O que aconteceu, Marie?
    - São meninas, Sirius… e se elas nascerem como eu?
    - Serão maravilhosas, nós já falamos sobre isso, raposinha.
    - Ou podem ter destinos terríveis…
    - Você teve um destino terrível? - Perguntou e neguei. - Então, apenas depende de como serão educadas a usar magia, assim como o nosso pequeno.
    - Torço para esteja certo, cachorrão.
    - Eu sempre estou. - Piscou para mim.
    - Meu irmão não muda mesmo…
    - Sirius nunca vai mudar.
    - Vocês ficam fofocando ou é impressão minha? O pior é que eu nem posso vê-lo.
    - Não precisa ficar de cara feia, cachorrão… - Eu peguei Régulo no colo, tentando niná-lo, estava um pouco agitado pelas brincadeiras.
    - Marie, o Severo tem algo para te contar, eu acho, estava estranho. Mas quando eu falei que estava grávida, ele sumiu.
    - Talvez ele tenha ficado apenas bravo novamente, lembra quando ele quis te matar?
    - Quais das vezes? - Perguntou rindo. - Sinceramente, acho que deve ser algo importante ou ele não estaria tão transtornado.
    - Vou enviar uma coruja para ele ou posso aparatar…
    - Nada de aparatação! Você pode passar mal novamente, eu não posso permitir… eu chamo Severo até aqui.
    - Você sabe muito bem que eu odeio quando tentam mandar em mim.
    - Eu sei, somos iguais nisso, mas é um pedido meu para seu bem. Eu já volto.
    Régulo não parava quieto, se mexendo no meu colo sem parar. Passei a mão em seus cabelos, estava na hora de cortar, mas não adiantava muito graças a rebeldia com magia dele. Coloquei-o no chão, segurando suas mãozinhas. Ele queria correr já, mesmo tendo 1 ano e quase 1 mês. Percebi pelo canto dos olhos, Monstro observando os passos, ele tinha uma espécie de afeto pelo meu filho. Um barulho de aparatação surgiu na sala, desviei o olhar, sem querer deixando a mão livre.
    -O Reg está andando! - Gritou Sirius e percebi que era verdade. - Ah, meu garotão está crescendo. - Pegou-o com lágrimas nos olhos.
    - Own… todo chorão. - Selei nossos lábios, mas nos afastamos rápido por causa de meu pai. - Sirius falou que você estava estranho, pai.
    - Pode ser em particular, Marie Lily?
    - Hum… eu vou subir com Régulo. - Disse apontando para as escadas e levando-o.
    - Pode falar. - Sentei ao seu lado, encostando a cabeça em seus ombros como fiz quando peguei o expresso de Hogwarts pela primeira vez.
    - Eu estou doente…
    - Podemos resolver isso, pai. Devem ter vários tratamentos, qualquer coisa eu posso ajudar.
    - Marie Lily, não é bem assim… quando você me segurou aqui, o veneno continuou a fazer efeito no meu corpo enquanto não tomava o antídoto.
    - Mas pai, se eu fiz isso, eu posso ajudar. - Meus olhos estavam segurando o choro, enquanto eu olhava para ele.
    - Meus órgãos vão parar lentamente, eu estou fazendo tratamento para prolongar o meu tempo de vida.
    - Quanto tempo o senhor tem, pai?
    - Se eu tiver muita sorte, uns 10 anos.
    - Nós vamos dar um jeito pai, o senhor vai ver.
    - Não é para se preocupar agora, principalmente com as minhas netinhas a caminho.
    - Sirius é fofoqueiro, não?
    - Você nem imagina… infelizmente, estudei com esse cachorro sarnento.
    - Pai!
    - Parei porque você está grávida. Aliás, porque a pressa de tantos filhos? Acabou de ter Régulo.
    - Planejávamos mais filhos, mas foi meio que por acidente.
    - Marie, não existe gravidez por acidente. - Disse com uma expressão séria.
    - Está bem, não foi planejada, melhor assim?
    - Mais realistas. Sabe o que eu pensei, talvez eu veja Régulo indo para Hogwarts. - Disse sorrindo de lado. - Pago para ver o rosto do Black se ele não for para a Grifinória, vai ser tão engraçado.
    - Nem me fale, ele vai surtar e eu vou adorar. E pai… eu vou descobrir alguma coisa para te ajudar, pelo menos que prolongue.
    - Não se sacrificando por mim, a ajuda será bem vinda.









    - A casa está ficando cheia e nem chegou na hora que combinamos.
    - Está me expulsando, Almofadinhas?
    - Cala a boca, Aluado, sabe que eu adoro e a casa não é minha. Marie, cadê o Régulo?
    - Lá fora com o Teddy e Victoire, estão brincando.
    - Mal começou a andar e já vai começar a aprontar, nem quero ver.
    - É seu filho, cachorrão, o que você queria?
    - Falou a santa… - Puxou a minha mão e me deu um beijo.
    - Vocês escolheram o nome para a mini Tonks?
    - Não conta ainda, mas estávamos pensando em colocar Andrômeda, minha mãe não sabe ainda.
    - Ela vai adorar, com toda certeza.
    - E as gêmeas? - Eu olhei para Sirius que fez uma careta, me fazendo rir.
    - A Marie só vai me deixar escolher os nomes do meio, acreditam nisso?
    - Não reclama, se não nem isso. - Remo e Tonks riram da cara de Sirius, toda magoada.
    - Eu queria colocar Alice ou Marlene. O Harry se apropriou de Lílian antes mesmo de casar, então não posso.
    - Eu vou colocar esses nomes nelas, mas no nome do meio, já falei.
    - E você já escolheu os primeiros nomes?
    - Óbvio?
    - Quais..? - Ele me encarou e eu comecei a rir. - Fala ou eu vou ter um infarto de tanta curiosidade.
    - Até eu estou, vamos Marie.
    - Mérope Alice e Astérope Marlene Black.
    - Você e minha mãe tem que dar a mão em quesito escolher nomes para filhas.
    - Marie quer continuar a tradição dos Blacks, então nem vou reclamar de nome estranho.
    - Mas são nomes tão bonitos! Nomes de duas Plêiades, filhas de Atlas e Pleione, transformadas em estrelas por Zeus para protegê-las.
    - Não são as duas estrelas menos brilhantes da constelação?
    - Remo, não implica também.
    - Eu só estou comentando.
    - Não implica com o quê? - Disse Harry entrando com Gina, Hermione e Rony.
    - O nome das gêmeas.
    - Coloca algum juízo na sua irmã, por favor.
    - Por eu ter juízo que eu irei colocar Mérope e Astérope, sem mais discussão.
    - Onde você tirou esses nomes?
    - Maninho, você não prestava atenção nas aulas mesmo.
    - Você nem imagina. - Reclamou Granger. - Esses dois só dormiam e conversavam.
    - Coisa feia, Harry.
    - Você fazia a mesma coisa, Almofadinhas, não pode reclamar
    - Eu estou me fingindo de responsável.
    - Mais fácil nascer de novo.
    - Marie, bate nele, por favor?
    - Por que eu bateria se ele tem razão?
    - A comida está pronta?
    - Sim, mas é só para quando todos tiverem chegado.
    - Por isso, eu fiz uns lanchinhos extras, quer Weasley?
    - Óbvio?! Não se recusa comida, é falta de educação, minha mãe me ensinou.
    - Você só prestou atenção nessa parte, não é Rony? - A ruiva disse rindo.

Diário de uma PP: Potter PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora