Fo-fo-focando

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    - Marie! - Escutei alguém me chamando, virei-me era Gina junto aos outros grifinórios.
    - Eu? - Parei e fui até ela. - Que cara é essa, Gina?
    - Ela não deve saber, Gina! - Cochichou Rony, tentando puxar a irmã.
    - Saber do quê?
    - O Harry pegou um livro de poções e está obcecado por ele.
    - Finalmente, não é? Ninguém aguenta mais notas baixas em uma matéria tão legal.
    - Não desse jeito… - Granger me olhou. - Ele não se separa do livro, tem algumas anotações no livro do antigo dono.
    - Conhece alguém chamado por Príncipe Mestiço? - Perguntou Gina e eu engoli em seco, óbvio que eu conhecia, era meu pai.
    - Não acredito que vocês vieram perguntar para Marie… - Harry apareceu e revirou os olhos. - É só um livro!
    - Posso vê-lo, Harry?
    - Melhor não.
    - Tem até alguns feitiços que a gente nunca tinha visto.
    - O Harry sem querer me fez flutuar. - Rony disse rindo.
    - Levicorpus?
    - Como você sabe? Conhece o Príncipe mestiço? - Meu irmão me encarou, confuso, segurando com força o livro.
    - Mais do que você imagina… - Levantei a sobrancelha, rindo internamente.
    - Ela está blefando Harry, a Mione não achou nada na biblioteca.
    - Harry, está marcado algum feitiço chamado… - Me aproximei para sussurrar somente a ele. - Sectumsempra?
    - Você conhece mesmo… Quem é ele?
    - Irão descobrir no futuro, mas como você quer ser auror… eu sugeria para evitar usá-los, alguns são classificados como artes das trevas, maninho.
    - Por isso ela conhece.
    - Exatamente por isso, Weasley.
    - Não pode dar nenhuma pista de quem é? - Gina perguntou curiosa.
    - É de um antigo aluno da sonserina, um mestiço, obviamente. Ele foi um exímio estudante de poções do professor Slughorn.
    - Podemos perguntar ao professor, então!
    - Isso seria revelar que o Harry não é um bom aluno de poções… de qualquer jeito, estou indo para Hogsmeade. Boa sorte na procura. - Pisquei para eles e continuei andando até a vila.
    Sinceramente, como não perceberam? Ninguém sabia, obviamente, sobre a família da mãe de Severo ser Prince, mas eles achavam o que? Era alguém da realeza mesmo? Imagina, rainha Elizabeth na verdade é uma bruxa… Tan tan taaaan. Está explicado o porquê de ninguém dali ter ido para corvinal ou para sonserina, nada inteligente ou perspicaz. Ao me aproximar, vi Severo saindo da vila, quem me olhou surpreso.
    - Pai, pensei que não gostava muito de Hogsmead.
    - Eu tenho que manter meu juramento, não? Não está com a sua sombra hoje?
    - Não fala assim de Blásio, e ele está no Três Vassouras. Digamos que alguns grifinórios me pararam para perguntar sobre o Príncipe Mestiço.
    - O que você respondeu?
    - Conheço, mas eles que se virem para descobrir quem é.
    - Mas como eles..?
    - Seu antigo livro de poções, até estavam testando alguns dos seus feitiços.
    - Lá vai o seu irmão arranjar problema, então?
    - Nada de novo…
    - Fique de olho no Malfoy por mim, Marie? Eu tenho assuntos para resolver.
    - Claro, mas se ele for tentar algo, que seja discreto, não vou ajudá-lo com ordens do sem nariz.
    - Marie, - Disse dando risadas discretas. - é para ajudar o Draco, não o… sem nariz? Onde você tirou isso?
    - Aquele nariz reto, esquisito demais. Tentou mirar numa cobra, acertou em problemas respiratórios.
    - Só você mesmo… Vai, antes que ele faça alguma burrada.
    - Sim, senhor. - Pisquei para ele, mas voltei rapidamente. - Pode tentar não deixar o Harry em detenção, por favor?
    - Acho difícil, ele é irritante.
    - Por favorzinho, duas semanas sem detenção pelo menos. - Pedi fazendo beicinho, como uma criança.
    - Duas semanas e apenas isso.
    - Obrigada! Agora eu estou indo mesmo.
    Provavelmente seria um recorde de Harry, não pegar detenção por duas semanas, depois eu tentaria convencê-lo de pegar mais leve. Seria bem mais difícil, Harry era um combo “por mim, eu expulsava” de Severo: grifinório, popular, vive se metendo em confusão e para piorar, era idêntico ao nosso pai. Sentei junto a Blásio que me deu uma cerveja amanteigada. Olhei ao redor e não vi o Draco, estranho.
    - Apareceu, pensei que ia ficar conversando com os Weasley.
    - Eles apenas queriam saber uma coisa sobre poções. - Blásio fez uma expressão séria e muito diferente. - Você não está com ciúmes, né?
    - Não. - Disse sem olhar nos meus olhos. - Só acho engraçado essa sua preferência por aqueles grifinórios.
    - Preferência? - Ergui as sobrancelhas rindo e dei um selinho nele, virando seu rosto para mim. - Não precisa ficar com ciúmes, é pelo o que Nott disse?
    - Não. - Desviou do meu olhar novamente.
    - Você tem um tique no canto dos olhos quando mente, sabia? - Sorri para ele, quem mordeu os lábios e me olhou pelo canto dos olhos. - Você fica muito sexy quando está com ciúmes.
    - Ah é? - Ele levantou a sobrancelha me olhando seriamente, aquele olhar era matador.
    - Nem imagina como… acho que vou começar a te deixar mais com ciúmes. - Mordi os lábios, me aproximando dele, desafiando-o.
    - Não me provoca, Potter. - Senti sua mão apertando minha coxa.
    - Por quê? Você vai fazer o quê, Zabini? - Continuei, sorrindo para ele.
    - Acho que o passeio acabou, não? Melhor irmos para um lugar mais confortável.
    - Eu acho que não, está muito bom ficar por aqui… - Sorri e virei para frente, dando de cara com o professor de poções. - Senhor Slughorn.
    - Senhorita Potter e senhor Zabini, gostaria de convidá-los a um jantar, hoje à noite. Eu espero que compareçam, são alunos escolhidos a dedo. Seu irmão estará lá.
    - Com toda certeza nós iremos, professor.
    - Muito obrigada pelo convite.
    Um barulho no lado exterior nos chamou atenção e pagamos rapidamente, saindo do lugar para podermos ver o que era. Uma garota estava desmaiada no caminho de volta para Hogwarts, Harry, Hermione e Ronald estavam ali perto juntos. Olhei para o chão, tinha um colar. Malfoy deve ter tentado algo e aparentemente deu muito errado. Eu estava quase indo até ele e me oferecendo para matar Dumbledore, Draco não iria conseguir nunca se continuasse assim.
    - Seu irmão se meteu em alguma coisa de novo.
    - Vamos ver?
    Blásio era outro curioso, então seguimos para o castelo, tentando saber o que tinha acontecido. Infelizmente, tínhamos que permanecer bem longe deles, para não nos perceberem. Assim que paramos atrás da porta, vimos Severo passando por nós, entrando dentro da sala. Harry acusou o Draco de ter feito, mas como não tinha prova, apenas levou um esporro.
    - Quantas vezes eu tenho que te falar para não escutar atrás da porta, Marie Lily? - Severo abriu a porta e eu fiz uma careta.
    - O que aconteceu?
    - Alguém amaldiçoou esse colar e quase matou a senhorita Bell. - Deu uma ênfase em alguém.
    - Posso ajudar em alguma coisa?
    - Amanhã, pode me ajudar com o colar? Ele está impregnado com artes das trevas, pode ser perigoso, mas não para você.
    - Eba!
    - Não comemore quando alguém quase morre, Marie Lily!
    - Desculpa..? Mas eu irei ajudá-lo, claro. Estarei amanhã na sua sala.
    Ele assentiu a cabeça e continuou a se afastar. Os três escutaram um pequeno sermão de McGonagall, escutei alguns passos, estavam vindo. Chamei Blásio para irmos embora, mas Harry me chamou e me virei.
    - Marie, você sabe quem foi?! - Ele me encarou bravo.
    - Por que ela saberia Harry? - Perguntou o Weasley. - Acho que até para ela, isso é demais.
    - Foi o Malfoy, não?
    - Harry, para com essa fixação pelo Draco. Ele estava conosco em Hogsmead, não tem como sair por aí distribuindo colar. - Ele saiu bravo, acompanhado dos amigos.
    - Eu não acredito… - Sussurrou Blásio bem baixinho. - Foi ele mesmo?
    - Não comenta com ninguém, ouviu?

Diário de uma PP: Potter PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora