Boca foi feita para comer

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P.O.V. Marie

    Eu havia recebido uma mensagem de Grindelwald no meio da noite, perguntando sobre os rumores e querendo confirmar o que estava acontecendo. Coloquei a minha capa e saí de casa, pegando a vassoura para poder ir, afinal não era tão longe dali. Olhei ao redor, aquela sensação de estar sendo vigiada me perseguia e eu não parava de olhar ao redor, porém não via nada. Desci em uma clareira, colocando a vassoura de lado e caminhando até o local guardado por magia. Mais uma vez olhei ao redor, nada, aquilo estava estranho, mas não podia perder tempo.

    Poucas palavras mágicas chaves, pude passar tranquilamente na barreira protetora. Quando abri a porta, dei de cara com Gellert andando de um lado para o outro com os braços para trás. Ele não tinha envelhecido tanto, era incrível, provavelmente usou muita magia. Parou e me olhou calmamente, um pouco surpreso pela minha visita surpresa ao invés da resposta.

    - Está tão ruim assim a situação?

    - Não imagina quanto, estão todos retornando como o senhor disse, até mesmo Merlin.

    - O velho Merlin de volta? Entendo o quão ruim esteja a situação… Morgana quer mesmo acabar com os trouxas, colocá-los em seu lugar?

    - Sim, como previu. - Sentei na poltrona próxima a lareira, enquanto ele bebericava alguma bebida sorrindo, adorava estar certo. - É por isso que quero te apresentar uma proposta.

     Virou seu rosto instantaneamente, curioso. Sentou-se à minha frente, colocando a bebida de lado e voltando sua atenção totalmente para mim. Por isso ele havia convencido vários bruxas para o seu lado, era muito carismático e parecia se importar muito.

    - Por favor…

    - Você sairá daqui, terá uma varinha a sua altura, mas com uma condição.

    - Qual seria?

    - Voto perpétuo, jurando nunca machucar nenhum dos meus.

    - Uma proposta interessantíssima, mas a parte da varinha… não existe mais a que eu…

    - Essa? - Disse tirando a varinha das varinhas do meu bolso e seus olhos se arregalaram por sede de poder.

    - Como? Ela tinha sido quebrada.

    - Meu irmão é burro se acha que algo tão antigo e poderoso poderia ser simplesmente quebrado.

    - Mas… por que a senhora não usa? - Perguntou desconfiado.

    - Eu tenho uma magia mais antiga em minhas veias, senhor Grindelwald. Aliás, me sinto muito mais confortável com a minha varinha.

    - E você me dará de bom grado?

    - Sim, o senhor foi o dono dela anteriormente, ela o reconhecerá. E então, o que acha da proposta?

    - Irrecusável, eu seria um tolo se preferisse qualquer outra coisa.

    Apertamos nossas mãos e usamos a minha varinha para selar o voto. Agora era mais fácil confiar, mesmo que eu já o fizesse, precisava de uma garantia. Entreguei a varinha em suas mãos e seus olhos brilharam, manuseando a varinha com elegância. Sorriu e apontou para si, trocando sua roupa por um sobretudo preto e com roupas formais.

    - Senhora Black, ainda tenho uma dívida contigo… e eu não esqueço aqueles que me ajudam.

    - Eu digo o mesmo, espero que fique seguro e longe dos autores.

    - Como sempre, aurores atrapalhando e sendo inúteis… - Sussurrou. Pegou na minha mão e deu um beijo ali. - Ótimo ter conhecido uma bruxa tão poderosa disposta para um mundo melhor.

Diário de uma PP: Potter PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora