Meloni

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P.O.V. Blásio

Eu não acreditava que aquilo era a casa "simples" do Meloni. Nós, vulgo eu, meus irmãos e meus pais, usamos o pó de flú até lá, não tinha como não se impressionar. Parecia ser bem antiga, a construção era toda de pedra, mesmo com os andares (devem ser três e uma cobertura?). Eu estava me sentindo super pobre só de olhar aquele lugar, parecia um castelo medieval menor e mais "simples". Ao redor era campo com vários tipos de plantas, o que me impressionou mais ainda. Adentramos seguindo um elfo doméstico, nos levando para "área de lazer", como ele disse (para mim, era quintal, mas tudo bem). Uma música tocava no fundo e vi Mattia em um canto todo encolhido. Vou colocar esse garoto no potinho, ahhhhh!

- Blás, você veio! - Fui em sua direção e nos abraçamos.

- Você acha mesmo que eu não iria vir? - Perguntei sorrindo de lado.

- Estava achando... não aguentava mais a festa. - Fez uma careta. - Venha, melhor eu apresentar vocês aos meus pais, por segurança.

Mattia comprimentou todos da minha família, conversando e agradecendo aos meus pais por virem. Que garoto educado, fofo... Balancei a cabeça com o último pensamento, não era meio estranho chamar meu amigo de "fofo"? Eu não ligo se for, porque ele é fofo, sim.

- Senhores Meloni, prazer. - Minha mãe apertou a mão dos pais deles, toda formal.

- Suponho que sejam os Blacks! - Disse em um sotaque carregado, como o de Mattia no começo. - É muito bom conhecê-los, ouvi muitas histórias sobre vocês.

- Sério? Obrigado.

- Sentem-se, por favor. Aproveitem a festa.

- Eles normalmente não são assim... - Disse confuso. - Sua família é importante no Reino Unido?

- Família bruxa antiga, éramos das sagradas 28 famílias sangue puro, mas como minha mãe é mestiça, acabou isso. Por quê?

- Deve ser por isso, então. Medo de eles falarem alguma coisa idiota para os seus pais...

- Fica tranquilo, minha mãe consegue resolver fácil isso.

- Quer conhecer a casa? - Perguntou animado. - Depois, é claro, porque se sairmos agora estaremos ferrado.

Sentei perto da onde estavam os adultos, junto com Meloni, eu queria escutar o que ia acontecer ali. Fofoqueiro, eu? Imagina, sou plantonista de notícias da vida e conversa alheia. Meu pai não parecia nada confortável, não soltava da mão da minha mão. Uma mulher bronzeada estava vindo na nossa direção com os olhos estalado, parecia em filme de terror quando se assustavam.

- Senhorita Potter? Quanto tempo! - Disse animada, abraçando a minha mãe. - Como vai?

- Bem, obrigada, e você?

- Bem também. Minhas condolências com os Zabini, nem acredito que aquilo aconteceu.

- Agradeço.

- Mas vejo que se reconstruiu, fico feliz, querida. Aliás, não mudou nada desde quando nos conhecemos na Grécia, né?

- Eu não envelheço fácil.

- Deu para perceber... e o senhor é?

- Sirius Black, prazer.

- Black? Uau...

- Vamos agora? - Cochichei para ele.

- Por favor... - Subiu a sobrancelha, nervoso.



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P.O.V. Marie

Diário de uma PP: Potter PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora