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ALICIA

Depois da praia com os moleques o resto da semana passou voando.

Meus móveis chegaram deixando meu quarto prontinho, sai pra tomar uma breja com Matheus e Duda no quintou que Phelipe inventou, durante a semana fiquei conversando super com o Daniel também, o que inclusive tava me deixando com muita vontade de beijar ele logo.

Graças a Deus o sextou era hoje e eu tava na maldade pra minha vontade passar.

Eu ia com Matheus, Duda, Jade e Phelipe pra Olégario e Daniel disse que iria também com uns amigos, ou seja, iríamos nos juntar na certa.

— Caralho, vocês são lentas demais, que isso. — Matheus gritou da sala.

— Vai pro caralho! — Duda gritou do quarto dela.

— Já tô quase pronta! — gritei do meu.

A verdade é que eu estava pronta, só faltava o close pro insta porque de boba eu não sou nada. Ajeitei minha corrente no pescoço e a jaqueta preta, posicionei o celular e comecei minhas caras e bocas.

Quando enfim tirei a foto perfeita, guardei minhas maquiagens, tirei o grosso da bagunça e fui pra sala esperar a madame da Duda que nunca ficava pronta primeiro.

— Tem cerveja não pro esquenta? — perguntei vendo Matheus impaciente na sala.

— Se tivesse eu não estaria puto. — ele disse batendo pé no chão.

— Ué, fica lá vendo Duda se arrumar. — eu ri provocando.

— Só se for pra eu surtar de vez. — disse.

Eu fiquei rindo da cara dele enquanto postava minha foto pra ganhar meus biscoitos.

— Eduarda, pelo amor de Deus, que que você tá fazendo nesse celular e não se arrumando? — Matheus disse indo no quarto dela.

— Pronto Matheus, estou pronta! Quer fazer mais alguma reclamação? — ela abriu a porta.

— Não amor, agora tá bom. E ô se tá, você tá gata demais minha linda! — ele puxou ela pela cintura selando seus lábios.

Fiquei só olhando o chamego dos dois inclinada no sofá pra conseguir ver o corredor. Como eu amava.

— Vocês tem certeza que eu não vou ser uma intrusa? Sério, tô morrendo de vergonha. — disse levantando do sofá.

— Não vou nem te responder, você é praticamente irmã da minha irmã, tu acha que tu vai ser intrusa na casa dela? — Matheus me olhou com cara de tédio.

— É aniversário dos gêmeos? — perguntei ansiosa.

— Siim, um aninho deles. — Duda disse dando pulinhos e eu ri.

Assim que Phelipe mandou mensagem avisando estar na portaria nós descemos. Pelo que eu entendi, ele era irmão do marido da Maria Luiza, que era uma amiga da Karine - irmã do Matheus - lá de São Paulo, mas eu nunca fui de falar muito.

Chegamos em outro condomínio, um mil vezes melhor que o nosso por sinal, e subimos pro último andar. Matheus e Duda foram entrando na frente e eu fiquei toda acanhada atrás com Phelipe rindo da minha vergonha.

— Relaxa, todo mundo gente boa! — ele bateu nas minhas costas. — Vem.

— Aliciaaaa, que saudade de tu pirralha! — Karine veio na minha direção com os braços abertos.

— Poucos anos mais nova que você, Karine, poucos anos. — relembrei no aperto do abraço dela que riu.

— Não importa, você e Matheus sempre vão ser os meus pirralhos. — ela colocou a mão na cintura. — Aproveite que não chegou ninguém ainda pra conhecer os gêmeos porque eles ficam de colo em colo, vem.

Só assenti rindo e ela me puxou pra escada. O apartamento dela dava três do nosso e era tudo ridiculamente bem decorado.

Realmente não tinha ninguém, apenas uns garçons andando pela sala, umas mulheres arrumando a mesa do bolo e eu, Duda, Matheus, Phelipe e Karine.

Subimos e ela me puxou pra dentro do quarto dos meninos, que era grande também e lindo, com uma decoração de dinossauros, uma fofura só.

— Primeiramente, esse é o meu marido, Luan, Luan essa é aquela amiga do meu irmão que veio morar aqui, Alicia. — ela disse abraçando o homem que tava trocando a fralda de um bebê.

— Oie, muito prazer Alicia. Infelizmente não posso te cumprimentar melhor, você entende. — ele olhou pra fralda de cocô e eu caí na risada.

— Não tem problema, muito prazer! — eu ri. — Esse é qual dos dois? Eles são muito parecidos, nossa senhora.

— Esse é o Ian, o mais levado. — ela revirou os olhos. — E esse é o Bernardo. — ela agachou do lado do menininho brincando com uns bloquinhos no chão.

— É mais calminho, mas também dá os ataques dele. — Luan contou.

— Lindos demais! — agachei do lado do Bernardo. — Posso? — perguntei esticando o braço pra ele.

— Claro menina. — Karine disse rindo.

Fiquei um tempo ali brincando com os gêmeos, ajudei a vestir eles e depois descemos.

Já tinham chegado algumas pessoas, a mesa do bolo já estava montada, tudo lindo. Karine e o Luan deram os baby's pro tio Rafael - pai do Matheus e dela - e nós fomos até o pessoal.

— Então quer dizer que a festa de criança é o esquenta de vocês? — um cara gato pra caralho perguntou rindo pra gente.

— Não muito diferente do que a gente fazia, amor! Qualquer lugar com cerveja gelada estávamos indo. — a mulher que reconheci ser a Malu disse balançando uma criança pequena no colo.

— Isso é. Aí que saudade dessa fase, meu Deus! — Karine disse fingindo choro.

— A fase de vocês já passou, relaxa o cu aí. — Matheus disse pra ela.

— Ué, tá achando que eu tô velha e que não me divirto mais? — ela cruzou os braços.

— Esse garoto é palhaço, cunha. — Duda revirou os olhos. — E cadê meu irmão?

— Viajou com Sarah e Sophia, esqueceu? — Malu disse pra ela.

— Ah é.

— Eles merecem agora que ele voltou. — Phelipe disse e eles assentiram.

Eles ficaram conversando sobre o irmão da Duda e eu que não tava entendendo nada, só fiquei fisicamente presente, minha cabeça tava lá no barzinho mais tarde.

Queria encher a cara, beijar na boca, fazer amizade, talvez dançar, cantar. Ficamos bebendo um pouco, marcamos presença brincando um pouquinho com os baby's, comemos alguns salgadinhos e depois partimos.

Era uma vez, AliOnde histórias criam vida. Descubra agora