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PATRICK

A festa tinha saturado pra mim, só parada louca. Na hora que eu achei que ia começar a ficar bom que geral ia se juntar e beber teve o climão do Matheus e geral se separou, depois quando fiquei implicando com Alicia e vise-versa a louca deu pra surtar. Ou seja...

Já eram umas 3h da manhã, Luís e Bené tavam se acabando de pegar as duas minas, a outra chatinha tinha ido embora, José sumido na boate e Alicia tinha arrastado Livia e Jade pro outro camarote.

— Tá boladona, né? — encostei na grade ao lado da Eduarda.

— Pior que tô. Hoje era pra ser legal pra caralho, geral maneiro reunido e dá nisso. — ela disse chateada.

— É foda, Rebeca cortou minha onda também. — contei.

Eduarda sempre me pareceu uma mina legal, que eu me daria bem por ser porra louca, sincerona e engraçada, mas eu sempre fui ruim de socialização.

— Tava curtindo a beça ali com minha amiguinha, né? Eu sei, pode confessar. — ela me cutucou com o cotovelo.

— Tava mermo, Alicia é mó daora, gosto de implicar com ela. — disse sincero.

— Ela é incrível mesmo. — ela disse com um sorriso no rosto. — Só tô com medo de ter deixado o José chateado.

— Ah mano, ele entrou nessa sabendo que tu acabou de terminar um relacionamento de anos e você não fez nada demais. — falei.

— Verdade... tomara que ele esteja beijando bocas por aí. — ela disse e eu assenti virando o resto do que tinha no meu copo. — Ô patrick, tu é mó legal, por que não é assim sempre?

Eu ri sem graça. — Eu sou o que sou, você deu sorte de me ver desse jeito.

— Poucas pessoas tem essa sorte? — ela perguntou debochada.

— Até que sim, tá? — me gabei. — Sarah, os moleques da academia, Livia, agora você e sua amiguinha. — contei nos dedos.

— Com Alicia foi fácil que eu sei. — ela piscou pra mim. — Ela facilita a comunicação.

— Caralho, tô no barra music conversando... a que ponto eu vim parar? — eu disse tampando o rosto e balançando a cabeça negativamente.

— Porra, esse rolê deu, por isso que a gente tá assim. — ela falou e eu assenti.

Nós ficamos no maior silêncio absoluto entre nós e só escutando as músicas tocarem, até ver Livia vindo correndo até nós.

— Alicia tá passando mal pra caralho lá no camarote, vomitou, tá dando pt. Jade tá lá com ela, melhor vocês irem lá pra gente levar ela pra casa. — ela contou.

Rapidamente Eduarda desencostou da grade do camarote preocupada e eu fui atrás dela. Tinham colocado ela sentada em um degrau que tinha entre os camarotes e Jade e Daniel tavam em cima dela.

Sorte a minha que nem Rebeca e nem Raissa estavam ali pra ficar perturbando o meu juízo.

— Deram água pra ela? — Eduarda perguntou agachando na frente dela.

— Não. — Jade disse segurando o cabelo da Alicia em frente ao vômito.

— Porra, vocês são idiotas? — Eduarda gritou.

— Vou lá comprar. — Daniel disse mexendo no bolso.

— Deixa que eu vou e levantem ela pra ela não dormir! — falei e sai na frente.

Sabia que ele ia ficar puto com isso, mas porra, o moleque tava segurando a mina de um lado e eu também não suportaria ficar muito tempo perto do Vinicius.

Era uma vez, AliOnde histórias criam vida. Descubra agora