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Final de semana chegou e com ele o ano novo. Nós passamos na casa do Matheus porque a casa ficou com a gente já que a família deles toda estava viajando e foi show de bola.

Passamos a tarde na piscina comendo churrasco, depois nos arrumamos, recebemos a encomenda da ceia do restaurante do irmão da Duda, compramos bebida, ligamos o som e da-lhe virada do ano.

Foi maneiro demais, ficamos juntinhos a beça, rindo, conversando, zoando. Faltou Daniel e Laura com a gente, mas de qualquer forma passei meu ano novo com as pessoas que eu mais gosto na vida todinha.

E dia 1 de janeiro, bom, era meu aniversário. Sim, sou uma mera de uma capricorniana, quem vê nem pensa, né!? Nós fizemos o enterro dos ossos curtindo a piscininha na lua que fez e a noite iríamos comemorar em um pub maneiro da barra.

A casa tinha quarto pra uma cambada dormir e como não tinha ninguém em casa, nos organizamos pra ficar juntos na casa mesmo. Sai da piscina enrolada na toalha e sentei na cadeira pra secar.

— Quantos anos mesmo, Ali? — Jade perguntou se apoiando na borda da piscina.

— Vinte e três, linda. Ainda um baby! — eu beijei o ombro.

— Todos nós, né? — Phelipe riu lavando os potes da comida.

— Porra, verdade. — Eduarda assentiu. — Casei cedo demais.

— Ué, tá arrependida? — Matheus indagou arqueando as sobrancelhas.

— Vai se foder, vai. — ela retrucou saindo da piscina.

— Mal voltaram de lua de mel e já estão assim? Não me irritem. — falei. — Hoje é meu aniversário.

— Esse é o nosso jeito, galerinha. A gente se desentende, mas se ama. — Matheus falou.

— Assim que é bom. — Patrick disse enxugando a mão de ajudar Phelipe.

Ele puxou uma cadeira pra perto de mim e colocou minhas pernas por cima da dele.

— Tá, tudo certo pro pub mais tarde então? Porque acho que vou tirar aquele cochilo. — Jade disse saindo da piscina.

— Claro, tudo confirmadíssimo. — afirmei.

— Hoje é tudo na conta da Ali! — Matheus brincou gritando.

— Tá tudo na conta de vocês, isso sim, hoje é meu dia, já falei. — dei de ombros.

— Deixa que vocês tão comigo, tudo 0800 — Patrick falou enchendo o peito.

— Hum, tá com grana mermo. — Eduarda riu.

— Então tá, vou dormir. — Jade disse se enxugando.

— Vou também mô, já lavei tudo aqui. — Phelipe avisou e ela assentiu.

— Vamos também? — olhei pro Patrick cansada.

— Bora, quero estar novo pra mais tarde. — ele disse dando um tapinha na minha perna e eu levantei.

— Caralho, a gente que chega de lua de mel e vocês que estão cansados? Tô fora. — Matheus balançou a cabeça negativamente.

— Filho, noronha não destrói não, noronha renova. — Phelipe disse. — Dá um tempo.

Nós rimos e nos ajeitamos pra subir. O sono tava grande demais, não daria nem tempo de ter uma transa de aniversário, só depois.

Corri antes pro banheiro porque eu odiava cloro no corpo e tomei aquela ducha boa gelada. Taquei um blusão do Patrick por cima e me joguei na cama.

Quando eu tava quase pegando no sono, senti a mão pesada dele acariciando meu cabelo, dei um sorriso e abri os olhos.

— Não tá conseguindo dormir? — perguntei baixinho.

— Ainda nem tentei, fiquei te olhando. — ele disse colocando as mãos debaixo da cabeça no travesseiro.

— Obrigada por estar comigo sempre, tá? Por ter criado disposição pra mudar, você é o mesmo cara, o cara complicado que eu me apaixonei, mas numa versão melhor. — disse sentindo paz no coração.

— Do nada isso? Eu que deveria estar me declarando no seu aniversário. — ele disse rindo.

— Senti vontade. — dei de ombros.

— Te amo. — ele disse beijando a ponta do meu nariz.

Eu fechei os olhos sorrindo e balancei a cabeça positivamente.

Acabei pegando no sono com o carinho dele na minha cabeça e acordei quase na hora de começar a se arrumar, mas só acordei por conta do ronco dele, isso foi meu despertador.

Peguei meu celular pra começar a ligar pra todo mundo dentro de casa pra se arrumar e vi a publicação que Patrick tinha feito pra mim.

PATRICK

Saímos quase umas onze horas de casa direto pro vizinho gastrobar. Chegamos lá as meninas foram logo se animando daquele jeitinho delas, porque a música tava boa, não estava lotado e o ambiente era maneiro.

Pegamos uma mesa e fomos direto pro cardápio de bebidas. Pedi um "min Julep" de manga e a maioria foi no "moscow mule" mesmo.

— Isso aqui é a minha vibe. — Alicia disse olhando em volta.

— Ah, vibe de rico que você tem, né? Eu só quero ver essa conta. — Matheus balançou a cabeça negativamente.

— Porra, já não falei que é tudo na minha conta hoje? Dia dela é meu também. — disse puxando ela pra mim.

— Tá falando sério? — eu assenti. — Hum, vou usar e abusar de tu então.

— Matheus é foda, cara! — Phelipe riu.

Essa ideia da Alicia de trazer esse evento de danças fez atrair mais e mais alunos pra academia e graças a Deus o negócio tava dando certo cada vez mais.

Óbvio que o lucro era totalmente dividido com meu irmão, mas a grana era tão boa que sustentava bem. E eu não iria fazer feio de jeito nenhum no dia da minha gata.

Nossos drinks chegaram, era caro, mas era bom pra caralho aquela porra. O foda de beber é que desde que eu larguei o cigarro, me batia uma puta de uma falta, mas eu me controlava. Apesar de surtado, sempre fui disciplinado.

— Brinde ao dia da garota mais animada, mais sorridente, mais good vibes da vida. — Jade disse ao levantar o drink.

— Um brinde! — brindamos.

— Sério que a vida de vocês era um saco antes de me conhecer? Que bosta. — ela fez careta brincando.

— Não, só a do Patrick. — Eduarda disse sincerona.

Eu ri. — Não dá pra discordar.

Ficamos trocando a famosa ideia enquanto os ânimos iam sendo aflorados pelo álcool e ver a gata com um sorriso maior do que já tinha no rosto por estar entre amigos era o melhor.

Era uma vez, AliOnde histórias criam vida. Descubra agora