Tudo normal na anormalidade Black

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    Esperávamos no corredor do hospital, esperando Andrômeda nascer. A avó do mesmo nome estava lá dentro, ajudando sua filha. Remo estava impaciente, andando de um lado para o outro, enquanto Teddy e Régulo brincavam no chão ao nosso lado.
    -Remo, senta, Andrômeda não vai nascer mais rápido se você ficar andando de um lado para o outro.
    - Eu estou preocupado, ela está nascendo prematura.
    - Vai ficar tudo bem, as duas estão ótimas, eu sinto.
    A porta foi aberta e uma curandeira saiu sorrindo, avisando que podíamos entrar. Remo entrou primeiro, seguido por Sirius e eu chamando as crianças. Uma bebê com cabelos mudando de cor estava no braços de Tonks. Lupin pegou-a no colo chorando enquanto ninava a sua filha no colo.
    -Ela é como minha Ninfadora, olha os cabelinhos.
    - Tomara que ela puxe Tonks em tudo.
    - Não vai ser em tudo… - Um homem loiro apareceu atrás da cama, fazendo eu levar um susto.
    - O que foi, raposinha?
    - Senhor Tonks? - Perguntei olhando-o e ele se surpreendeu ao notá-lo ali.
    - O nome da minha neta combinará muito com ela, não tinha nome mais bonito. - Sorriu para sua filha e esposa.
    - Edward está aqui?
    - Meu pai está aqui?
    - Veio apenas conhecer a neta e proteger Ninfi. - O homem sumiu ao tentar passar as mãos nos cabelos de Andrômeda. - Foi embora agora, ele gostou do nome, disse que combinou e não tinha nome mais bonito.
    - Eu nem acredito… obrigada pela homenagem, minha filha.
    - Você merece muito mais mamãe.
    - Com licença, já viram a nova membro da família? Eu tenho que examiná-las. - Disse a mulher que avisou sobre o nascimento.
    Nos afastamos, levando as crianças. Remo permaneceu ao lado de Tonks no quarto. Teddy e Régulo não paravam quietos, estavam todos animados com o nascimento de Andrômeda.
     -Ted e Reg, as moças vão te xingar. - Sirius disse tentando fazê-los parar, mas não dava muito certo. - Será que eu era assim quando tinha a idade deles?
    - Deveria ser bem pior.
    - Nossa, maldade comigo. - Ri e ele me abraçou, colocando a mão direita na minha barriga que estava levemente maior. - Acho que dessa vez você terá uma barriga de grávida normal.
    - E eu sou anormal?
    - Você entendeu, até quando eu bebia direto tinha mais barriga que você grávida do Régulo.
    - Agora são duas crescendo aqui, óbvio que terei barriga. - Aconcheguei em seus ombros, fechando os olhos.
    - Marie Lily? - Abri os olhos novamente e vi Astoria, ao seu lado Daphne e Nott.
    - Astoria, como vai?
    - Bem melhor, graças a você. Aconteceu alguma coisa?
    - Ninfadora, esposa do Lupin, acabou de ter uma filha.
    - Hum… quem são esses? - Perguntou o homem de cabelos pretos apontando para as crianças.
    - Régulo, Teddy! - Chamou Sirius e eles vieram.
    - Esse é Teddy, filho mais velho de Ninfadora e Remo. E esse é Régulo…
    - Nosso filho.
    - Já com filhos, Potter?
    - Black, por favor, senhor..?
    - Nott. - Disse engolindo em seco, olhando para Sirius.
    - Na verdade, eu estou esperando mais duas filhas.
    - Draco me falou, estou tão feliz por vocês.
    - Aliás, se vocês quiserem, é claro, nós íamos convidá-los para serem padrinhos de Astérope.
    - Íamos? - Sirius me encarou confuso. - É verdade, íamos sim.
    - Nós vamos adorar, obrigada.
    - A conversa está ótima, mas temos o que fazer. - Sussurrou Daphne.
    - Desculpa minha irmã, até logo, Marie.
    - Até.
    - Os Malfoys, é sério Marie?
    - Primeiro, Draco e Astoria são meus amigos. Segundo, eles são, teoricamente, seus parentes, não?
    - Se parente fosse bom, podíamos escolher.
    - Eu desisto de você…
    - O quê? Mas não é verdade?
    - Em partes, mas só porque eu tenho os Dursley como tios, credo.
    - Eles são péssimos mesmo.
    - Depois você fala bem dos trouxas.
    - Todos tem sua exceção, não é?








    A minha barriga atrapalhava um pouco para me aproximar na mesa, afinal eu estava com mais de sete meses. Eu terminava alguns estudos para um caso da França, os aurores de lá pediram uma ajuda do ministério britânico. Aparentemente, o objeto que estava aqui se mudou magicamente para lá e estava matando trouxas novamente. Eu sabia o que era, mesmo não contando para o ministério, então estava tentando arranjar um jeito de modificar, não poderia deixar a criança morrer.
    - Maninha?
    - Entra, Harry.
    - E aí? Descobriu alguma coisa?
    - Descobri, mas deixa para depois. Primeiro, precisamos comprar seu terno para o seu casamento. Finalmente vai parar de enrolar a Gina.
    - Quem disse que não é ela me enrolando?
    - Euzinha, agora vamos. Eu ainda tenho que acompanhar Gina para a escolha do vestido.
    - Vai me contar como é?
    - Não, para de ser curioso, Harry Tiago Potter.
    Empurrei-o pelo ombro, passando por todo o departamento até a lareira. O beco diagonal estava lotado como sempre e para piorar meu irmão era bem conhecido, fazendo todos nos encararem. Fomos até a alfaiataria, onde o bruxo já estava nos esperando.
    - Acha que está bom, Marie? - Perguntou me olhando com o terno cheio de marcação.
    - Está perfeito, só precisa dar uma ajustada aqui. - Ao apontar, o bruxo mexeu com a varinha, arrumando. - Agora sim, está pronto para casar.
    - Brilhante… - Disse me olhando pelo espelho. - Quanto ficou, senhor?
    - Já está pago, senhor Potter.
    - Como assim?
    - Eu paguei, Harry.
    - Por quê?
    - Presente, mas se não gostar, pode me dar o dinheiro, aceito totalmente. - Falei rindo. - Eu estou brincando, não aceito devoluções. Quero meu maninho lindo no casamento.
    - Obrigado, Marie.
    - De nada, seu chato. Vamos logo, porque eu ainda tenho que passar em casa, se o Sirius ainda não tiver destruído tudo brincando com Reg.
    - Aliás, sabe o que Sirius está escondendo? Ele falou sobre me dar o melhor presente, eu iria amar.
    - Aquele desgraçado está tentando competir com presentes? - Fingi de brava e Harry pareceu ter caído tão facilmente.
    - Eu posso falar com ele, se preferir…
    - Harry, você é tão bobo… eu sei do presente, até estou ajudando. Você ainda cai nas minhas brincadeiras, sinceramente como?
    - Por que você é minha irmã e eu tenho que confiar?
    - Então deveria ter feito isso no passado quando o assunto era sério, né seu idiota? Sabe quantas vezes eu quis fazer picadinho de você? O meu senso de mágoa é acabar o causador pela raiz, você sabe.
    - Eu já disse desculpa, era guerra e não podíamos confiar muito, Marie.
    - Eu posso ter te desculpado, mas ainda estou ressentida.
    - Para de rancor, faz mal para você e para as gêmeas. - Disse saindo da loja com o terno pendurado.
    - Eu não sou rancorosa.
    - Não? Então por que a Umbridge misteriosamente enlouqueceu por ser assombrada? - Ele me parou para perguntar, com um sorriso de lado.
    - Talvez eu tenha dado ideia para um morto ou outro, mas não é minha culpa. O que você pensa de mim?
    - Que você é capaz de tudo?
    - Ficou inteligente convivendo com a Gina, ein?
    - Você está me chamando de burro?
    - Talvez lerdo, tomara que seus filhos não te puxem.
    - Que tipo de irmã eu tenho?
    - Uma muito sincera e que está morrendo de medo de ver a casa destruída. - Joguei o pó de Flu para voltarmos para casa.
    - Marie, chegou rápido… - Disse sirius tentando tirar um polvo da cabeça.
    - Onde você conseguiu um polvo? - Ele apenas sorriu para mim. - Por que tem um peixe nadando no seco ali?
    - Só estávamos brincando, Régulo queria ir em um aquário, mas estava fechado. Então invadimos, entramos dentro do aquário e saímos correndo quando os trouxas nos viram.
    - Almofadinhas, você é louco. - Disse Harry rindo.
    - Louco? Nem neurônio tem direito. - Balancei minha varinha, enviando os animais para os seus lugares. - Sem invadir mais nada até o casamento de Harry, por favor.
    - Como quiser. - Disse me dando um selinho e depois se abaixou para um beijo na minha barriga. - Aliás, quando você vai começar a quase licença?
    - Hoje foi meu último dia presencial antes do nascimento delas.
    - Falando nisso, o que você tinha descoberto?
    - O objeto está relacionada com você e vai parar em 2005.
    - Temos mais 5 anos, então?
    - Fazer o que, né? Cadê o Reg?
    - Mamãe! - O garotinho de cabelos pretos veio correndo em minha direção.
    - Oi, meu pequenino… - Peguei-o no colo com alguma dificuldade. - O que é isso na sua mão?
    - Uma flor. - Disse e ela começou a flutuar.
    - Meu bruxinho talentoso.
    - Puxou a mãe dele. - Disse piscando para mim. - Hum… Harry, você vai sair com o Ronald agora, não é?
    - Vou, por quê?
    - Então vá antes que perca a hora.
    - Sirius?
    - Eu sou seu padrinho, eu e Marie temos que ir em um lugar sem nenhum enxerido.
    - Está bem, estou sendo expulso, eu já entendi. - Disse aparatando.
    - Régulo quer ir até um lugar muito bonito?
    - Sim!
    - Então vamos, Remo deve estar nos esperando.
    - Remo também sabe?
    - Ele me ajudou a organizar tudo, sabe como é. Vem com o papai, Reg. - Ele pegou nosso filho no colo e usou a rede de Flu, eu fui atrás.
    - Você vai fazer uma saída de Flu lá dentro?
    - Acho que vai ser bom, não é?
    - Óbvio, andar por metros não é nada legal.
    - Marie, finalmente chegaram! - Remo veio em nossa direção. - Está pronto, falta alguns móveis, mas a casa está pronta.
    - Bem vinda, a casa onde você passou seus dias com seus pais, Marie. - Abriu a porta da casa, era linda.
    - Está igual a quando Lílian e Tiago se casaram. - Suspirou Lupin.
    - Se não fosse por aquele traidor…
    - Toda a magia das trevas se dissipou mesmo…
    - Você fez um bom trabalho, até agora não sei como fez isso. - Remo passou a mão em seu rosto, sorrindo. - A casa dos Potter está pronta para receber Harry. Aliás, eu coloquei a tapeçaria no corredor.
    - Tapeçaria?
    - Eu fiz desenhos com vários toques de magia, com meus pais, avós e Harry. Como o da sua família, Sirius, mas além de uma árvore genealógica, ela conta um pouco a história de cada um.
    - Ele vai adorar, continuou o mesmo número de quarto, ou…
    - Tem dois a mais, use magia para deixar maior, assim vai ser mais confortável.
    - No total são cinco quartos, então?
    - Sim, por quê?
    - Não fiquem com esperança de usar os quartos extras, logo serão ocupados… - Falei, subindo as escadas.
    - Espera, como você sabe? Marie?
    - Apenas sei, Remo.

   
   

Diário de uma PP: Potter PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora