PATRICK
Deixei Alicia no escritório e como num passe de mágica assim que sai dele vi Lorenzo vindo furioso na minha direção. Tava com aquele terno dele de sempre pra esbanjar dinheiro e com aquela pose de "ninguém pode comigo". Tinha nojo.
Ele veio em minha direção com ódio exalando, permaneci calmo, ou pelo menos tentando. Alicia tava dentro do escritório e eu na porta dele, torcendo pra que ela não fizesse nenhum barulho pra que ele não envolvesse ela nisso.
— Seu filho da puta, o que foi que você fez? — ele disse colocando o dedo na minha cara.
— Eu? Não fiz nada. — me fiz de desentendido com os braços cruzados.
— Nada? Seu desgraçado, tem noção que eu vou preso? — ele pegou na minha blusa. — O que caralhos você fez seu merdinha?
— Você realmente esperava que enquanto você tivesse tentando tirar a academia de mim eu iria ficar olhando? Contatei um advogado, ué. — disse como se fosse óbvio. — E tira essas suas mãos nojentas de mim. — o empurrei.
— Eu tô pouco me lixando pra esse lixo que seus avós deixou pra você, eu queria era te ver sofrer, assim como você ficou feliz quando tua mãe se livrou de mim. — ele disse com raiva.
Eu continuei o olhando com desprezo. Se eu perdesse o controle, eu ia enfiar a porrada nele e era arriscado ainda eu perder a Alicia. Era melhor deixar ele pra polícia.
— Fiquei feliz pra caralho mermo, sabe por quê? Porque você é um merda, um fodido, um drogado que não é homem, que não respeitou uma mulher, nem sua família, você é um lixo Lorenzo, nem o Daniel quer olhar mais na tua cara. Esse lixo que meus avós deixaram pra mim é muito mais digno do que suas empresas atoladas no crime que agora vão afundar com você na cadeia. — cuspi tudo na cara dele.
— Seu filho da puta! — ele deu um soco na minha cara. Senti o impacto na hora, uma dor desgraçada na minha boca e quando coloquei o dedo no corte vi o sangue.
Isso pra mim era demais. Se não fosse pela Laura abrindo a porta da entrada com força sinalizando que tinha chegado eu teria caído na porrada ali mesmo com ele.
Atrás dela vinham três policiais, Lorenzo me olhou acuado, com medo e bom, com ódio, e eu não senti nenhuma pena. Nenhum carinho e preocupação de filho com pai, nada. Apenas um nada.
— Lorenzo Bittencourt, temos um mandado contra você, o senhor está preso! — o policial puxou ele de perto de mim o algemando.
— Eu nunca vou te perdoar. — ele disse rangendo os dentes.
— Quem tem que te perdoar sou eu. — disse cheio de razão no peito.
Ele balançou a cabeça negativamente e saiu da minha academia algemado pelos policiais, com certeza será uma cena que eu nunca mais irei esquecer.
Laura veio até mim com um sorriso vitorioso no rosto e eu ri de nervoso. Caralho, não dava pra acreditar.
— Aqui está o documento que decreta essa academia definitivamente só de vocês dois! Preciso da sua assinatura e a de Daniel, mas se você quiser eu pego a dele com ele. — ela disse sorrindo maliciosa.
— Laura, laura... — ri pegando o papel e caneta da mão dela e assinando. — Mulher, você é foda. Menos de duas semanas?
— Por aí. — ela deu de ombros. — Boa sorte Patrick, não se envolve mais encrencas, fiquei sabendo que você adora uma. — ela piscou pra mim.
— Eu não, elas que me perseguem. — disse sonso.
— Aham. — ela debochou.
— Acertamos o pagamento na segunda que vem. — falei pra ela.
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Era uma vez, Ali
Fanfictionautora: juwebs_ Quando Tina, a filha mais velha de um casal, completa 10 anos de idade, seu pai conta a história do grande amor da sua vida... e uma história de amor nunca foi tão difícil de ser contada: uma mulher sonhadora, dois amores, alguns ami...