Um barulho me assustou, a porta parecia que estava querendo ser aberta. Antes de eu pegar minha varinha, Sirius apareceu andando nas pontas dos pés. Eu sorri ao vê-lo sua expressão toda cuidadosa ao fechar a porta. Ele se deitou, ficando frente a frente a mim, com uma mão atrás.
-Boa noite… - Sussurrei sonolenta.
- Uma flor para outra flor. - Tirou a mão de trás, estava com um lírio.
- Obrigada… - Peguei a flor, colocando-a em meu cabelo e dei um selo rápido nele. - Mas são quase quatro horas da manhã, não deveria estar dormindo?
- Deveria. - Disse sorrindo e passando a mão pelo cabelo, me fazendo fechar os olhos com seu toque. - Eu só queria te dizer que eu te amo.
- Eu te amo, também… - Sorri, o sono estava batendo novamente. - Quer ficar aqui?
- Quero sim. - Ele sorriu.
- Se vira… - Ele fez e eu abracei-o por trás. - Pronto.
- Boa noite, raposinha. - Ele sussurrou, deitando em meus braços.
- Boa noite, cachorrão. - O silêncio invadiu o quarto, apenas a nossa respiração.
- Marie.
- Sim?
- Nós estamos namorando?
- Só se você quiser.
- Então estamos namorando… Marie?
- Pode falar, Sirius. - Eu disse ressonando e rindo silenciosamente.
- Quando nós vamos casar?
- Casar? Mas não começamos o namoro nesse exato minuto?
- Esqueci. - Ele respirou fundo. - Marie?
- Dorme, Sirius. - Beijei sua bochecha e acabei adormecendo.Eu estava descendo as escadas com dificuldade, afinal não conseguia andar graças a Sirius. Ele estava abraçado por trás e não me soltava nem para fazer isso. Era engraçado, eu tinha que descer um degrau e esperá-lo. Ao chegar ao fim da escada, vi que Andrômeda estava ali também e nos olhando surpresa.
-Por isso eu não te achei no seu quarto, Sirius!
- Exato. - Disse sonolento e me deu um beijo na bochecha.
- Remo, me ajuda, ganhei um coala e ele não quer me soltar.
- Mas eu não solto!
- Quem mandou se meter com o Almofadinhas? - Disse rindo. - Toda a carência dele aflorou e você tem que aguentar.
- Sirius, eu tenho que tomar café… - Fui com a cabeça para trás.
- Eu solto, mas tem pedágio. - Virei-me e dei um selinho. - Pode seguir, madame.
- Por que você não me contou, Sirius?
- Dromeda, respira, é recente. - Ele disse olhando para mim. - Além disso, queríamos manter em segredo por enquanto.
- Não parece… - Harry reclamou.
- Cala a boca, maninho. - Virei para a senhora Lupin. - Aliás, oficialmente só começamos a namorar hoje.
- Eca. - Harry fez uma careta.
- Harry, por favor. - Sirius disse sério. - Eu sou seu padrinho ainda.
- Quando sai o casamento? - Perguntou a sua prima, me fazendo engasgar. - Desculpa, eu nunca vi Sirius tão alegre assim, talvez tenha me animado.
- Você não viu nada, mamãe. - Riu. - Ele está parecendo uma criança, todo felizinho, sorrindo para o nada.
- Vocês vão contar quando?
- No natal.
- Felizmente, está chegando o natal, vou rever a Gina… - Harry disse todo bobo.
- Depois fala de mim.
- Cala a boca, Marie.
- Falta quantos dias? - Perguntou Remo saindo do assunto. - Uns 30 dias?
- Vinte e oito na verdade. - Respondi. - O que foi gente?
- Está tão animada assim para o natal?
- É porque a curandeira falou achar que meu pai acorde até o natal.
- Socorro, espera. - Sirius arregalou os olhos, indo até Remo. - Alguém me ajuda, o meu sogro vai ser o Ranhoso.
- Sirius!
- Pelo menos eu sei o que dar de presente, um shampoo.
- Sirius Orion Black! - Ele mandou um beijo no ar e eu revirei os olhos. - Severo vai me xingar tanto...
- Eu não acredito… o mundo dá voltas mesmo, Snape sendo o meu sogro postiço.
- Sabe o que é engraçado, também?
- O quê?
- Se vocês casarem, seria outra Black sonserina. - Andrômeda sorriu de lado. - Essa família não escapa, não.
- Tem que me lembrar desse detalhe?
- Tenho, priminho. - Disse rindo. - Vingança!
- Sem graça…
- Mas para para pensar. Marie é a primeira não grifinória dos Potter, você é o primeiro não sonserino dos Black… vocês combinam muito mesmo.
- Eu vou vomitar.
- Para de drama, Harry. Cadê a Gina nessas horas?
- Nem me fale, não vejo a hora de ela acabar Hogwarts.
Era um café da manhã animado, mesmo com o ataque de ciúmes do Harry. Lupin contava animado sobre conversas e ideias que teve junto a McGonagall para melhorar a escola. Tonks falava sobre como o ministério finalmente estava bem mais organizado e que, felizmente, não estavam usando mais dementadores em Askaban. Aproveitando que era domingo, todos foram para a sala, continuando a conversar. Sirius mal pode me ver entrando e já me puxou para sentar ao lado dele, me abraçando. É, eu tinha ganhado um coala e não um cachorro.
- Marie? - Ele cochichou no meu ouvido e eu coloquei a cabeça para trás. - Quer fugir?
- Depois, cachorrão.
- E então, desde quando vocês dois estão juntos? - Perguntou Andrômeda.
- Desde o dia 4 de novembro. - Respondeu Sirius sorrindo. - Graças a Marie, porque eu estava nervoso…
- Sirius Black nervoso? Isso é novidade.
- Ele me beijou, fugiu e ficou sem falar comigo, acredita? Então eu tive que tomar iniciativa, porque Sirius não iria.
- Esse não é meu primo! - Ela disse rindo. - Todo tímido, assim?
- Não me zoa, eu estava em um dilema pessoal.
- Não estava muito no dilema quando, ontem, me perguntou quando íamos nos casar.
- Ah sabia! Vai ser quando?
- Marie falou para esperarmos.
- Por quê? Vocês já parecem casados: dormem juntos, vivem na mesma casa.
- Minha mãe virou casamenteira.
- Eu quero que o Sirius desencalhe finalmente, não é?
- Podíamos casar no Natal.
- Sirius!
- Está bem… janeiro?
- Sirius não é assim que se pede alguém em casamento, seu idiota!
- Tonks, pode levar sua mãe? - Ele disse brincando. - Eu não lembro da Andrômeda tão intrometida.
- Você que me ature, eu te aturei quando era uma criança ainda.
- Eu nunca casei e nunca pensei em casar, por isso não sei. - Revirei os olhos, depois percebi, eu tinha planejado casar antes, ao contrário dele
- É só pedir e não desse jeito como se fosse uma aposta, Sirius.
- Está bem. Quer casar comigo em janeiro, raposinha?
- Fazer o que né, não tenho mais escapatória. - Eu falei rindo e ele pareceu magoado. - Eu estou brincando, Sirius.
- Vocês não acham que estão indo rápido demais? - Perguntou Remo. - Tipo muito rápido mesmo.
- Não tenho tempo a perder, Aluado.
- Dia 19, pode ser?
- Pode, mas por quê 19?
- Porque fica 19 do mês 1 do ano 1999.
- Está bem…
- Então nós temos que organizar! - Andrômeda levantou sorrindo. - Temos os trajes, o lugar da festa, a lua de mel, os convidados, os padrinhos.
- Andrômeda, fica com você os preparativos então. São quantos padrinhos e madrinhas?
- Você escolhe 5 e Marie outros cincos, como manda a etiqueta.
- E se a pessoa, no caso eu, não conhecer muitas outras pessoas? - Perguntei. - Vale espírito?
- Não vale, Marie.
- Merda. Então Ninfi, Remo, Gina, Neville e Draco, se ele aceitar.
- Ah não, o Malfoy não.
- O Malfoy sim, ele é meu amigo.
- Eu ia escolher o Aluado, mas tudo bem. Para acompanhar Gina, meu afilhado preferido.
- Eu sou seu único afilhado, Almofadinhas.
- Dois casais estão prontos, se são cinco no total. Eu quero convidar a Andrômeda, obviamente, você pode acompanhar o Longbottom, melhor que seu sobrinho.
- O senhor e a senhora Weasley, o Draco pode ir com a Astoria mesmo, para ele se sentir confortável.
- Então resolvido, mesmo que eu não concorde na ida dos Malfoys.
- Sirius!
- Mas o que você quer que eu faça? Eu não gosto deles.
- A Cissa e o Draco são legais, só aquele cara de Veela que é chato.
- Cara de Veela? Onde você arrumou esse apelido para o Lucius e por que não me contou antes?
- Não fui eu, escutei Bellatrix chamando-o assim, ele fica muito bravo.
- Muito útil, vou chamá-lo assim. Andrômeda, para você tudo bem estar os Malfoys?
- Vai ser difícil rever minha irmã, mas faz parte, não é? Tinha que acontecer uma hora ou outra.
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Diário de uma PP: Potter Perdida
FanfictionMarie Lily Potter, irmã gêmea desconhecida e aparentemente oposta a seu irmão, o famoso Harry Potter. Essa sou eu, uma Potter que cresceu como uma Snape, escondida de todos, pois teoricamente eu estava morta. Até Dumbledore decidir que seria minha h...