Potter, por enquanto?

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    Coloquei minha bolsa em cima do criado, desci as escadas da casa. Eu estava passando o feriado na casa de Zabini, podendo aproveitar um tempo só para nós. Ao chegar no final, vi Blásio passando as ordens ao elfo doméstico para o jantar de natal. Ele estava tão ansioso, sendo que era apenas para nós dois. Ao mesmo tempo, eu estava com medo de alguém, vulgo Comensais, aparecer.
    -Marie, esta é Dilli, nossa elfo doméstico.
    - Senhora Zabini, prazer.
    - Ainda não sou Zabini e obrigada. - Ri e virei para Blásio. - Mas futuramente, em alguns meses, Dilli.
    - Na próxima vez que viermos, será. - Piscou e me beijou. - Você está linda.
    - Eu só coloquei um vestido simples, Blásio.
    - Toda vez você fala isso, quando vai se conformar que eu amo te elogiar?
    - Eu fico com vergonha… - Caminhamos até a mesa e eu sentei ao seu lado.
    - Eu sei, fica muito fofa toda vermelha. - Apertou minha bochecha que estava assim.
    Logo o jantar foi servido e estava uma delícia. Conversávamos, contando e relembrando coisas da infância. Nada negativo ligado ao agora era permitido, esse foi o combinado. Foi uma noite maravilhosa, parecia até um sonho. Acabamos ficando acordados até o amanhecer do outro dia.





    Tínhamos voltado a Hogwarts, ao contrário de como o nosso pequeno mundo que criamos, o mundo bruxo tinha apenas piorado. Mais e mais sequestros, prisões e mortes tinham acontecido. A minha sorte é poder sentir que Harry ainda estava vivo, não sabia como. O meu pai tinha me avisado como Voldemort estava bravo e impaciente, poderia invadir a qualquer momento o Ministério ou Hogwarts, onde Harry aparecesse primeiro. Eu devia me preparar para a guerra, era o que me dizia, principalmente com a maioria da Ordem achar que eu tinha traído (novamente).
    A Luna tinha sido sequestrada, mas felizmente saiu ilesa quando o trio a ajudou a fugir da mansão Malfoy. A armada de Dumbledore estava tentando ajudar todos os alunos sem recrutar mais nenhum para não arriscar. Enquanto isso investigavam a AD, procurando quem era o líder atual. Eu me preocupava, pois eles eram rápidos. Eu tentava me infiltrar sempre, deixando Blásio bravo, ele não queria que eu me metesse, poderiam me matar. Aliás, com a guerra se aproximando, Zabini falou sobre existir a possibilidade dele ter que lutar ao lado de Voldemort, por causa de uma promessa de sua mãe. Ele tinha sido sincero, combinou comigo se existir uma batalha, nos encontrarmos e fugirmos.
    Eu percebi uma movimentação e cochichos. Segui-os silenciosamente, não deixando ninguém me notar para poder descobrir. Em meio às conversas escutei que tinham pego a avó de Neville, mas ela acabou fugindo. Discutiram e tiveram a ideia de pegar o próprio para puní-lo e mantê-lo na linha. Esperei-os e logo Carrow apareceu junto a Crabbe com as varinhas apontadas para Longbottom.
    -Obrigado, senhor Crabbe. A partir daqui, eu assumo. - Disse Alecto e o garoto saiu, assentindo.
    - Agora, Longbottom, o que podemos fazer com você?
    - Infelizmente não aprendeu com o que aconteceu com seus pais?
    - Não abram essa boca imundo para falar deles!
    - Uau, tão idiota quanto eles.
    - Deveríamos fazer o mesmo com ele então.
    Ao segurarem o garoto na cadeira, quem lutava, eu tirei minha adaga do bolso. Relembrei o encanto dado pela Black, caso eu precisasse. Comecei a recitar enquanto apontava a lâmina para Neville.
"Omnibus metenda per Adada
Et erunt mihi in praesidio
Deductis hostes sub oculis
uisionis dicis"
    A dupla lançava a maldição cruciatus nele. Aos seus olhos, Neville estava sofrendo, quem apenas estava apenas assustado. Assim que pararam, eu os fiz desmaiar, correndo para Longbottom, puxando-o para fora.
    -Obrigado, Marie… - Sussurrou. - Foi você, tudo aquilo?
    - Sim, mas não me agradeça enquanto não estivermos a salvo ainda. - Corremos, com a varinha aposto para se alguém viesse, até que uma porta apareceu.
    - A sala precisa, vamos! - Ele me puxou e a porta se fechou assim que entramos. - Nem acredito, foi por pouco.
    - Também não… - Comecei a rir de tanto nervoso. - Eles não me viram, né?
    - Acho que não, levei até susto quando você me segurou, pensei que tinha morrido. - Riu comigo e passou seu olhar pela sala. - É aqui!
    - Aqui o quê?
    - A sala precisa nos ajudou com Umbridge, podemos fazer o mesmo. Os alunos dormirem por aqui até se for possível.
    - Seria difícil esconder um monte de aluno sumindo do seu dormitório, não?
    - Primeiro os que Snape sabe ser da AD, depois os que correm mais risco… sei lá, vamos dar um jeito.
    - Então precisamos avisar a Gina e a Luna, não?
    - Sim! - Ele disse animado. - Esses idiotas vão ver.
    - Entusiasmo todo para morr… quero dizer batalha?
    - Nem imagina quanto, quero ver a cara da Lestrange quando ver meus pais.
    - Posso deixar algumas poções aqui? Estão etiquetadas.
    - Ia nos ajudar muito, obrigado, de novo.
    - Então vamos, antes que comecem a nos procurar. Não posso ser descoberta agora, não é?
    - Como você consegue? Eu acabaria soltando as coisas sem querer.
    - Olha, eu não sei também. - Sorri de lado e Levantei-me, indo até a nova porta. - Não tem ninguém, vamos.
    - É melhor eu ir para o outro lado. Até logo, Marie. - Disse se afastando em direção a sala comunal da grifinória.

Diário de uma PP: Potter PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora