Feriado adiantado

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    Graças a outro sonho de Harry, o senhor Weasley sobreviveu de um ataque por uma cobra. Além disso, Dumbledore tinha avisado que iríamos voltar um pouco antes do natal. Arrumava minhas coisas, para poder levar um ou dois livros para a casa de Sirius nas horas vagas, além dos desenhos de meus pais que eu tinha terminado para dar a ele.
    -Que folga é essa Potter? - Entrou Pansy com Draco.
    - Vou para casa um pouco antes do natal, mas depois volto.
    - Por quê? Contou para o Zabini?
    - Contei, ele ficou me esperando quando Dumbledore me chamou.
    - E por quê? - Repetiu o loiro.
    - O senhor Weasley está no hospital… vou indo, antes que meu irmão fique bravo por eu demorar.
    - 'Tá bom… Feliz natal, então.
    - Para vocês também. - Abracei-os, algo raro de se ver entre os sonserinos.
    Saí da sala comunal rapidamente, em direção a sala do diretor. Iríamos por pó de flu, assim íamos rapidamente. O diretor deu um pouco do pó na nossa mão e fomos embora. Logo cada dupla chegou na casa de Sirius, sendo eu e Harry os últimos. Molly estava visivelmente triste e preocupada, mesmo tentando esconder em um sorriso quando viu os filhos.
    -O papai está bem?
    - Graças ao Harry, sim.
    - Quando ele vai poder vir para casa?
    - Até o natal ele estará aqui. Mas agora vão se arrumar, devem estar com fome.
    Acompanhei Gina até o quarto, colocando a bolsa ali e me jogando na cama. Eu estava cansada, tinha usado muito o vira tempo para ninguém desconfiar das minhas participações da Armada de Dumbledore. Falando nisso, desde o "ocorrido", Rony não olhava nem mais para minha cara, com razão, mas eu não ia falar com ele só porque o Harry tinha pedido. Eu ainda o achava um idiota.
    -Você vai ficar aqui, Marie? - Perguntou Gina sentando na minha cama.
    - Acho que sim…
    - Melhor mesmo, suas olheiras estão te entregando.
    - Está tão aparente assim?
    - Não tanto, mas eu percebi. Aconteceu alguma coisa?
    - Nada demais, só estudos.
    - Deveria diminuir a quantidade de aulas, então.
    - Vou pensar… Obrigada, Gina. - Ela piscou para mim e saiu.
    Segui o conselho dela, tomei uma poção para me ajudar a dormir e deitei-me, meus olhos se fecharam rapidamente.
   


    Abri meus olhos lentamente e percebi que estava começando a amanhecer, Gina dormia ao lado. Peguei meu casaco e fui andar pela casa, estava com fome depois de dormir por várias horas. Desci as escadas, abri alguns armários, procurando alguma comida. No final consegui achar apenas uma torta, provavelmente para amanhã… ou hoje? Estava perdida.
    -Assaltando a cozinha? - Virei-me e dei de cara com Sirius.
    - Tentando.
    - Eu guardei o jantar para você, se quiser é só esquentar. - Assenti com a cabeça e ele pegou um prato, com o balançar da varinha esquentou a comida.
    - Hum… Obrigada. - Falei após uma garfada.
    - Estava cansada, ein? Dormiu por umas 14 horas seguidas ou mais.
    - Um pouco… - Suspirei. - Hogwarts está uma bagunça.
    - Harry me contou, fico feliz que esteja participando da AD.
    - Eu também, eu e ele ficamos mais próximos desde disso.
    - Mas o que aconteceu entre você e o Rony? Brigaram mais ainda?
    - Em um dos encontros da Armada, eu joguei um feitiço nele que ele deveria se proteger, mas atingiu nele…
    - Estupefata?
    - Um pouco pior…
    - Marie Lily, qual exatamente?
    - Você não deve conhecer, você nunca iria querer aprender algo assim.
    - Agora eu estou curioso, o que aconteceu quando você jogou nele?
    - Ele deve ter visto algum animal peçonhento subindo nele, uma dor como se recebesse várias picadas venenosas.
    - Você exagerou, isso é artes das trevas.
    - Eu sei, mas eu estava brava com ele.
    - Você não pode fazer coisas ruins assim para as pessoas só por estar brava, Marie. Na verdade, não deveria nem saber esses tipos de feitiços.
    - Eu me sinto melhor sabendo do que o contrário, eles são úteis, às vezes.
    - Promete que não irá mais usá-los?
    - Eu não posso, Sirius… no máximo não usarei em ninguém que é amigo das pessoas que eu amo.
    - Menos mal… mas você deveria aprender mais conosco, menos com Severo.
    - Sirius…
    - Desculpa, mas é verdade.
    - Eu sei, só não fale assim dele. Severo foi a única família que eu tive até o ano passado, fui criada muito bem graças a ele.
    - Ainda não consigo imaginar ele cuidando de uma criança. - Disse rindo. - Você ficava muito de castigo?
    - Olha, não muito, eu não sou santa, sempre aprontei muito, mas ele só ficava bravo quando eu mexia no que não devia ou invadia alguma reunião.
    - Incrível, pensei que ele era mais rígido, chato como é.
    - Ele tem coração mole, era só eu fazer uma cara fofa ou perguntar alguma coisa dos estudos que ele esquecia.
    - Espertinha… e manipuladora.
    - Que calúnia. - Fingi que estava ofendida. - Ah, eu terminei seu desenho.
    - Cadê?
    - No natal você vê.
    - Por quê? Não pode adiantar?
    - Não, é meu presente de natal para você.
    - Eu aceito antes.
    - Mas eu não entrego antes, almofadinhas.
    - Eu dou seu presente antes, por favor.
    - Não.
    - Isso é maldade! - Sirius parecia uma criança birrenta, muito engraçado.
    - Vocês tão brigando de novo? - Lupin apareceu na porta.
    - A Marie não quer me dar meu presente de natal.
    - Mas não é natal ainda, Sirius. - Disse rindo.
    - Não ligo para isso, eu queria meu presente adiantado.
    - Ele era assim quando vocês estudavam juntos?
    - Um pouco pior e ainda tinha seu pai e o Pettigrew.
    - Como você aguentava?
    - Pegava um livro e ignorava. - Balançou os ombros.
    - Eu estou aqui, aluado! - O homem parecia bravo. - E você não me ignorava de tudo…
    - Black!
    - Lupin… - Ergueu as sobrancelhas para Remo.
    - Espera! Vocês dois… - Encarei-os e meu padrinho ficou vermelho, dei um pulinho de alegria. - Sabia!
    - Não é bem assim, Marie, foi algo de adolescente.
    - Eu só acredito porque você é todo apaixonado pela Tonks, mas sabia que mais alguém da "família" gostava…
    - Mais alguém?
    - Vocês achavam que eu…? - Não completei, estava rindo. - É aquele ditado, caiu na rede, é peixe.
    - Você não namora, Marie Lily?
    - E daí, Remo? Namorar não tira os olhos.
    - Cafajeste que nem o Sirius… - Disse balançando a cabeça.
    - Nosso Lupin aqui é careta, sempre foi.
    - Eu não sou careta! Só não vejo a necessidade de beijar toda pessoa que aparece na minha frente.
    - Careta. - Cochichou Sirius.
    - Idiota. - Revirou os olhos.
   

Diário de uma PP: Potter PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora