Capítulo 20 - Um dia normal

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Algumas horas mais tarde, Audrey Morgan acordou para o seu ritual de lavar as roupas íntimas e colocá-las para secar perto da janela. Quando pôde deixar o quarto em definitivo, o som de risadinhas infantis alcançou seus ouvidos e ela então desceu direto para a sala com um sorriso no rosto.

— Rosie! — chamou vendo a menina andar em torno da mesinha de centro na frente do sofá maior enquanto montava um quebra-cabeça.

Sherlock Holmes estava sentado no chão de frente para a aresta maior da mesa retangular, vestindo calças, sapatos e um blazer escuro como de costume com uma camisa azul clara enquanto ajudava a afilhada na brincadeira.

Audie! — A menina sorriu.

— O que vocês estão fazendo? — Audrey se aproximou.

Montano queba cabeça com Shelock.

A mulher sorriu.

Binca com a gente! — convidou ela.

— Se você me ensinar como faz. — Audrey sentou no chão em frente a uma das arestas menores da mesinha.

— Bom dia, Sherlock — cumprimentou ela.

O homem respondeu com um sorriso.

— É só encaxá e foma um bicho — explicou Rosie em sua jardineira jeans e uma blusinha verde de moletom com mangas compridas.

O quebra-cabeça eram moldes vazados dos bichos onde quatro ou cinco peças juntas completavam o animal.

— E que bichinho é esse? — perguntou Audrey.

— Uma coluja — respondeu a pequena.

— Isso! — A mulher bateu palmas que foram acompanhadas pelo detetive.

— E esse — ele apontou para outro bichinho onde faltava uma peça.

Rosie olhou em volta procurando o objeto e quanto o encontrou pegou para colocar no lugar.

Jacalé! — anunciou ela.

Audrey e Sherlock comemoraram e foram acompanhados pela menina.

— Cadê mais? — quis saber Rosie.

— Na caixa lá na poltrona do papai. — O padrinho girou o tronco e indicou a direção com a mão esquerda.

A bebê atravessou a sala correndo em seus passinhos curtos com a mulher acompanhando encantada seu deslocamento com os olhos.

— A senhora Hudson trouxe uns scones de mirtilo, se você estiver com fome — anunciou Sherlock interrompendo a contemplação dela.

— Hum, eu quero. — Audrey ficou de pé.

— Não vai bincá mais? — Rosie estava voltando abraçada a várias peças e ficou um pouco decepcionada.

— Vou sim, linda. Só preciso comer alguma coisa antes — explicou ela. — Não dá para brincar com fome.

com fome. — A menina fez um biquinho com os lábios enquanto olhava para o padrinho.

— Elle, pega um potinho que está na geladeira com frutas picadas, por favor?

— É Audrey, Sherlock. — A mulher sorriu antes de ir para a cozinha.

Não foi difícil encontrar o que ele pediu, pois, o potinho colorido se destacava por não haver nada em volta. Duas prateleiras abaixo, no entanto, um saco plástico semitransparente chamou a atenção da mulher.

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