Diário de uma PP: Potter Perdida

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    Sentei-me na cama com a caixa de Ônix em mão, abri-a calmamente e vi novamente a adaga. Parecia que ela era parte de mim, me passava uma energia semelhante a minha. Retirei-a da bainha para observar, parecia um pouco antiga. Quando fui colocá-la de volta, nomes começaram a surgir na parte de trás da capa.
    "Melisandre Zabini
     Prudence Potter
     Asterion Black
     Marie Potter"
    O meu nome surgiu junto, ela me reconheceu como nova possuidora? A palavra "Hela" aparecia na minha mente sem parar, acho que é o nome da adaga. Guardei-a e coloquei a caixa abaixo da minha cama. Andei até o corredor que dava para um antigo quarto onde morava um vampiro homicida.
    -Monstro! - Chamei e o elfo apareceu correndo. - Sabe de alguma Asterion Black?
    - Como a senhorita sabe o nome dela?
    - Ela foi a última pessoa a ter algo que eu comprei, tem o nome dela junto com mais duas bruxas.
    - A senhor Asterion Black nasceu em 1752, tia de Fineus Nigellus Black, a avó de Monstro trabalhou para ela. Dizem que desapareceu, ninguém nunca soube dela.
    - Conhece a história de mais famílias?
    - Monstro pode perguntar a outros elfos, se a senhorita Potter desejar.
    - Os outros nomes são Prudence Potter e Melisandre Zabini.
    - Monstro irá procurar. - Ele desapareceu, aparatação.
    Desci antes que o vampiro estranho quisesse sair. Escutei a Molly chamando para o almoço e fui correndo pela escadaria. Sentei-me ao lado de Tonks, quem estava lá de novo, felizmente. Eu tinha adorado a quase namorada do meu padrinho, torcia para os dois se casarem logo. A comida da senhora Weasley era deliciosa, bem melhor que a de Severo, que ele nunca saiba.
    -Até que seu namorado é bom para você, Marie. - Comentou Sirius
    - Por que ele me dedurou?
    - Sim, quer dizer que ele se preocupa com você. Vamos mudar de assunto e o quadribol? Que casa ganhou esse ano?
    - Nós ficamos em segundo lugar. - Rony disse de boca cheia.
    - Quem ganhou?
    - A melhor casa. - Pisquei para eles e não gostaram nada. - Nem vem, a gente arrasou.
    - Eu só não discordo porque você é do time. - George comentou.
    - Eu sou muito boa, eu sei. - Disse rindo.
    - Se puxou ao Tiago, nem vou discordar. - Responder Sirius. - Apesar de ele ser apanhador e você artilheira, certo?
    - Sim, na verdade era o único lugar vago.
    - Falando nisso, o que aconteceu com o anterior? Acusaram a Grifinória de machucar de propósito. - Perguntou Gina. - A McGonagall brigou com o time.
    - Nem me fale, até nos acusou, só porque a gente faz uma coisinha ou outra.
    - Olha, melhor eu nem contar então… - Todos me olharam. - Ele se machucou e ninguém sabe o porquê, mas eu desconfio do responsável.
    - Por que não contou a professora Minerva, então?
    - Talvez foi o Blásio… - Sussurrei antes de tomar um gole de suco de abóbora.
    - É o quê? Ele derrubou alguém da própria casa, por quê?
    - Blásio tinha enfiado na cabeça que eu deveria jogar, juntou com uma briga que tiveram e pronto.
    - Não acredito, que desgraçado! A gente perdeu 30 pontos por causa disso.
    - Quando dizem que vocês fazem tudo para conseguir o que querem, não estavam brincando. - Riu George. - Duvido alguém da grifinória fazer algo do tipo.
    - Por isso que na sonserina a gente não fala apenas em amizade, são aliados também.
    - Depois reclamam da fama que tem. - Comentou Sirius.
    - Sirius, minha mãe era da sonserina! Não fala assim. - Tonks reclamou.
    - Todos os Blacks foram da sonserina, sou a exceção da família. Que orgulho de mim! Mas Andrômeda eu só descobri que ela era diferente quando foi expulsa, não sei como ela conseguiu aguentar.
    - Qual da parte de conseguimos o que queremos, você não entendeu Sirius?
    - Gente focada demais, tem que viver a vida.
    Sirius começou a contar a época que ele jogava quadribol junto com meu pai. Remo comentou como minha mãe se irritava com Tiago facilmente, mas torcia secretamente para ele nos jogos. Pelo jeito, eles eram como os gêmeos, deixavam os professores doidos e Lílian, como monitora junto a Lupin, estressada. Depois disso, ninguém tinha direito de me culpar por ir para detenção no futuro. Um som de aparatação soou na casa, Monstro tinha voltado.
    -Monstro descobriu, senhorita Potter.
    - Rápido, não? O que foi?
    - Primeiro, Monstro conseguiu o diário da sua antepassada, Prudence Potter. Ela era filha mais velha da Iolanthe Peverell Potter, foi há séculos atrás e ela desapareceu. Melisandre Zabini é mais antiga ainda, uma das primeiras Zabini registradas, aparentemente também desaparecida. Precisa de mais alguma, senhorita Potter?
    - Não, era só isso, obrigada Monstro.  - O elfo doméstico saiu da sala logo.
    - Quem são essas bruxas que o monstro falou? - Perguntou Hermione curiosa.
    - Na verdade não são só elas, só um minuto, vou buscar. - Sai em busca da caixa, quando voltei a mesa tinha sido tirada e todos aguardavam. - Aqui!
    - O artigo de artes das trevas? - Perguntou Sirius sério.
    - Não é exatamente, é um tipo de magia antiga, antes dessa divisão. - As palavras voltaram a surgir quando coloquei a mão por cima. - Todas as bruxas que possuíram a adaga.
    - Melisandre Zabini, Prudence Potter, Asterion Black e Marie Potter? Uma antepassada minha também, nunca ouvi falar dela.
    - Sim, Monstro me contou que ela era tia de Fineus Nigellus Black, mas ela sumiu sem deixar rastro. Pelo jeito, assim como todas as anteriores.
    - Isso não é um bom sinal.
    - Não sei, vou ler o diário da Prudence para saber. Por enquanto, eu sei é o nome da adaga, "Hela", nome da deusa nórdica do submundo, um nome apropriado.
    - Então todas elas eram como você, uma bruxa necromante?
    - Bruxa necromante? Nunca tinha ouvido falar.
    - É uma lenda de tão raro que é. - Respondeu Remo para Hermione. - Como se tivessem uma habilidade mágica sobre o mundo dos mortos.
    - Que mórbido… - Fred fez uma careta.
    - Elas eram, eu acho.
    - O que essa adaga faz? - Perguntou Fred.
    - Além de apunhalar curiosos? Quem morrer por ela, a alma é armazenada ali e são obrigados a defender a dona. Se eu colocar em um cadáver, vou saber quem era e como morreu. Existem outros rituais muito antigos com uma adaga do submundo, mas são perigosos demais e a maioria me levaria a ser presa.
    - Que fato animador.