O sol refletia na minha pele, através das janelas de vidro do quarto. Estávamos em Paris agora, depois de viajarmos para Irlanda, Suíça e Itália. O hotel tinha um estilo meio século 19, clássico, mas também tinha um pouco de modernidade misturada. A última viagem, Veneza para ser mais exata, foi linda. Passeamos de barco, fomos a parte bruxa, onde existiam jóias e outros objetos muito antigos. Eu tinha comprado um vestido e feito Sirius comprar um terno italiano, mesmo com ele reclamando.
-Volta para cama. - Sirius disse manhoso. - Por favor, raposinha.
- Está na hora de acordar, Sirius. - Eu disse me levantando e indo até ele.
- Quem disse que eu quero dormir? - Ele levantou a sobrancelha e me puxou pela cintura, deixando-me em cima dele.
- Se eu não estivesse morta de fome, eu ficaria sem pensar duas vezes. - Falei levantando, colocando um roupão por cima da camisola. - Cachorrão…
- Não sabe usar o negócio trouxa?
- Exato.
- Eu peço, então. - Levantou-se e me deu um beijo, colocando o telefone na orelha. - O que você vai querer?
- Pain au chocolat com manteiga, morango e queijo. - Falei abraçando o por trás, quem repetiu no telefone.
- Pronto, mas que combinação é essa?
- Fiquei com vontade, ué. Não pode?
- Pode, cada um com seus gostos, não é? - Ele disse rindo e me deu um selinho.
- Você pediu o quê?
- Baguette com geleia.
- Depois eu que sou estranha.
- É bom, está bem? - Disse de braços cruzados. - O Harry perguntou quando vamos voltar, na última carta.
- Meu irmão é dramático… mas eu tenho que voltar a trabalhar. - Suspirei, lembrando que eu tinha obrigações, querendo ou não.
- A gente volta mês que vem.
- Falta quantos dias?
- Três, eu acho.
- Como assim abril já está chegando? Que absurdo!
- A gente está de lua de mel a mais de dois meses? - Perguntou Sirius enquanto fazia uma conta nos dedos.
- Deve ser por isso que ele está reclamando. - Falei rindo. - Sumimos de repente e não voltamos até agora.
- Vamos levar um xingo do Remo… - Uma batida na porta e uma moça entrou com um carrinho, era estranho como não faziam coisas com magia. - Obrigado. Pode atacar, raposinha.
- Finalmente! Estou morrendo de fome. - Peguei minha varinha e puxei a comida para perto, devorando tudo, como se fizesse dias que não comia nada.
- Respira, Marie. A comida não vai acabar, não. - Eu olhei-o quando minhas bochechas estavam cheias. - Está parecendo um esquilo.
- Eu estou com fome! - Disse com a mão na frente da boca, para esconder como ela estava cheia. - Experimenta, ficou uma delícia.
- Deixa eu ver… - Ele pegou o "lanchinho" que fiz com o pão com chocolate, manteiga, queijo e morango. - Nojento! Credo, como você está comendo isso?
- Está uma delícia! - Tomei da mão dele dando uma mordida grande. - Você que é fresco.
- Eu sou fresco? Ah é… - Ele disse levantando, se inclinando para perto de mim.
- Não mexe com a minha comida. - Fiz tipo um rosnado mal sucedido e ele caiu na risada.
- Você é muito fofa, sabia? Até suja de chocolate… - Ele me beijou de surpresa, quando eu tinha acabado de comer. Acabei caindo na cama com ele em cima de mim, eu entrelacei minhas pernas em suas costas rapidamente. - Mas não é muito comportada, senhora Black.
- Ah é? - Mordi seu lábio e me afastei. - Então acho que o senhor Black vai ter que fazer alguma coisa…Eu me virei de bruço, apoiando no peito de Sirius. Ele passava a mão pelo meu cabelo, me acariciando, sem tirar os olhos dos meus. A noite tinha chego e não tínhamos saído, como planejamos anteriormente.
- Marie?
- Sim?
- Você pensa em ter filhos?
- Penso.
- Quantos?
- Que pergunta… - Eu disse rindo. - Quantos vierem, quantos você queria?
- Um time de quadribol inteiro, se você quiser, é claro.
- É meio exagerado, não acha?
- Eu queria ter uma família como o dos Weasley, sabe? Lotada, próxima e cheia de amor.
- Eu acho tão bonita, também… mas eu tenho medo.
- Medo, do quê?
- Medo de nascer uma garota com os meus dons…
- Onde isso é ruim?
- Desde quando as pessoas tem medo de mim, acham que eu sou um monstro.
- Mas você não é, foi por causa do seu dom que eu estou aqui agora.
- Mas seria dar a criança um destino sem certezas… eu tive sorte em ganhar apenas um olho esbranquiçado.
- Um olho esbranquiçado que eu amo, ele está assim por minha causa, Marie. Você se sacrificou para me deixar vivo. Imagina, contar isso para os nossos filhos?
- Eu te amo. - Dei um selinho rápido.
- Eu te amo também, Marie.
Ficamos em silêncio, apenas olhando um para outro. Uma coruja surgiu pela janela, jogando uma carta na nossa cara, atrapalhando o momento. Levantei para ler, era de Harry. Eu vou matar o meu irmão, socorro. Para quê ficar me enchendo o saco na minha lua de mel? Abri a carta e passei os olhos rapidamente. Joguei-me para trás e Sirius apenas me encarou, esperando eu dizer alguma coisa.
-Temos que ir.
- Não e não. - Sirius parecia bravo. - O que querem?
- Precisam de mim, resolver um objeto estranho que está matando trouxas.
- Eu vou é matar o desgraçado que fez esse objeto! Atrapalhar minha lua de mel? É um desgraçado mesmo.
- Trocamos de corpo? - Disse rindo. - Normalmente você iria reclamar das mortes.
- É claro que eu acho ruim, mas é sacanagem. - Balançava a cabeça, bravo.
- Concordo… vou pegar uma pena e um pergaminho, escrever uma resposta para Harry.
- Nós vamos amanhã, não é? - Disse desapontado.
- Infelizmente… - Levantei e usei accio para pegar as coisa na minha bolsa. Comecei a escrever e avisar que iríamos voltar, coloquei nos pés da coruja e ela voou novamente. - Temos que arrumar nossas coisas.
- Podemos usar magia e aproveitarmos uma última vez em Paris, que tal? - Piscou para mim.
- Ainda temos que fazer o check-in sem usar magia.
- Verdade… como os trouxas sobrevivem?
- Também gostaria de saber, não usar magia… credo.
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Diário de uma PP: Potter Perdida
FanfictionMarie Lily Potter, irmã gêmea desconhecida e aparentemente oposta a seu irmão, o famoso Harry Potter. Essa sou eu, uma Potter que cresceu como uma Snape, escondida de todos, pois teoricamente eu estava morta. Até Dumbledore decidir que seria minha h...