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— Vai dar tudo certo, ok? — Matheus falou me puxando pra um abraço.

— Você promete, Matheus? — perguntei receosa. Eu não queria brigar com ele, só de pensar nisso me partia o coração.

— Prometo, Duda! Eu já não te falei que você é o amor da minha vida? — me afastou segurando meus braços com força pra me olhar.

— E você o meu. — dei um selinho nele.

Eu sei que parecia meio doentio temer algo tão banal, mas se eu sentisse que minha insegurança era afetada exatamente pelos motivos que eu pensava, eu não sei se aguentaria mais.

Esperamos o resto dos bonitos beberem a cerveja deles de esquenta e descemos, já era a hora.

ALICIA

Chegamos no salão de festa onde aconteceria a festa da tal Raissa e tava tudo lindo por sinal, bolas no tom rose e o uma decoração meio amadeirada, bem chique mesmo.

Disse os meninos que ela sempre disse que a festa dos 25 anos dela seria igual a qualquer uma de 15, já que ela não teve, só que bem mais proibidona.

— Oie Daniel, trouxe a namorada? — Raissa veio assim que entramos dar um abraço nele.

— Essa é a Alicia! — ele disse soltando dela e me abraçando de lado.

— Muito prazer! — a cumprimentei. — Mas não namoramos não.

— Ah tá bom. Trouxe presente? — ela me olhou esperançosa. Nossa, o carioca é bem atirado mesmo, fiquei até sem graça.

— Trouxe, trouxe sim! — ri sem graça e entreguei uma sacola da maybelline pra ela, só pensei em maquiagem.

— Que bom, obrigada. — ela sorriu forçada e passou pra falar com o resto.

Daniel me olhou querendo rir pela situação constrangedora. Ficamos esperando ela falar com Jade e Phelipe, até que...

— Hum, você também trouxe a namorada... — ela olhou decepcionada pra Duda assim que falou com Matheus.

Quis morrer com essa situação, ainda mais de início e vendo minha linda amiga engolir a seco. Todos nós nos entreolhamos.

— Algum problema? — Duda foi direta. Eu amo.

— Por mim... — Raissa deu de ombros. — Fica a vonts, tá Matheus? Qualquer coisa fala comigo.

Duda olhou pra ela querendo a fuzilar com o olhar e eu me arrependi em segundos de ter dado a ideia de todos virmos.

Ela virou as costas pros dois, Duda virou pro Matheus com aquela olhada fatal e nós quatro sentimos o clima rapidinho.

— Vamos entrar!? — Jade chamou.

Eu assenti puxando Duda e Matheus pelo braço e fomos procurar uma mesa pra sentar. Eu queria era comer, muito mais do que beber até.

— Amor, vou lá falar com meu irmão, fechou? — Daniel disse me dando um selinho.

Eu assenti com um sorriso fraco.

Desde que eu e Patrick nos beijamos perdemos o pouco do contato que tínhamos, no máximo trabalho.

O clima sempre ficava estranho quando eu ia na casa deles, e o pior também aconteceu... ele pegou eu e Daniel transando no sofá. Foi horrível pra mim.

Era uma vez, AliOnde histórias criam vida. Descubra agora