Está com pulgas?

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    Ao acordar, vi um cachorro grande no chão, Almofadinhas. Provavelmente para fugir um pouco de Percy, quem não parava de falar sobre o Ministério da magia, como George avisou. Ele se levantou e de repente estava na forma humana novamente, coçando a cabeça e se espreguiçando.
    -Bom dia, cachorrão. Está com pulga? - Disse rindo.
    - Sem graça… mas o pior é que aparece umas, é insuportável.
    - Como vocês conseguiram virar animagos?
    - Muito treino, está querendo tentar?
    - Talvez, mas depois que acabar Hogwarts ou nas férias.
    - Posso te ajudar, se quiser.
    - Eu adoraria. - Levantei-me e arrumei o cabelo de Sirius, parecia um ninho de passarinho. - Pelo menos o Remo não vai te xingar por isso.
    - Puff… Aluado ama chamar minha atenção, estou acostumado.
    Descemos para a cozinha e lá estava todos os Weasley, Harry, Tonks e Lupin. Parecia uma convenção de ruivos: Gui, Carlinhos, Percy, Fred, George, Rony, Gina, Molly, Arthur… ainda tinha eu de ruiva também. Os gêmeos estavam brincando com algo na mão, tentei entender e me arrependo, era a minha caixinha de música dada por Severo.
    -Fred e George, soltem isso agora!
    - Estressada logo de manhã?
    - Só solta, é meu presente de natal. - Disse batendo o pé e pegando o objeto das suas mãos.
    - Mas o que ela faz?
    - É uma caixinha de música mágica, quer ver?
    - Quero.
    - Então vai ficar querendo. - Ri saindo, mas George aparatou na minha frente. - Que susto!
    - Vai, quero ver, por favor.
    - Está bem… - Revirei os olhos e abri, tinha um código. Começou uma linda música instrumental e lindos lírios começaram a dançar a minha volta, indo por todo o ambiente.
    - Wow! Quem te deu isso? O Zabini?
    - Meu pai, na verdade. - Fechei a caixinha com cuidado e tudo sumiu.
    - Não é muito colorido e fofo para o Snape escolher?
    - Você ficaria impressionado então se soubesse que ele chorou quando eu abri.
    - Eu pagava para ver isso! - Eu sentei para tomar café revirando os olhos, todos achavam que Severo era um emo psicopata ou algo do tipo.
    - Você pulou da cama, Harry?
    - Eu estava sem sono. - Disse coçando a marca, Voldemort enchendo o saco e deixou meu irmão com insônia.
    Todos da mesa começaram a refeição, conversando um pouco. Parecia uma loja em liquidação de tanto barulho. Começaram a falar dos seus trabalhos, como as coisas tinham mudado por causa da volta de Voldemort.
    -O importante é que o ministério está tomando medidas, enviando aurores em locais importantes. - Comentou Percy.
    - Não estão muito eficiente. - Retrucou Harry.
    - Também, a maioria dos alunos parecem estar mais bem treinados que os aurores. - Completei.
    - Não é bem assim, são bem treinados e o ministro...
    - O ministro é, com todo respeito, um idiota. - Os outros seguravam risos, enquanto ele apenas me olhava.
    - Você não deveria falar dele assim, ele…
    - Percy, todos nós já entendemos. - Fred interrompeu. - Acontece que ninguém gosta do ministro, simples.
    - Sem briga, crianças, é véspera de natal.

    - Sem briga, crianças, é véspera de natal

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     Remo tinha decidido simplesmente que iríamos estudar, para ele poder ajudar a gente

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     Remo tinha decidido simplesmente que iríamos estudar, para ele poder ajudar a gente. O natal tinha sido uma bagunça, como sempre. Peguei meus livros e o diário que tinham me dado, onde eu anotava feitiços, poções e coisas que aconteciam comigo. Sentei na mesa com todos eles, entre Harry e Sirius.
    -Você está usando o que a gente deu?
    - Claro, eu anoto tudo nele. Eu reanotei alguns feitiços que eu fiz e…
    - Você faz feitiços, Marie?
    - Sim, cachorrão, foi uns três apenas, mas pretendo fazer mais. - Peguei o livro de poções de Harry rapidamente.
    - Marie, devolve! - Eu abri o livro e comecei a folhear, vendo as anotações.
    - Eu estava certa… Harry você deveria devolver o livro, antes que aconteça alguma coisa.
    - Não! - Pegou da minha mão e fechou. - Para de falar isso, não vai acontecer nada.
    - Depois não diga que não te avisei… - Abri meu diário e acabou caindo algumas fotos. - Opa…
    - O que é isso, Marie? - Remo pegou as três fotos. - É você?
    - Sou eu, sim… - Sorri ao ver as fotos: eu subindo na prateleira quando tinha uns 5 ou 6 anos, eu com 4 anos em um vale e eu estudando com 8 anos. - Ao modo trouxa ainda, sem se mexer.
    - Que fofa! - Harry puxou as fotos.
    - Tonks, vem ver a Marie criança!
    - Por que esse surto..? - Perguntei enfiando a cabeça no livro, com vergonha.
    - Que coisa mais fofinha e mal encarada também… para que essa cara de brava?
    - Eu não estava brava, mas um morto estava me enchendo o saco. Odeio quando me desconcentram nos estudos.
    - E essa? - Perguntou Sirius.
    - Severo me levou para um vale, acampamos por um mês e ele me mostrou alguns animais mágicos, o meu preferido foi testrálio. - Sorri, lembrando de como eu consegui fazer amizade com o animal. - E essa outra, a minha eterna mania de subir na prateleira para pegar livro. Ainda eu faço isso, meu pai continua a me xingar toda vez.
    - Tem mais fotos, Marie? - Perguntou Harry analisando as fotografias.
    - Tenho muitas, mas estão em casa. - Peguei as fotos da sua mão e coloquei-as no caderno novamente. - Talvez eu mostre para vocês algum dia.
    - Severo tirava tantas fotos assim?
    - Sim, a mãe dele, apesar de ser bruxa, amava tirar fotografias ao modo trouxa, então ele herdou uma máquina fotográfica que saí a foto na hora. É claro, fez umas modificações com a magia para facilitar.
    - Não esperava Severo usando coisas trouxas.
    - Existem alguns itens úteis criados por eles.
    - Isso é porque você nunca andou de moto. - Sirius disse com um sorriso nostálgico.
    - O que é isso?
    - É um meio de transporte, como uma vassoura, mas tem duas rodas e faz um barulho fenomenal, além de ser muito estilosa.
    - Ela voa?
    - Teoricamente não, mas como somos bruxos, podemos sempre modificar com um toque de magia, não? - Disse piscando. - Assim que eu comprar uma nova, eu te levo para dar uma volta.
    - Vou cobrar, ein?
    - Pode deixar comigo, raposinha.



   

Diário de uma PP: Potter PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora