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A aula foi super maravilhosa. As menininhas mais lindas do que eu imaginava, super fofas e super dispostas a cumprir todos os passos e eu tinha uma mega paciência pra qualquer coisa.

Deu o horário e as mães começaram a vir buscar as filhas na porta da sala de aula mesmo, só estava esperando todas irem embora pra eu poder ir na sala do Patrick acertar os dias e horários, e meter o pé pra casa. Eu tava só o pó da rabiola.

— Sô, sua mãe vem te pegar, certo? — perguntei ao ver ela sentada encostada na parede sozinha.

Todas as crianças já tinham ido embora.

— Não sei. — disse tristonha.

— Vou pegar minha bolsa e desço com você, ok!? — ela assentiu e eu fui pro canto da sala terminar de ajeitar o resto.

Desliguei o som, guardei uns equipamentos de marcar o chão, troquei minha sapatilha pelo meu chinelo e peguei minha bolsa.

Estiquei a mão pra ela que apertou firme como se tivesse com medo da mãe não aparecer. Oh, dó.

Descemos as escadas, olhei em volta tentando encontrar Sarah, mas nada. A criança foi começando a ficar inquieta, e eu nervosa.

— Papai!??? — ela gritou soltando minha mão e saindo correndo.

— Sophia, não! — a chamei preocupada indo atrás dela. Não via absolutamente ninguém, a não ser Patrick, que com certeza não era o...

— Oi filha, como foi sua aula de ballet? — ele pegou ela no colo e eu parei na frente deles.

— Boa papai, eu dancei! — ela abraçou seu pescoço.

Eu tava perplexa. Aquele ogro tinha uma filha, e ainda a menininha mais fofa do ballet, aquela gracinha.

Ele olhava pra ela com brilho nos olhos a escutando falar e era de uma forma surpreendente pra mim, não imaginava de jeito nenhum.

— A mãe dela teve que sair, então eu esperei você vir falar comigo e descer com ela. — ele se virou pra mim ainda a segurando.

— Eu não sabia que você tinha uma filha. — foi a única coisa que consegui dizer.

— Agora sabe! — disse. — Como foi as aulas?

— Foram boas, só quero acertar as questões dos dias e horários. — falei.

— Uhum. — assentiu. — Filha, fica com a titia Maria que o papai já vai te levar pra casa, tá!?

A menina assentiu dando um último apertão nele e desceu de seu abraço correndo pra recepcionista que eu havia conhecido antes.

Queria saber mais sobre a história dele, do nada me surgiu a vontade, mas não cabia a mim e eu não tinha nada a ver mesmo.

Nós entramos na sala dele, que me passou os dias e os horários, por enquanto só trabalhava segunda, quarta e sexta.

— Parabéns pela sua filha, ela é uma gracinha. — eu disse antes de sair da sala.

— Puxou a mãe. — ele falou com um sorriso de canto.

Nós nos despedimos com um aceno e antes de ir embora resolvi falar com Livia na musculação que não parava de olhar pra mim enquanto auxiliava um aluno num aparelho.

— Você conhece ele fora daqui? Vi o jeito como você olhou pra ele e pra Sophia. — ela apontou com a cabeça pros dois.

— Que!? Não, quer dizer, eu conheço, mas não tenho intimidade. E eu não olhei, eu só...

Era uma vez, AliOnde histórias criam vida. Descubra agora