Sete dias

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P.O.V. Marie

Dia 01

Eles haviam me levado e colocado na cela, sem fazer qualquer pergunta, o que eu estranhei. No outro dia, com meu irmão presente, me levaram para uma sala de interrogatório. Doía ver Harry ali, pelo menos ele não conseguia nem olhar em meus olhos por vergonha, deveria sentir mesmo. Eu sentei e eles amarram as minhas mão na mesa de forma mágica. A minha frente sentou o mesmo auror quem me levou, ao seu lado, Harry e do outro Kingsley e Merlin. Aliás, o que ele estava fazendo ali?

- Eu sou o auror Campbell e irei liderar as investigações sobre a senhora. Alguma pergunta?

- Pretendem me soltar?

- Não. - Revirei os olhos, queria matá-los ali mesmo, mas seria imprudente. - Vamos começar, esse interrogatório está sendo filmado.

- Só fala logo... - Resmunguei.

- Como a senhora sabia do local que Voldemort e seus seguidores estavam?

- Por Bellatrix Rosier Black Lestrange.

- Uma comensal... interessante.

- Ela não estava ao lado de Voldemort durante aquela batalha, estava do lado da filha, Delphini.

- Isso não importa por ora, mas sim a senhora ter contato com uma comensal super perigosa. Pelo que eu escutei, ela matou Sirius Black, mas você conseguiu o salvar, coincidentemente, ele é seu marido e também líder da Ordem da Fênix... muito conveniente, não acha?

- É muito conveniente ficar com um olho sem a cor verdadeira, parecendo um cadáver, né?

- Eu queria pedir para não responder com ironia as minhas perguntas, estamos em algo sério.

Revirei os olhos, vontade de responder só estou vendo quatro patetas aqui. Depois não sabem o porquê de eu odiar o ministério. Eu joguei minha cabeça para trás, sentindo o meu pingente pulsar por um tempo e depois ser arrancado do meu pescoço.

- Merlin disse que essa é sua comunicação com Morgana Le Fay, certo? Melhor cortamos sua conexão para que não faça nada bárbaro..

- Agradeço. - Respondi em um sorriso.

- COMO?

- Você não estudou história, não? Depois que eu digo que o ministério está de mal a pior e aceitando qualquer um, não sabem o porquê.

- Mais respeito, Senhora Black. Eu não quero complicar muito para a senhora pela minha amizade com o seu marido.

- Respeito apenas aqueles que me respeitam, vocês estão fazendo isso? - Perguntei olhando em seus olhos. - Bárbaros foram povos que os romanos desconheciam e temiam por isso, não falavam sua língua, não tinha os mesmo conceitos que eles, então os consideravam brutos, incivilizados, selvagens. Porém, adivinha o que aconteceu no final? Os povos bárbaros invadiram aos poucos o Império Romano Ocidental e graças a eles, o famoso e grandioso império ruiu. Se vocês consideram eu e meus colegas bárbaros, eu apenas agradeço o elogio.

- Não foi isso que eu quis dizer...

- Então, vigie suas palavras. - Disse piscando para ele.

- Sobre o senhor Gellert Grindelwald...

- Eu o salvei de ser assassinado por Lord Voldemort durante a segunda guerra. Desde então, fornece previsões e me auxilia em muitas coisas, até mesmo algumas ajudas anônimas ao ministério. Antigamente, eu o vigiava mais e em troca, lhe dava segurança. Porém os tempos mudaram, ele está totalmente livre agora.

- Então vários bruxos das trevas estão soltos por sua causa?

- Não, Grindelwald e os comensais que não estavam presos em Azkaban, eu dou o crédito totalmente a vocês, são bem mais merecedores, afinal não conseguiram achá-los, não é?

Diário de uma PP: Potter PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora