Abracadabra

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P.O.V. Alvo

O meu nervosismo estava a mil, estamos indo para o expresso de Hogwarts e a hora de ser selecionado estava chegando. Tiago atravessou a parede na minha frente, junto com Lily, que estava se pendurando no carrinho de mala. Meus pais colocaram as mãos em meus ombros, falando para eu ir. Respirei fundo, prendi a respiração e fui. Não era a primeira vez fazendo isso, mas era para valer dessa vez.

Parecia que eu nunca tinha visto a estação, parecia estranha. Logo vi meus primos ali também, acenei para a tia Marie e ela me respondeu com um sorriso. Minha mãe falava com Tiago, provavelmente puxando a orelha por causa das reclamações de Minerva sobre seu comportamento.

- Está ansioso, Alvo? - Meu pai me perguntou.

- Sim... - Olhei para o lado, queria fugir dali para os meus primos.

- Eu conversei com sua tia. - Eu olhei surpreso para ele. - Provavelmente ela não me contou tudo, sei bem como ela é, mas quero dizer que estou do seu lado sempre que precisar.

- Até mesmo se eu for para sonserina? - Perguntei, engolindo em seco, ao notar sua expressão.

- Eu e a sua mãe brincamos sobre as casas junto com seus tios, mas é por conta da rivalidade. - Sorriu de lado e colocou as mãos em meus ombros. - Seu nome foi de dois grandes diretores de Hogwarts, um deles é Severo Snape, graças a ele, estou aqui hoje. Ele era sonserino, você gosta dele, não?

- Mas o tio Rony fala que todas as más pessoas são de lá...

- Sua tia, seus primos e Severo são sonserinos, são más pessoas por acaso?

- Nem um pouco... - Minha tia veio até nós e me deu um abraço.

- Vou sentir sua falta, lontrinha. - Desmanchou meu cabelo. - E aí, não está xingando meu afilhado, né? Porque você apanha, Harry Tiago Potter.

- Calma, estressada... - Meu pai disse assustado e eu ri. - Estava falando para Alvo como não só tem pessoas ruins na sonserina.

- Vou te contar um segredo, Alvo. - Disse colocando a mão ao lado de boca. - Os mais inteligentes e perspicazes bruxos eram da Sonserina. Lembre-se que todos temos um lado das trevas e da luz, você não precisa escolher ou esconder nenhum, tem que se aceitar como é.

- Mas e se eu descobrir que tenho um lado muito ruim?

- Então você irá aprender a lidar com ele, sem medo. Lembra daquele dia? - Eu assenti, o do bicho papão. - Aquilo aconteceu porque por muito tempo eu não aprendi, ficava confusa. O melhor é você aproveitar Hogwarts agora e se descobrir aos poucos, com seus amigos.

- Obrigada, madrinha.

- Mais uma coisa, sabe aquele loirinho ali? - Apontou para um garoto com um olhar inquieto. - O primeiro ano dele também, ele também é meu afilhado, sabia?

- Ah, é? - Então eu tenho mais pessoas para compartilhar a minha madrinha?

- Ele está tão nervoso quanto você, por um motivo parecido. - Ela me olhou de lado e se aproximou mais de mim. - Sem essa carinha, lontrinha ciumenta.

Eu ri de nervoso e balancei a cabeça. Meu pai falou mais algumas coisas para me animar, enquanto eu encarava aquele garoto loiro. Pelo jeito que minha madrinha falou, deveria ser legal. Acabou o tempo e entramos, acabei por encontrar Rose no meio do corredor. A maioria dos vagões incrivelmente estavam cheios, eles aparataram por acaso?

- Está vazio? - Abri uma porta e encontrei aquele mesmo loiro.

- Hum... está sim. - Disse olhando de um lado para o outro. - Pode entrar.

Diário de uma PP: Potter PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora