Severo falou para eu ir para casa, mas iria apenas no outro dia a tarde, tinha afazeres. Peguei o pó de Flu, falei casa dos Black e pronto. Peguei minha mala e deixei no canto, para quando eu fosse para casa. Subi até o quarto onde estava Sirius, ele estava adormecido ainda. Conferi seu pulso, estava normal. Resmungou algo e um barulho de conversa começou na parte de baixo. Desci correndo, com medo de ser algum comensal, mas dei de cara com Lupin e Tonks.
-Marie, o que está fazendo aqui?
- É…
- Então?
- Como vou explicar…
- O que aconteceu com seu olho? - Tonks colocou as mãos sobre meus ombros.
- Longa história…
- O que você aprontou?
- Por que todo mundo acha que eu aprontei? - Perguntei mordendo os lábios.
- Porque você é filha do Pontas. - Sirius estava na ponta da escada.
- Almofadinhas? - Os olhos de Lupin se arregalaram em felicidade, correu até o amigo abraçando-o.
- Só não abraça forte, estou com dor no corpo…
- É porque você deveria estar descansando, Black! - Encarei-o, brava.
- Posso comer pelo menos?
- Claro… - Revirei os olhos, teimoso. - O que você quer comer?
- Eu faço com magia, mas obrigado Marie. Obrigado duplamente…
- Eu vi você morrendo, como..?
- Graças a raposinha. - Suspirou sorrindo. - Falando nisso, o que aconteceu com seus olhos?
- Hum… nada.
- Nada, o quê? - Tirou a minha bandagem, ao se aproximar. - Ficou legal, o que é isso? Transfiguração?
- Marie explica como você fez isso, por favor. - Pediu Tonks ao meu lado.
- Sirius morreu, mas eu consegui segurá-lo até os comensais saírem e o trouxe de volta.
- Você consegue ressuscitar? - Ninfadora arregalou os olhos. - Isso é… maravilhoso.
- Depende da situação, Ninfi… - Remo olhou estranho sobre o apelido que eu tinha dado a namorada dele. - Também tem um preço.
- Preço? - Perguntou ele e eu apontei para meus olhos.
- Eu te fiz isso? - Gritou Sirius assustado.
- Não, é apenas uma troca… como eu não matei ninguém antes de te trazer, aconteceu isso. É o que acontece com necromantes, metade da bruxa vira uma aparência semelhante a um cadáver.
- Isso é terrível… - Tonks sussurrou.
- Não é, dizem que é a verdadeira face de uma bruxa dos véus. O importante é Sirius estar vivo, logo se recuperando totalmente.
- Tenho que avisar ao Harry. - Sorriu Remo.
- Não avise a ninguém, é bom Harry achar que Sirius está morto.
- É o quê?
- Harry não é bom em oclumência, não seria bom os comensais saberem que Sirius está vivo.
- Marie, você pensa em tudo sempre? - Perguntou o Black.
- Você que só vai no impulso, deve ser difícil pensar tanto. - Remo disse e eu ri.Passei a noite na casa a pedido de Remo, pois teria reunião da Ordem da Fênix no outro dia, de manhã. Eu estava com medo de não chegar a tempo em casa, mas vira-tempo serve para isso, não é? Entraram vários bruxos da Ordem, entre eles os Longbottom, mesmo que deveriam estar bem longe. Percebi que apenas alguns tinham sido chamados, o auror Shacklebolt, olho tonto e os Weasley. Sirius me puxou para a sala de estar, mesmo eu falando que eu acompanharia de longe.
-Sirius? - Molly estava espantada. - Pensei que estava morto.
- Eu teoricamente estava. - Sorriu e conjurou uma cadeira para eu sentar na ponta ao lado dele, pois não tinha mais espaço.
- Agora me expliquem. - Disse Alastor olhando para várias direções. - Frank e Alice estavam no hospital debilitados, certo? Como vocês estão aqui, não que eu esteja feliz por isso. Além disso, almofadinhas está vivo?
- A culpada é essa ruivinha aqui. - Disse Sirius como se fosse um segredo, tampando a boca para eu "não ouvir".
- Como isso? - Shacklebolt perguntou.
- Eu vou comprar um berrador e toda vez que alguém perguntar, ele fala por mim… - Sobi as sobrancelhas, pensando alto.
- Marie Lily! - Lupin chamou minha atenção.
- Desculpa, aluado, só estou com preguiça e morrendo de cansaço ainda.
- Como todos sabem, Marie é uma bruxa necromante…
- Bruxa dos véus é mais bonitinho. - Comentei.
- Está bem… - Sorriu Sirius. - Ela foi capaz de trazer Frank e Alice de volta a consciência, foi um segredo que mantemos.
- E você?
- Ela me trouxe de volta a vida, não sei explicar como, mas eu estou vivo.
- Isso parece artes das trevas… - O seu olho artificial me encarou.
- Não é porque você não entende que é artes das trevas. - Revirei os olhos, ele era muito chato.
- Marie está certo, Moody. - Sirius me defendeu. - Ela poderia usar o dom dela para várias coisas, mas está nos ajudando.
- Por enquanto…
- Não é porque desconfiamos de Severo que vamos desconfiar de Marie.
- Não é apenas isso, o pai do amiguinho dela está preso.
- Quem?
- O Malfoy, não sabia? - Lupin me olhou curioso. - Depois da batalha no ministério, foi preso.
- Coitado do Draco… vou enviar uma carta depois.
- Ouviu isso? Ela está com dó do filhote de comensal.
- Eu não me importo se Lucius é ou não comensal, Draco é meu amigo e deve estar mal. Sirius, eu preciso ir… - Olhei para ele, pedindo ajuda. - meu pai deve estar me esperando.
- Severo deve estar esperando-a mesmo. - Remo comentou. - Quer que eu aparece com você até lá?
- Eu posso aparatar…
- Você não pode fazer magia fora de Hogwarts e não tem 16 anos ainda.
- Essas leis são muito idiotas.
- Mas são leis, não é?
- Que nem todos seguem e eu não gosto de ser obrigada.
- Para de reclamar, Marie Lily, e vamos!
Fazia duas semanas que eu estava em casa, finalmente uma vida normal. Eu tinha trocado cartas com Draco e Blásio essas semanas. Desci as escadas para beliscar algo na cozinha. Meu pai olhou sobre os livros e sorriu, eu tinha essa mania desde criança.
-Por que está me olhando assim, Marie Lily?
- É bom estar na normalidade de volta, estava com saudades.
- Como se estivesse algo normal aqui.
- Vamos fingir, pai. Eu estava sentindo falta de morar com você.
- Eu também, Marie, mas ainda acho que é perigoso. Se os comensais descobrem?
- Todos já sabem.
- Por isso mesmo, qualquer hora um comensal pode entrar por essa porta, querer te matar.
- Pai… - Agachei ao lado da sua poltrona, olhando. - eles não vão me fazer nada.
- Eu espero que não mesmo, porque daí eu mesmo vou matá-los.
- Obrigada... - Perguntei sorrindo. - Qual livro me indica?
- Depende, o que você quer?
- Não sei, passar o tempo apenas?
- Tem um conto, na parte mais alta, a esquerda, você vai adorar.
- Obrigada, papai. - Subi pelas prateleiras, conseguindo pegar o livro.
- Você poderia ter pedido para mim, não? - Levantou as sobrancelhas.
- Gosto de escalar a prateleira.
- E eu não sei?
Ri e me joguei num canto do chão, bem escondida, entre a cortina e um móvel. A chuva fazia melhorar o clima para a leitura, era reconfortante. Uma batida na porta chamou a atenção, ele pediu silêncio e abriu a porta com a varinha. Duas mulheres entraram na casa e reconheci, Narcisa e Bellatrix. Encolhi no canto onde eu estava. Começaram a conversar sobre o papel de Draco dado por Voldemort e como a senhora Malfoy estava preocupada.
-Ora ora, o que temos aqui Severo? - A voz da Lestrange. - Essa é a mestiça?
- Marie Lily, cumprimente as visitas. - Meu pai me chamou e eu tirei o livro da minha frente, levantando.
- Senhora Lestrange… - Abaixei a cabeça rápido. - um prazer conhecê-la, ouvi muitas coisas sobre você. Senhora Malfoy, quanto tempo.
- Você conhece ela, Cissa?
- É amiga de Draco, uma boa menina.
- Não acredito que Draco fez amizade com uma mestiça!
- Menos, Bella, por favor. - Snape interrompeu e eu sorri. - Acredite, estressa-la é pedir para morrer.
- Então os rumores são verdadeiros?
- Que eu posso matar alguém sem nenhuma maldição imperdoável? Sim, mas… - Sorri para a mulher. - eu prefiro outros meios
- Como, garota?
- Se alguém faz algo a mim, eu prefiro fazer a pessoa se arrepender por toda a eternidade e pedir para morrer. Como você faria, senhora Lestrange?
- Eu gostei dessa garota! - Riu a mulher loucamente. - Criou bem, Severo.
- Obrigado.
- Vamos voltar ao assunto, você poderá Severo?
- Faça o juramento perpétuo...
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Diário de uma PP: Potter Perdida
FanfictionMarie Lily Potter, irmã gêmea desconhecida e aparentemente oposta a seu irmão, o famoso Harry Potter. Essa sou eu, uma Potter que cresceu como uma Snape, escondida de todos, pois teoricamente eu estava morta. Até Dumbledore decidir que seria minha h...