Capítulo 14 - Vatican cameos

232 28 40
                                    

Os irmãos Holmes decidiram por uma abordagem sem muito alarde para surpreender quem estivesse na casa. A operação contou com apenas três carros. Uma minivan com seis atiradores de elite, um carro blindado com Mycroft e seu motorista e o carro de John Watson com ele, Sherlock Holmes e Elle.

— Por favor, tomem cuidado vocês dois — pediu a mulher quando os homens abriam as portas e se preparavam para descer do carro.

— Não precisa se preocupar com a gente — disse John sorrindo visivelmente animado.

— Está me pedindo algo impossível. — Ela sorriu de volta.

— Fique com isso. — Sherlock entregou para Elle a pistola que ela havia demonstrado saber manusear com perícia alguns dias atrás. — E espere aqui. Assim que a situação estiver controlada você entra na casa. Mesmo que você tenha sido treinada para eventos como esse, — continuou ele. — Não podemos contar com a sorte de você lembrar ou não o que fazer.

A mulher concordou e deixou a arma preparada caso precisasse usar. Os dois fecharam as portas e se juntaram aos outros seis homens enquanto Mycroft continuou dentro do carro. Ele queria estar presente na primeira análise do local, mas preferia não participar da ação.

O grupo colocou em prática a ocupação planejada horas antes usando as imagens via satélite obtidas do exterior da casa. Sem informações a respeito do que acontecia no local ou qualquer registro de autorização para o forte armamento presente, o irmão Holmes mais velho havia conseguido permissão para a invasão em nome da segurança nacional.

A primeira missão era destruir o sistema de monitoramento, deixando quem estivesse lá dentro sem conseguir acompanhar o que acontecia do lado de fora. A cada câmera inutilizada eles esperavam algum tipo de revide, mas ninguém os estava atacando.

— Isso não está nada bom — comentou um dos homens que viera dar reforço e estava ao lado de Sherlock. — Tem certeza que a casa está habitada?

— Você viu a luz acesa no andar superior — respondeu o detetive.

— Isso está me parecendo uma emboscada — falou o homem antes de levantar e seguir adiante.

John olhou para o amigo dando razão às palavras do atirador, mas não impediu o avanço da operação entrando pelo local aparentemente vazio, danificando as câmeras antes de avançar pelos cômodos até encontrar alguém. Dois homens desarmados, pelo que concluíram depois da revista.

— Não precisavam ter se preocupado com as câmeras. O sistema é interno e já paramos de gravar faz um tempo — disse o homem mais velho sentado atrás de uma mesa.

As luzes vermelhas da mira de três dos atiradores passeavam pelo rosto dele. Os outros dois miravam o mais novo, de pé ao lado dele, que tinha o queixo desfigurado por uma cicatriz de queimadura.

— Já checamos tudo, não tem mais ninguém na casa — anunciou o último dos atiradores entrando no cômodo.

Sherlock olhou para John, e o amigo entendeu que era a hora de ir buscar Elle. Algum tempo depois de sua saída, o detetive o viu atravessando o gramado através da janela atrás deles.

Mycroft esperava encostado do lado de fora do carro, enquanto a mulher ainda estava onde fora deixada.

— O que está acontecendo lá dentro doutor Watson? Ouvi poucos tiros.

— Só tem duas pessoas na casa. — Ele abriu a porta do seu carro. — Já vasculharam tudo.

— Isso está me parecendo uma emboscada. — Mycroft olhou direto para Elle que acabara de sair do veículo.

Memórias AnônimasOnde histórias criam vida. Descubra agora