Diário de uma PP: Potter Perdida

Não tenho um minuto de paz nessa budega

Para ajudar, esse é o vestido e o penteado:

Boa leitura♥

    O vestido tinha caído perfeito em mim, estava impressionada. Peguei a varinha e fechei-o atrás com magia, aproveitei e fiz um penteado também, com uma trança indo para um rabo de cavalo para o lado. Passei um batom vermelho como meu cabelo e o resto da maquiagem foi com magia, não tinha muita paciência para isso. Pansy já não estava no quarto, então não podia pedir opinião. Uma batida na porta me chamou atenção.
    - Podemos ir… Uau! - Zabini disse me olhando dos pés a cabeça. - Senhorita Potter, eu tenho muita sorte.
    - Obrigada, Blásio. Você está lindo, só deixa eu… - Ajeitei seu colarinho que estava um pouco toro. - Perfeito.
    - Não me mandou calar a boca e me elogiou? Natal é mais mágico que eu pensava. - Disse com um sorriso sarcástico e eu revirei os olhos.
    - Não abusa, Zabini. - Ele me ofereceu o braço para irmos juntos.
    Ele tentou não ir rápido por causa do meu salto, mas eu o puxei, não era algo difícil assim. Vários bruxos e bruxas iam para o salão com roupas de gala, engraçado como todos mudavam.
    - Senhor Zabini, senhorita Potter. - Snape nos comprimentou no corredor. - Lembre-se do que eu falei para o senhor. Bom baile.
    - Professor Snape sempre vai me ameaçar? - Perguntou Blásio no meu ouvido quando nos afastamos de meu pai.
    - Se acostume… Você ainda tem que conhecer meu padrinho e… deixa quieto. - Esqueci do detalhe de Sirius ser um foragido.
    - Está pronta, Marie Lily Potter? - Disse na frente da escada, pegando minha mão, enquanto abaixou levemente a cabeça como uma reverência.
    - Sempre, Blásio Zabini. - Disse fazendo uma pequena reverência segurando meu vestido.
    Não tinha percebido Harry e Rony me olhando no início do salão, só quando descemos as escadas notei. Vi no fundo Malfoy e Parkinson juntos, como era de se esperar. Dei um leve puxão no Zabini, para poder falar com Harry, porque ele sempre evitava e quando conversavam sempre saía alguma provocação, obviamente.
    - Marie… Você está linda.
    - Está mesmo… - O ruivo me olhava com olhos arregalados.
    - Obrigada.
    - Sua irmã é linda de qualquer jeito, não dá para evitar.
    - Não sabia que Snape tinha gosto para roupa. - Disse Rony irônico.
    - Na verdade, foi um presente de Blásio… - Harry olhou-o desconfiado.
    - Vamos, Marie? - Disse ele oferecendo a mão e despedi dos dois.

    Devia faltar apenas uma ou duas horas para expulsarem todos do salão e ser o fim do baile. Blásio dançava maravilhosamente, parecia que nossos pés flutuavam, talvez seja um pouco do toque da bebida. As músicas foram de mais clássicas para banda ao vivo, depois de muito tempo, voltou a clássica.
    - Você sabe? - Perguntou Blásio sobre a dança que estavam todos combinando, uma mais antiga e tradicional.
    - Óbvio. - Ergui as sobrancelhas e caminhei até o centro.
    A música começou a tocar, as bruxas estavam de um lado e os bruxos de outro, formando duas linhas paralelas (entre nós, Dumbledore e Minerva dançado juntos). Um passo para frente, comprimento, um passa para trás. Giramos em torno de nossas mãos quase se tocando, porém apenas o olhar poderia permanecer juntos, trocamos de mão e depois foi a vez com as duas. Após essa dança jogo de olhares sem toques, foi uma dança normal, com a mão em minha cintura e passos para lá e para cá, sem desviar o olhar.
    - Hora da foto. - Disse Malfoy quando acabou, nos levando para onde o foto, os outros estavam ali já.
    - Outra? - Perguntei, afinal eu tinha tirado com Zabini.
    - Agora é geral.
    Fiquei quase ao lado de Blásio para a foto, sentia o olhar dele e sorri. Olhei-o de volta, ele me fitou rindo. Quando a foto terminou, saímos daquela formação esquisita. O salão estava esvaziando aos poucos, pessoas precisavam dormir. Ele cochichou no meu ouvido, sugerindo da gente sair dali e eu concordei.
    - Já vão? - Perguntou Pansy.
    - Estão querendo aproveitar o dormitório vazio? - Malfoy sendo Malfoy.
    - E se for? - Rebati e eles riram.
    Caminhamos até para fora do salão. Aquele castelo tinha muito corredor, para que isso? Lembrei de alguns lugares que eu tinha visto enquanto vagava pela escola e chamei Blásio.
    - Finalmente… - Disse ajeitando o colarinho para ficar mais confortável.
    - Sozinhos sem ser na floresta proibida… - Eu recuava para a parede e ele me olhava nos olhos.
    Sua mão direita me pressionou contra a parede pela cintura, enquanto a outra ficava ao lado da minha cabeça. Beijou-me como se fosse a última coisa que faríamos na vida e eu respondi na mesma intensidade. Entre arfares, senti sua mão descendo aos poucos, então peguei-a e coloquei-aonde ele queria chegar, ele deu uma risada sem som. Minhas mãos entravam dentro de sua camisa, arranhando suas costas.
    - Zabini! - Escutei a voz de Harry brava, Blásio me olhou se afastando e revirou os olhos. - O que você estava fazendo com a minha irmã?
    - Tão inocente assim, que não sabe, Potter? -Perguntou provocando e Harry ergueu a varinha.
    - Garotos, sem brigas. - Disse entrando no meio. - Harry, você não devia estar no seu salão comunal?
    - Estou sem sono e aqui é perto do salão da grifinória… - Disse tentando se explicar, mas parece que tinha se lembrado. - Você não deveria estar com ele, Marie! O Zabini é um idiota e antipático.
    - Mesticinho imundo… - Sussurrou Blásio voltando seu rosto para Harry com uma expressão de ódio.
    - Vamos, Harry… - Disse o Weasley ao seu lado. - O que você esperava de uma sonserina?
    - Cale a boca, Weasley! - Apontei a varinha para ele e me afastei, indo embora com Blásio.
    - Você deveria ter azarado aqueles lá.
    - Não se esqueça que um “daqueles lá” é meu irmão, Blásio. - Eu disse parando no corredor. - Então, se você o chamar como chamou, você me…
    - Desculpa, Marie, não era o que eu queria dizer. Ele é, você não…
    - Somos gêmeos, esqueceu?
    - São quase opostos, não percebe? Você pode ser mestiça, mas é tão digna quanto qualquer outro bruxo sangue puro… - Disse segurando meu rosto. - E acima de tudo isso, eu te amo. Se isso significa ter que suportar seu irmão, fazer o que, né? Falando nisso, contei para minha mãe sobre você.
    - Sério?
    - Ela quer te conhecer antes de dizer algo…
    - Mas você não falou que ela não ia-
    - Eu criei coragem do além para isso. - Ele disse rindo.
    - Eu te amo, Blásio. - Dei um selo e fomos de mãos dadas até o dormitório.