Trato com o Weasley

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    Só estava eu e Pansy no dormitório, algo raro, mas depois da briga dela com Draco e o Blásio não falar comigo, foi o que aconteceu. Estava estranhamente quieto, apenas estudávamos. Ela colocou o livro de lado com força e me olhou.
    -Acredita que o Draco está saindo com uma corvina e ficou pegando ela na minha frente?
    - Acredito, é o Malfoy. - Coloquei de lado também. - Eu pensei que não era nada sério entre vocês.
    - Não temos um namoro oficial, mas desde a últimas férias estamos como se fossemos namorados.
    - Então revida, azara ele, não sei.
    - Hum… acho que sei algo melhor. - Ergueu a sobrancelha. - É claro, se você topar.
    - Como assim?
    - Zabini está sem falar com você depois de vocês se pegaram algumas veze-
    - Foi só duas.
    - Malfoy está putinho comigo. Ou seja… - Ela me olhou e finalmente entendi.
    - Tem certeza?
    - Ia provocá-los e a gente se diverte juntas. - Mordeu os lábios me olhando de cima para baixo. - E então? Ficantes temporárias?
    - Ficantes. - E rimos, sinceramente queria ver a reação dos dois.
    - Só um minuto, podemos começar nosso plano agora. Vou pedir para o Nott avisar os dois para não virem aqui. Logo, eles vão querer vir aqui, aqueles fofoqueiros. - Riu, sumindo indo para o salão comunal.
    Alguns minutos depois a porta se abriu e Parkinson chegou. Estava com um sorriso travesso e veio correndo até minha cama.
    -Eles já devem vir, vi eles escutando de lado, não dou nem 1 minuto…
    - Então que tal começarmos?
    - Gosto do seu jeito, Potter.
    Assim que ela me jogou, me fazendo deitar, quando escutamos um feitiço destravar a porta. Pegou minhas mãos, colocando-as para cima, encostou nossos lábios e começou um beijo mais selvagem. Comecei a dedilhar suas costas e as vezes subindo, puxando seus cabelos. Escutamos um limpar de garganta e levantamos, fingindo que estávamos surpresas pela interrupção.
    -O que foi? - Perguntou Pansy sorrindo.
    - Perderam alguma coisa? - Completei e eles continuavam de olhos arregalados.
    - A gente não sabia que vocês… - Malfoy tentava explicar, mas não dava certo.
    - Malfoy careta? Ué, o que aconteceu? - Provoquei-o.
    - É aquele ditado, não tem compromisso, a gente pega, né? - Eu ri do comentário dela. - Que eu saiba, nós somos solteiras, não?
    - Sim… - Sussurrou Malfoy.
    - Claro… - Zabini falou em tom baixo, como o amigo.
     A porta se fechou após saírem e esperamos para cairmos na risada. Ela me puxou pela cintura, fazendo-me sentar no colo dela.
    -Você é nada mal, Potter. Agora entendo o Zabini.
    - Digo o mesmo, Parkinson. - Pisquei para ela.
    - Podíamos repetir isso, ein? - Respondeu.

    O anúncio dos campeões era a poucos minutos. Praticamente Hogwarts inteira estava ali. Dumbledore começou os anúncio. O primeiro era o de Durmstrang, Vítor Krum, depois foi de Beauxbatons Fleur Delacour. O mais esperado pelos alunos dali, o campeão de Hogwarts, foi o lufano Cedrico Diggory.
     Começaram a se afastar, mas de repente o fogo começou a mudar de cor. O papel cuspiu e o diretor disse o nome de meu irmão. Todos procuraram e depois de algum tempo, Harry foi calmo em direção. Aparentemente tinha acontecido algum engano, pois era impossível ele ter colocado o nome no cálice. Além disso, o nome era Tribruxo por alguma razão, são três bruxos que competiram.
    Burburinhos dos alunos, apontando-o como se tivesse feito algo terrível. Alguns acreditavam que tinha sido ele, porém duvidava. Harry tinha outras coisas para se preocupar.
    -Seu irmão é difícil, Potter. - Comentou Nott, quem estava junto a Pansy.
    - Acho que não foi ele. - Respondi.
    - Óbvio, mas quem fez isso? O menino que sobreviveu não tem muita chance de sobreviver agora. - Riu.
    - Acredita que os grifinórios acham que foi o professor Snape? - Comentou Pansy. - Acho melhor você falar com ele.
    - Verdade, com licença. - Corri em direção a ele, quem estava fugindo da sala. - Pai, preciso falar com você.
    - Vamos na minha sala, Marie Lily.
    - Severo… - Karkaroff apareceu. - Senhorita Potter, como o seu irmão fez isso?
    - Não foi ele, senhor, acredite.
    - Não precisa explicar nada, vamos. - Fui atrás dele, percebi que o outro estava nos seguindo também.
    - Marie Lily, preciso que descubra se não foi ele mesmo. - Severo me pediu, quando chegamos.
    - Não foi ele, tenho certeza, mas vou ver o que posso fazer. Alguns grifinórios acharam que era o senhor…
    - E por que achariam? - Perguntou o homem de barba.
    - Devem achar que foi a mando de Voldemort. - O outro arregalou os olhos com o nome.
    - Por que eles achariam isso? - Continuou.
    - O senhor sabe o porquê, talvez deve ser o próximo da lista de suspeitos.
    - Marie Lily! - Voltei ao meu pai. - Descubra, eu sei que vocês aparentemente brigaram, mas se aproxima
    - Sim, senhor, darei o meu máximo. Mas… tem aquela poção para me ajudar? Harry é muito teimoso.
    - Hum… Felix Felicis? Perspicaz da sua parte, eu tenho uma aqui. - Disse me entregando após remexer nas suas prateleiras. - Agora, por favor, preciso conversar com o senhor Karkaroff a sós.
    Saí, fechando a porta devagar, querendo escutar algo da conversa, mas Severo sempre foi cuidadoso, principalmente comigo. Virei-me e dei de cara com um dos gêmeos Weasley, sinceramente não sabia qual era qual.
    -Potter, estava assaltando o professor Snape também?
    - Não, estava conversando com ele, George. - Chutei pelo tom de voz.
    - Acertou. - Ele riu e apontou para a porta. - Ele está aí, então?
    - Óbvio, mas o que você está querendo?
    - Jura guardar segredo? - Ergui as sobrancelhas e assenti com a cabeça. - Eu e o Fred estamos fazendo testes, queremos fabricar alguns tipos de doces.
    - Interessante… Eu posso ajudar, se quiser e se guardar segredo, também. - Começamos a andar pelos corredores.
    - Você vai roubar do Snape? - Perguntou incrédulo.
    - Não exatamente, meu pai me deixa pegar os ingredientes sempre e eu tenho um estoque próprio. - Ele deu um sorriso de quem iria aprontar. - Mas… tudo tem um preço.
    - Ah sabia, estava bom demais para ser verdade.
    - Eu ia pedir para me dar amostra grátis, idiota. - Revirei os olhos, sinceramente só pensava coisas ruins de mim.
    - Se for assim, pode ser… É só isso mesmo?
    - Por que, Weasley? O que eu poderia pedir em troca?
    - É, não tinha pensado nisso. - Fez uma careta retorcida. - Desculpa, de novo, é muito estranho uma sonserina sendo legal, mesmo que seja irmã do Harry.
    - Vou considerar um elogio. - A minha risada foi diminuindo assim que vi Blásio passando com um olhar preocupado para mim, parecia querer falar comigo, mas viu George junto comigo e desistiu.
    - Hum… Você merece mais elogios, se for dar esse sorriso. - O ruivo piscou para mim e se aproximou do meu ouvido. - Por que seu amiguinho está nos encarando?
    - Ele não está falando comigo depois que o Malfoy nos viu juntos, está com medo do que pode acontecer se namorar com uma mestiça. - Mordi os lábios.
    - Achei um novo jeito de te pagar, então. - Colocou a mão na minha cintura e assim que passamos na frente de Blásio, me deu um selar no lóbulo da orelha.
    - Que tal pagar um pouquinho a mais? - Peguei-o de surpresa, beijando-o e ele correspondeu.
    - Uau, Potter… - Ele mordeu o lábio inferior. - Vou querer ficar te devendo mais, só não deixa o Harry saber disso.
    - Ele não precisa saber do quê? - Fingi inocência e sai pelo corredor em direção ao salão comunal da Sonserina.

Diário de uma PP: Potter PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora