Diário de uma PP: Potter Perdida

ESTOU TERMINANDO

P.O.V. Marie

O Régulo (segundo no caso, meu cunhado) havia aparecido, para contar tudo o que estava acontecendo em Hogwarts. Sinceramente, não fiquei impressionada, era meus filhos. Só não sabia que Perséfone era tão vingativa e engenhosa, me dava tanto orgulho. Contou também como os mais velhos estavam quietos demais, o que dava muito estranhamento tanto para ele quanto para mim. Alguma aquelas três iriam aprontar, isso eu tinha certeza.

- ... e então... - Disse mas acabou quase caindo. - Você viu isso?

- Você quase caindo?

- Sim! Eu não consigo tropeçar nas coisas, eu estou morto. - Falou com uma palma sobre a outra, como se explicasse para uma criança.

- Talvez seja apenas reflexos, não sei... - Sussurrei estranhando o fato.

A porta da casa bateu, era Sirius chegando com o nosso almoço super saudável, fast food. Colocou as coisas na cozinha e escutei seus passos até a sala, parando de repente. Olhei-o e seus olhos estavam arregalados e cheios de lágrimas, saindo correndo em direção a Régulo. Ele conseguiu vê-lo... e abraçar? Coitado do seu irmão mais novo, estava preso nos braços dele que pulava sem parar.

- Você está aqui mesmo, Régulo? - Perguntou chorando, sem soltar do abraço nenhum minuto.

- Sirius... pode me soltar? - Ele apenas continuava e pulava. - Eu não consigo respirar, Sirius...

- Estou com tanta saudades... como isso é possível?

- Eu também não sei, acabei tropeçando em algo sem querer e...

- Começou a volta compulsória de mortos, pelo jeito. - Disse pensando alto e olhei para eles. - Pelo menos, você está aqui agora.

- Eu tenho tanto para contar, Régulo. Nem acredito que tenho meu irmãozinho de volta. - Voltou a abraçá-lo, quem estava com uma cara de "socorro".

- Sirius, deixa o Régulo respirar, ele não vai fugir ou sumir. - Puxei-o lentamente, parecia triste por ter separado do seu irmão.

- Hum... obrigado, Marie. - Sorriu de lado para o irmão. - Sirius sempre foi emotivo e carinhoso, mas estou confuso demais para qualquer coisa.

- Você não quer um abraço do seu irmão mais velho?

- Não é isso que eu quis dizer, Sirius...

- Sirius, acalma essa carência, por favor. O que seu irmão está querendo dizer é que ele acabou de receber um corpo físico, não está mais acostumado com tudo isso. - Expliquei mesmo que sua animação estivesse o deixando meio surdo.

- Ele vai ficar aqui para sempre, Marie? Fala que sim... não posso perder meu irmão de novo.

- Não vou poder te responder isso, cachorrão. É a mesma situação que Bellatrix, provavelmente é temporário.

- Marie está certa, eu tive meu tempo de vida... isso deve ser apenas uma instabilidade, Sirius. Pelo menos posso aproveitar e passar o tempo que eu não pude passar com você, meu irmão.

- Nem acredito... - Disse voltando a chorar e abraçar Régulo. - Tenho que te levar para ver uma partida de quadribol, lembra como nós nos divertimos quando éramos crianças?

- Mas nós não somos mais, Sirius. - Respondeu de forma carinhosa. - Eu quero aproveitar e conhecer meus sobrinhos pessoalmente. Eu já sei que puxaram você, todos atentados.

- Mas começou me xingando mesmo?

- E você não é atentado?

Um barulho de aparatação nos chamou a atenção, eram Andrômeda e Narcisa conversando algo muito importante, quase discutindo mesmo. Então Sirius foi pulando nas primas, parecia uma criança feliz por causa de um presente. As duas se assustaram, mas logo notaram a presença do seu primo mais novo.