56

1.6K 271 293
                                    

Chegamos no espaço hall, marcamos um tempo do lado de fora pra esperar José e Bené chegarem com as pulseiras e entramos.

Eu nunca tinha ido lá e por incrível que pareça eu nunca tinha saído pra um lugar tão grande assim - e olha que com certeza não era dos mais grandes - ate porque eu não era muito de sair. Meu lance com Matheus era ficar bebendo cerveja em casa ou as vezes em barzinho.

— Que que a gente vai beber? — José perguntou.

— Cerveja! — Luís exclamou.

— Tu nem pode beber rapa, tu tem que dirigir. — Livia deu bronca nele.

— Ah, qual é!? Dirige alguém aí por mim, só hoje, que que custa? — ele pediu manhoso.

— Tá bom, tá bom. Eu dirijo, mas vou beber umas duaszinhas. — Jade cedeu e Luís a abraçou forte. Nós rimos.

— Só duas! — falei. Morria de medo de acidentes.

— Quem vai lá comprar primeiro? Hoje quero ser bancada igual Patrick. — ela disse e eles deram um hi-5 juntos.

— Eu vou... eu vou. Sou otário mesmo, só bora alguém lá comigo. — José tomou a frente.

— Eu vou. — me ofereci e saímos do camarote em direção da cabine pra comprar bebida.

A área onde ficavam os camarotes nem estava tão cheia, mas quando você olhava pra baixo pra pista via a imensidade e a quantidade de gente presente.

A música tava bem alta num pop qualquer e tinha uma filinha na nossa frente. Quando olhei pro lado da entrada, onde ficava a escada pra parte do jirau e do camarote, consegui enxergar de longe Daniel vindo com duas garotas ao lado e Vinicius atrás.

Olhei pro José, José olhou pra mim e eu quase tive vontade de rir ao ver os problemões chegando. Daniel me viu e já veio andando na minha direção.

— E aí gata, chegou agora? — ele me puxou pela mão pra me dar um abraço.

— Cheguei sim. Hum, tá cheiroso hein. — disse cheirando o pescoço dele.

— Pra você! — ele cantou e eu ri. — Tá em qual camarote?

— Ali ó. — apontei.

— Po, pior que eu acho que meu camarote é o do lado. — ele disse.

— Chega de papinho Daniel, vamos logo. — Raissa disse batendo o pé no chão.

— Pera aí. — ele se virou pra ela. — Vou lá, mas daqui a pouco tu fica lá comigo, jae?

— Aham. — falei forçando um sorriso qualquer. Com esse pessoal não tinha nenhuma vontade de ficar no meio.

Ele me deu um selinho e saiu com o pessoal.

— Tá linda, hein. — Vinicius soltou assim que passou por mim com um sorriso malicioso e eu só balancei a cabeça negativamente.

— Essa porra vai dar merda! — José disse pra mim rindo de nervoso.

Eu assenti receosa e nossa vez da fila chegou. José comprou três baldes de cerveja e eu comprei dois, depois botávamos mais, o resto do pessoal.

José teve que ir chamar alguém pra ajudar e Bené veio carregar mais um balde. Quando voltamos ao nosso lado realmente estava o outro pessoal, quase me estremeci por dentro.

— Patrick já fechou a cara! — Eduarda sussurrou no meu ouvido.

— Puta que pariu, vocês tem que forçar uma amizade e distrair ele. — falei.

Era uma vez, AliOnde histórias criam vida. Descubra agora