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Cheguei no bar já dando de cara com meus lindos na mesa com um chopp cada um. Já estava com saudade - a dramática.

— Caraca, vocês abandonaram mesmo nesse final de semana, que isso. — brinquei puxando uma cadeira pra eu sentar.

— É melhor eu e Phelipe ficarmos calados. — Matheus se defendeu desviando o olhar.

— Eu ainda curti na sexta com elas, você que sumiu irmão. — Phelipe falou.

— Ele tirou o fim de semana pra descansar, deixa ele, por favor! — Eduarda pediu fazendo carinho no cabelo dele por trás.

— Vocês não conseguem falar mais baixo? Essa música já está me matando. — Alicia reclamou com a mão na cabeça.

— Vish, a noite foi boa ontem e eu quero saber de tudo. — disse ansiosa.

— É, eu tô esperando também. — Eduarda disse impaciente.

— É sobre homem? Porque se for vou roubar Matheus pra cumprimentar uma galera conhecida que já vi de longe. — Phelipe perguntou.

— Então vai lá pra gente ficar a sós. — disse e mandei um beijo no ar pra eles que olharam pra gente putos, mas brincando.

Decidimos vir pra um barzinho mais tranquilo, onde a música era mais leve e não era tão lotado, mas mesmo assim era impossível fugir da faculdade. Ainda mais pra eles que conheciam todo mundo.

Matheus levantou dando um selinho em Duda e depois foi levado pelo Phelipe.

— Cara, vocês não tem noção do mico que eu paguei ontem e eu decidi que isso é tudo culpa da dona da Eduarda. — Alicia bufou.

— Aí, saudade da Ali que eu conheci, que só ria e não reclamava de nada. — Eduarda revirou os olhos.

— Desculpa querida, eu volto ser essa Ali quando essa ressaca passar, me dá um desconto!? — ela disse como se fosse um favor pra ela.

— Tá, mas continua. — a apressei. Tinha esquecido até de pedir uma bebida, então peguei o cardápio pra ver enquanto a ouvia falar.

— Além de ter gritado com Patrick, o encarado, ter vomitado e tomado banho quase que na frente dele, eu ainda falei coisas... que... meu deus eu tenho pavor de lembrar. — ela fechou os olhos pra tentar esquecer.

— Falou coisas que...? — Eduarda a olhou nervosa. — Meu Deus, eu preciso contar seu mico pra Sarah, ela vai adorar!

— Não faz isso, Duda. Eu nem quero lembrar. — ela engoliu a seco. — Eu só sei que disse pra ele que ele tinha medo de se relacionar comigo, porque eu sou uma pessoa alegre demais, e que ele tem medo que eu mude ele.

Eu abri minha boca surpresa com os olhos arregalados. — Alicia do céu!

Eduarda eu nem preciso dizer que caiu na gargalhada e Alicia fechou os braços enfiando a cara neles por cima da mesa logo em seguida.

— Eu sei gente, eu pareci uma emocionada. Falei como se rolasse muita química entre nós e como se eu já tivesse ficado com ele. Que vergonha! — ela disse abafando o som ainda em seus braços.

— Amiga, olha pra mim! — cutuquei ela que levantou. — Você passou muita vergonha? Sim. — ela fez careta. — Mas e daí? É a vida, você tava bêbada, bola pra frente. Você nunca mais vai ver ele mesmo.

— Jade, ele é o chefe dela. — Eduarda falou séria e eu lembrei.

— Vish filha, fodeu.

— Ainnn, parem de me deixar desesperada. Vocês não estão ajudando! — ela resmungou.

Era uma vez, AliOnde histórias criam vida. Descubra agora