06

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Fiquei dando altos mergulhos com Jade e depois voltamos pra areia.

Luísa, uma menina que tava com eles, avisou que os meninos tinham ido pedir alguns petiscos no quiosque e mandou a gente ficar a vontade com o cooler. Jade bem cara de pau ficou mesmo e pegou cerva pra gente.

— Tu curtiu o Vinicius, amiga? — perguntei curiosa. O bofe real tava dando muito em cima dela antes e eu precisava saber o que que ela tava achando.

— Nem um pouco. — arregalei os olhos surpresa. — Alicia, que isso, olha o tipinho dele, todo mulherengo, atirado, safado nível máximo. Tudo bem que eu me amarro num safado, mas ele é nível podre, sabe?

— Humm, é que eu sou meio bobinha, mas lá na facul só o jeito dele de falar é meio bleh. — falei recordando.

— Que que ele falou? — ela virou mais cerveja num copo plástico que os meninos tinham dado antes pra gente beber água.

— Daniel perguntou se dava pra ele passar lá em casa pra gente colocar o biquíni, aí ele me olhou de cima a baixo e disse "mina bonita a gente dá um jeito". — o imitei.

Ela fingiu vomitar e nós começamos a rir.

— Pior tipo, tô fora. — ela negou. — Mas o lado bom é que eu vou dando corda, sem dar em cima claro, e ele vai sendo meu capacho. Carro, cerveja... é assim que a gente brinca.

— Você é foda, garota! — empurrei ela.

Parecia que eu conhecia Jade há anos de tão íntimas que já estávamos. Uma verdadeira comédia. Tínhamos acabado de nos conhecer, mas eu super me identifiquei com ela.

— E o Daniel? Curtiu?

— Até que ele é gente boa, daria uns beijos.

Ela assentiu rindo e nos ajeitamos pra pegar sol.

Os meninos voltaram com batata frita e peixe frito na mão e a galera foi logo atacando, inclusive eu. Me deu corda já era, a fome ainda estava grande.

Terminamos de comer, peguei mais uma cerveja e voltei pra minha posição. Precisava me familiarizar com os cariocas de marquinha.

— Vou sentar aqui com vocês, posso? — Daniel perguntou.

— Claro, a areia é pública. — Jade disse tampando o sol da cara.

— Gracinha! — ele riu e sentou na nossa frente. Na areia mesmo. — Curti pra caralho vocês, bora dar um rolê à noite qualquer dia desses. — falou.

— Vamos sim, mas pode falar, curtiu mesmo foi minha amiga aqui, admite logo. — Jade olhou pra mim.

Senti minhas bochechas queimarem na mesma fração de segundo.

— Alicia é gente boa mesmo, não dá pra negar. — ele riu meio envergonhado.

— Só isso? — ela fez careta.

— É ué, quer mais o que? Essa garota não tá é bem. — tentei disfarçar olhando pra ela. Me virei pra ele de volta. — Vamos sair sim qualquer dia, só marcar!

— Fechou então!

Nós ficamos mais algumas horinhas e depois o pessoal foi puxando pra casa.

Vinicius foi quase o último a dar sinal que queria ir embora, eu já tava há horas querendo ir pra casa, mas de carona a gente não pode falar nada.

Quando finalmente ele resolveu parar de beber, deu o último mergulho e nós fomos catando nossas coisas.

Deixamos Jade primeiro que era caminho, me despedi da lindona já prometendo uma mensagem de quando chegasse em casa.

Era uma vez, AliOnde histórias criam vida. Descubra agora