Blásio tinha ficado todo preocupado comigo depois, não parava de me mimar. Sinceramente, ele era o que me mantia calma no meio disso tudo. Eu fechei meu livro, ao perceber uma movimentação com meu irmão no meio.
-Eu já volto…
- Por favor, não se meta em encrenca. - Disse puxando para um beijo.
- Eu só preciso saber no que o Harry vai se meter.
- Te encontro no dormitório?
- Acho que sim.
Vi ele voltar para o castelo, peguei a capa da invisibilidade na minha bolsa e vesti-a. Escutei a conversa entre Harry, Hermione, Rony, Neville, Gina e Luna, eles estavam arranjando um jeito de ir… resgatar Sirius? Eles não me avisariam nada, graças aos últimos dias estavam desconfiados de mim, novamente. Pelo que eu tinha escutado, iriam para dentro do ministério da magia, departamento de mistério. O que Sirius estaria fazendo lá? Não importava, eu havia prometido a Regulus.
Caminhei em direção a Hogsmead, ainda invisível. Hogwarts não poderia aparatar, era um saco. Na verdade eu ainda não podia aparatar legalmente, mas quem liga? O ruim era aparatar com a capa da invisibilidade junto. O ministério estava vazio, procurei pelo elevador e fui até o departamento de mistérios. Escutei barulhos de batalha e vi um bruxo das trevas aparatando em outro cômodo. Segui-o aparantado para uma outra sala onde estavam o grupo contra vários comensais, entre eles o pai de Draco apontando a varinha para Harry. Eu não podia fazer nada, estava invisível e não estavam ameaçando de morte ainda para eu interferir.
Escondi-me em um canto, para não atrapalhar ninguém. Várias luzes apareceram correndo e surgiram alguns membros da Ordem da Fênix, entre eles Sirius. Provavelmente Voldemort tinha enganado ele, atraído para algo. Batalhas começaram, comensais contra membros da ordem. Até que um duelo me chamou mais a atenção, entre Bellatrix e Sirius, parecia uma dança mortal. Estava achando bonito até com um rajado da varinha de Bellatrix, seu primo cai num portal de véu.
Um grito estridente de Harry doeu em mim, peguei minha adaga, enfiando-a no chão. Com todos meus esforços, segurei Sirius entre os mundos, o uso da magia ardia todo o meu corpo e se irradiava mais. Os comensais se afastaram, assim como Harry e os outros. Saí da capa da invisibilidade e corri em direção ao portal. Entrei metade do meu corpo no portal e puxei-o. O corpo de Sirius ressurgiu, sentia ainda seu pulso, leve. A minha sorte eu ter conseguido manter a magia sem desmaiar. Senti sua vida voltando aos poucos, mesmo com a dor no meu corpo, eu estava feliz por conseguir salvar sua vida.
Segurei seu corpo no colo, sem conseguir levantar muito e aparatei para a casa dos Black. Olhei ao redor e aparentemente o casal Longbottom tinham ido para sua a sua casa. Não estava com muita mais força, mas aparatei novamente, no quarto da senhora Black, deitando Sirius ali. Um estrondo abriu a porta e o elfo doméstico apareceu.
-Quem ousa invadir a casa dos meus senhores? - Perguntou ameaçador. - Senhorita Potter? O que está acontecendo?
- Monstro, pega uma poção de vitalidade, por favor. - Senti um sangue escorrendo no meu rosto.
- Aqui. - Deu uma garrafa e tomei apenas um gole, jogando o resto na boca de Sirius.
- Não conta a ninguém, Monstro!
Eu não consegui falar mais nada, meu corpo pesou e então cedi, caindo ao lado dele.Acordei, olhei ao redor, almofadinhas ainda estava desacordado. Desci as escadas, ainda perdida. O Regulus apareceu enquanto descia, com um rosto preocupado.
-O que aconteceu com meu irmão?
- Ele morreu, mas… eu consegui trazê-lo de volta, compri minha promessa.
- Obrigado. - Desapareceu da minha frente.
- Monstro, cadê você?
- Senhorita Potter, o que aconteceu com você?
- Eu apenas desmaiei.
- Seu olho, quero dizer. - Apontou e fui procurar um espelho, meu olho direito estava esbranquiçado total, mas eu ainda enxergava com ele.
- O preço de deixar Sirius vivo… Quanto tempo eu permaneci desacordada?
- Ainda pode voltar ao castelo para esconder tudo, hoje é o dia do expresso de Hogwarts.
- Obrigado monstro… Tem algo para tampar isso?
Ele me deu um curativo para os olhos, como um tapa olho. Coloquei e então peguei o pó de Flu, indo até a sala de Snape. A minha sorte é ter funcionado, ele estava de costas quando eu cheguei ali. Se virou para mim, com o rosto preocupado.
-Marie Lily! Pensei que tinha acontecido o pior, como pode sumir desse jeito? - Sua voz estava alterada e brava.
- Desculpa pai, eu precisava…
- Sua sorte que para todos, você passou mal novamente e estava sob meus cuidados.
- Obrigada.
- Agora o que aconteceu? - Perguntou retirando a bandagem. - Marie, você usou sua magia necromante novamente? Sabe como isso é perigoso e auto destrutivo?
- Eu precisava pai, eu prometi… - Meus olhos se encheram de lágrimas, tinha passado por tanto nós últimos meses e não poderia contar ao meu pai.
- Não precisa chorar, minha querida. - Me abraçou, consolando. - Eu sempre vou estar aqui para você.
- Obrigada pai… E as outras coisas, na escola?
- Suas notas? Pode ficar tranquila, foram todas altas. - Sorriu de lado. - Agora vamos, seu namorado ficou me enchendo querendo te ver, tive que dar até detenção.
- É a cara de Blásio… Vou então, arrumar minha mala.
- Já está arrumada, vamos para o trem.
- Como você sabia que eu ia voltar antes?
- Eu sou seu pai.
Apoiei me nele, ainda eu não estava totalmente me recuperada. Os vagões do trem ainda não tinham enchido, acompanhei Severo até uma cabine, então ele me falou que deveria ir com meus amigos. Era verdade, precisava revê-los, depois de todo o tempo. Andei em direção até o fundo e avistei-os, me joguei ao lado de Zabini.
-Não precisam ficar me olhando assim…
- Não? Você desapareceu Marie! - Gritou Pansy.
- Mas estou aqui agora, é o que importa.
- O professor Snape não deixou nem eu te ver. - Blásio disse triste.
- Acredite, ele estava certo… a minha magia dos véus fugiu do controle, eu poderia te machucar se aproximasse.
- Duvido.
- Blásio, há um motivo para bruxas como eu serem tratadas como lendas ou monstros das trevas.
- Você não é nenhum dos dois.
- Eu não tenho tanta certeza assim…
- O que aconteceu com seu olho? - Perguntou Draco fazendo um movimento no seu olho.
- Machuquei.
- Posso ver? - Zanini colocou a mão em direção a bandagem. Mordi os lábios e assenti com a cabeça.
- Como eu falei, machuquei. - Tampei novamente, eles estavam todos sem reação.
- Não precisava esconder de nós, Potter.
- Draco está certo, não somos como aqueles lá. - Blasio puxou, me abraçando.
- Garota, pensa no lado positivo. - Pansy riu. - Todos vão ficar com medo de você só de olhar, eu falo todos mesmo, sem nenhuma exceção de tipo de bruxos.
- É de bom aproveito até. - Ri junto, como Parkinson pensava nisso?
Eu tentei editar para terem uma ideia como ficou o olho de Marie, mas qualquer coisa, pensem em como os olhos de Grindewald ou da deusa nórdica Hela
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Diário de uma PP: Potter Perdida
FanfictionMarie Lily Potter, irmã gêmea desconhecida e aparentemente oposta a seu irmão, o famoso Harry Potter. Essa sou eu, uma Potter que cresceu como uma Snape, escondida de todos, pois teoricamente eu estava morta. Até Dumbledore decidir que seria minha h...