Conhecendo a sogrinha

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    Uma coruja chegou no meio do café da manhã, vindo em minha direção. As conversas foram interrompidas, mas logo a ave apenas deixou a carta e foi embora. Peguei a carta, era de Severo.
    - Quem é? Seu namorado? - Perguntou Sirius.
    - Não, ele me mandou ontem, é do meu pai. Vai vim me buscar, fomos convidados a um almoço na mansão Malfoy, se Remo permitir, óbvio.
    - Claro que eu deixo. É alguma ocasião especial?
    - Aniversário de casamento dos Malfoy, pelo que está escrito. - Respondi.
    - Nem lembrava… O seu namorado vai?
    - Sim e todos os meus amigos também.
    - Reunião do covil, então? - George me enchendo como sempre.
    - Muito engraçado, Weasley.


    Estava quase na hora, coloquei um vestido verde simples com botões brancos na frente e amarrei um laço branco no cabelo. Desci as escadas, com a varinha na cintura, estavam a maioria ajudando Molly na cozinha, com um pouco de bagunça. Tirei a varinha da cintura, mas meu pai aparatou antes.
    -Nada de magia fora de Hogwarts, sem aparatação ilegal também. - Disse pegando minha varinha e colocando no vestido.
    - Severo, cuida bem da Marie. - Disse Remo aparecendo junto a Sirius.
    - Não se preocupa, Lupin. E pelo jeito, está cuidando muito bem da Marie Lily.
    - Óbvio, ela é a nossa afilhada. - Disse Sirius sorrindo.
    - Nossa? Ela é minha afilhada, saí almofadinhas.
    - Nós temos que ir, sabe como é Lucius quando alguém se atrasa.
    Ele ofereceu o braço e segurei, aparatamos na frente de uma mansão gigante. Passou até dos limites de mansão, era quase um castelo. Draco morava ali? Bruxinho rico, mais do que eu imaginava. Os portões se abriram e caminhamos juntos até a entrada.
    -Potter! Professor Snape. - Draco veio em nossa direção. - Seu namorado e sua sogra vieram, boa sorte.
    Revirei os olhos e ele riu. Encontrei Blásio, Pansy, Greengrass, Nott, Crabbe, Goyle… além dos adultos.
    - Obrigado por nos convidar, Lucius. - Disse meu pai para o homem.
    - Você é nosso amigo, Severo. E como vai, Potter, não é? Não sabia que era irmã do famoso Harry Potter.
    - Nem eu, prazer revê-los senhor e senhora Malfoy.
    - Onde está seu irmão? - Perguntou Narcisa.
    - Está com os tios trouxas. - Severo respondeu no meu lugar.
    - Trouxas? - Perguntou Lucius.
    - Sim, infelizmente ele cresceu com esse tipo…
    - Mãe, pai, não sei se vocês sabem, além de eu e a Pansy estarmos namorando.
    - Fico feliz por vocês, meu filho. - Narcisa respondeu.
    - Mais um namoro também, o Zabini e a Potter. - Disse enquanto eu e meu pai estávamos sentando.
    - Se o professor Snape não desaprovar, claro. - Blásio respondeu olhando para ele.
    - Nós já conversamos sobre isso, senhor Zabini. Sua mãe está bem com isso, também?
     - Marie parece ser uma bruxa extraordinária pelo que eu ouvi do meu filho, então estou.
    Os adultos começaram a conversar e Draco nos olhou com tédio. Pediu licença e nos chamou para fora dali, na verdade no jardim da casa.
    - Pensei que vocês iam se casar, Blásio, pedir autorização para o pai? - Zoou Nott.
    - Quando o pai é o professor Snape, é requisito básico.
    - Severo não é tão assim… - Revirei os olhos. - Ele é só um pouco protetor.
    - Pouco? Ele me ameaçou!
    - É o jeito dele de falar que tudo bem. - Ri. - Se não aprovasse, não sei se o Blásio estaria vivo.
    - Imagina? Causa da morte: pedido de namoro. - Pansy disse e todos começaram a zoar o coitado.
    - Quer escapar desses idiotas? - Blásio cochichou no meu ouvido e assenti, sorrindo. - Eu e a Marie precisamos conversar, já voltamos.
    - Conversar? Vamos fingir que acreditamos. - Respondeu Draco.
    Nos afastamos um pouco, caminhando ainda entre o jardim. Aquele lugar era enorme, parecia não acabar. Senti a mão dele na minha cintura me segurando para eu parar ali. Olhei para ele e estava me olhando de cima para baixo, se aproximou e encostou nossos lábios, dando rápidos selos antes de aprofundar em um beijo.
    - Estava sentindo tanto a sua falta, Blásio. - Entrelacei minhas mãos ao redor do seu pescoço.
    - Também, queria te ver mais nas férias. Você contou para o seu padrinho?
    - Sim, e para mais algumas pessoas… Algumas pessoas surtaram, mas eu não ligo.
    - Por que você não ficou na sua casa? Seria mais fácil para nos encontrarmos. - Disse fazendo um biquinho.
    - Você sabe muito bem o porquê, Blásio. Porém eu posso fugir algum dia… - Disse piscando para ele.
    - Amanhã eu irei no beco diagonal com o Draco, buscar alguma coisa para o pai dele, se quiser.
    - Que coincidência, eu tenho que ir também, de manhã?
    - Sim. - Ele disse erguendo as sobrancelhas, sorrindo. - Você está muito gelada…
    - Normal. - Tentei despreocupá-lo.
    - Você pode ficar doente, - Disse tirando seu blazer. - pode vestir, por favor?
    - Sim, senhor Zabini. - Disse revirando os olhos, ele era teimoso, não adiantava argumentar. - Prontinho.
    - Ótimo, senhorita Potter. - Piscou para mim e não consegui segurar o sorriso.
    - Pensávamos que estariam junto aos outros. - Disse a mãe de Blásio, acompanhada de meu pai. - Marie, gostaria de ir algum dia lá em casa?
    - Sério, mãe?
    - Seria uma honra, senhora Zabini.
    - Se meu filho, finalmente, se apaixonou por alguém… quero que seja tratada como parte da família.
    - Obrigada.
    - É melhor se acostumando, Marie. Quem sabe no futuro não vira senhora Zabini? - Piscou para mim, mas mudou a expressão quando viu meu pai. - Com todo respeito, professor Snape.
    - Vocês ainda são muito jovens para ficarem pensando sobre isso, tem muito ainda o que enfrentarem no futuro. - Severo falou sério. - Aliás, Blásio tem que conhecer as pessoas da sua família, Lupin e o Black.
    - Black? - Perguntou a mulher.
    - Sim, padrinho do irmão de Marie.
 

Diário de uma PP: Potter PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora