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Com tantos elogios Patrick ficou até se achando demais da conta e realmente não tinha como discordar, aquele macarrão ficou simplesmente maravilhoso.

Depois de comermos, deixamos a louça na conta de Daniel e Laura que chegaram atrasados e começamos a jogar jogos de tabuleiro. Começamos com mímica, depois fomos pro twister e é claro que eu fiquei só girando a placa e por fim fomos pro uno.

— Pra mim chega, Eduarda rouba muito. — Matheus jogou as cartas no tapete com raiva.

— Eu não roubei! — ela jurou cínica a beça.

— Vou te contar hein?! Como que mente assim na cara dura? — ele disse indignado.

— Com um marido desse pra que inimigo? — ela largou as cartas também.

— É foda Duda, na arte de assaltar, você é a melhor artista. — Phelipe disse ajeitando a cabeça deitado no colo de Jade.

— Que absurdo, tô me sentindo injustiçada! — ela fez drama e nós rimos.

— Você roubou ou não roubou? — Laura a questionou.

— Roubei, mas...

— Então pronto, next. — Sarah disse.

— Qual o próximo? Nada que dê pra trapacear, porque já sabem... — Daniel perguntou.

— Detetive é maneiro e tem mais uma taça de vinho pela metade. — Patrick sugeriu.

— Boa, bora de detetive então! — Jade se animou.

Patrick que estava deitado também no meu colo se deliciando do meu cafuné levantou pulando pra pegar o vinho e eu permaneci ali estampando um sorriso no rosto.

A verdade é que eu estava completamente cheia de dor, na coluna, na bexiga, falta de ar e muito mais muito cansada, só não queria acabar com a festa de ninguém. Claro que eu poderia me deitar, mas acho que causaria preocupação em todos e causaria um clima e eu não queria isso.

— Pega o tabuleiro lá, ladra! — Matheus mandou empurrando Duda que tombou de lado.

— Seu chato do caralho. — ela xingou se levantando.

— Gente?! — todos me olharam. — De verdade, vocês se incomodam se eu subir pra dormir? Tô extremamente feliz com a vinda de vocês, mas vocês conhecem minha rotina e eu tô com muito sono mesmo.

— Claro que não amiga, já tá tarde mesmo. — Jade olhou no relógio.

— Para! — mandei. — Vocês dormem muito mais que meia-noite, eu vou dormir, mas se vocês pararem de brincar eu vou ficar muito triste.

— Tá ok. — ela levantou os braços em sinal de rendição.

— Mas então eu vou com você. — Patrick disse dando o vinho na mão do Daniel. — Eu brinco com eles amanhã.

— Não, sério, eu quero que vocês fiquem aí, tô muito feliz de ver todos juntos. — disse séria. — Só quero que você me ajude a subir as escadas, mais nada além disso.

— Certeza, Ali? — Matheus perguntou receoso.

Eu olhei pra ele com cara de tédio que riu fraco em seguida entendendo.

Patrick assentiu e me ajudou a levantar da posição confortável que eu estava a séculos no sofá. Mandei um beijo no ar pra todos que me fizeram um coração e subi.

— Jura pra mim que você tá bem? — Patrick perguntou encostado na porta do banheiro me olhando escovar o dente.

— Muito bem. — disse sorrindo. — Desce lá, vai?

Era uma vez, AliOnde histórias criam vida. Descubra agora