— Eu sabia que em algum momento vocês iriam fazer essa filha da putagem de se agarrar na minha frente. — ele chegou perto da gente com raiva.
— Daniel..
Ele interrompeu Alicia. — Não quero saber do que sai dessa sua boca, você brincou comigo, a gente se beijou e depois você estava aqui com ele. Suja pra caralho.
Ela olhou em volta envergonhada por todo mundo estar escutando e eu apertei mais ela contra o meu corpo.
— Olha como fala, Daniel. — disse sério.
— E você seu merda, ainda tem coragem de falar comigo? Tu é meu irmão. — ele apontou pro meu peito.
Sarah tentou puxar ele com calma, mas ele tirou a mão com força. Ameacei encara-lo, mas Alicia me puxou também.
— Mas isso não significa de porra nenhuma pra você, né? Não contou que minha mãe tava viva, me deixou perto daquele cara por anos... — jogou na minha cara. Senti no peito.
— Daniel, eu não fiz por mal. — disse ressentido.
— Caralho como que não faz por mal? Tu ficou com a mina que eu tava gostando, fez todas essas coisas e ainda critica o Vinicius. Que que você tem de diferente dele? Você é um merda! — ele cuspiu as palavras na minha cara.
Larguei da Alicia e fui pra frente dele, se ele queria me xingar, que xingasse, mas sem ninguém me segurando, além do mais, aquela sensação de raiva já corroía dentro de mim mesmo sabendo que em partes ele não tava errado.
— É o que? Vai me bater? — ele riu me peitando. Completamente transtornado. — Tudo isso por essa escrota do caralho? — apontou pra Alicia.
— Daniel! — aumentei o tom de voz empurrando ele. Alicia segurou meu braço de volta e me puxou pra longe.
— Deixa ele. — ela sussurrou no meu ouvido.
— Vocês dois são farinha do mesmo saco. — deu um riso sofrido e saiu em direção da porta.
— Vou levar ele em casa e vou pra casa, tá!? — Sarah falou com pressa e eu assenti. — Quer vir comigo, Laura?
— Sim. Boa festa aí pra vocês. — ela disse e foram embora.
Bufei colocando a mão na cabeça. Parecia que eu não ficava livre de dor de cabeça nunca.
— Caralho, estragou a noite pra caralho. — falei pra Alicia.
Jade ligou o som de volta e a galera disfarçou voltando pro que tava fazendo.
— É foda, pior que eu nem fico com raiva dele. — ela balançou a cabeça negativamente. — Hein, vamo lá pra casa. Eduarda vai pra casa do Matheus. Deixa os meninos aí se divertindo e vamos pra lá.
— Certeza? — olhei pra ela receoso.
Ela assentiu e me deu um selinho. Deixei ela avisando para os amigos e fui falar com os meus que eu sabia que adoravam ficar com a academia na mão deles pra fazer merda sem o chefe. Eu fingia não saber.
Pedimos um uber que eu tinha deixado a moto em casa e em dez minutos estávamos no apê dela. Entramos, ela trancou a porta e eu me joguei no sofá. Que estresse.
— Infelizmente a gente ainda vai ter que aturar isso por um tempo e nem podemos culpar ele. — ela disse sentando e batendo na perna pra eu deitar com a cabeça nela.
— Te chamar de escrota? — deitei.
— Pra ele eu fui, ué. Se fosse ao contrário eu também acharia ele um puto de um escroto. — ela o defendeu e eu dei de ombros.
— Sei lá, só acho que ele não precisava surtar dessa maneira. — disse.
Ela me olhou sarcástica. — logo você que mais surta?
— Tá, mas é diferente. Ele não é assim. Pode ser meio despirocado com algumas coisas, mas assim não. — falei.
— Eu acho que a gente tem que conversar com ele, pegar ele desprevenido sóbrio em casa. — ela opinou.
— Aí, sério? — fiz cara de tédio e ela assentiu. — Queria muito não.
— Mas nós vamos! — ela bateu o martelo e eu ri.
— Pega uma toalha pra eu tomar um banho? — eu pedi.
Ela assentiu se levantando, foi até o quarto e me entregou uma toalha limpinha. Entrei no banheiro, me despi e entrei com vontade no chuveiro, como eu precisava de uma água gelada na minha cabeça.
Fechei os olhos tentando manter a mente limpa, mas não dava. Apesar de só brigar com Daniel, eu sempre me sentia mal quando o assunto era nossa relação de irmão. Eu realmente faltei muito.
Alicia entrou no banheiro, se despiu, eu arqueei as sobrancelhas e abriu o box. Ela deu um sorriso pra mim e se achegou pra perto de mim com nossos corpos grudados.
— Sei que você tá tenso, mas os problemas vão passar. — ela me abraçou fazendo carinho nas minhas costas.
Eu nunca tinha visto ela pelada, e que corpo... que mulher... sem defeitos. Abracei ela de volta e ficamos um tempo assim, até eu me afastar e puxar ela pelo pescoço pra perto da minha boca.
Dei um selinho nela e iniciamos um beijo, o que era sempre lento ou sei lá, calmo, se tornou algo ofegante, cheio de desejo e tesão. Foi inevitável não me excitar, o amigo debaixo não aguenta.
Em meio ao beijo, abri a porta do box, apertei forte a bunda dela e a peguei no colo saindo do chuveiro. Ela beijava meu pescoço apertando minhas costas e eu fui andando com ela no meu colo molhando a casa toda.
Soltei ela na cama e me apoiei por cima dela beijando seu pescoço que suspirou e desci por toda extensão do seu corpo.
ALICIA
Nunca fui tão fã assim de sexo, mas com ele foi muito diferente. O cuidado e o carinho que ele estava transmitindo, me fez relaxar.
Enquanto sentia o prazer dos prazeres com ele explorando cada canto do meu íntimo, com o toque, com o beijo e com a língua, me fazia segurar os lençóis com uma força que nem eu sabia que tinha. Era maravilhoso.
Ele me fez sentir como se fosse a primeira vez que eu tivesse experimentado aquela sensação do orgasmo, e sinceramente, era mesmo.
Ele soltou uma risada abafada em meio às respirações pesadas ao me ver morder os lábios e os olhos pesados de tanto tesão. — Você é tão linda!
No ritmo que a gente entrou era impossível parar, isso continuou pela sala, no sofá, na mesa, na bancada da cozinha até a gente voltar pra cama e relaxar.
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Era uma vez, Ali
Fanficautora: juwebs_ Quando Tina, a filha mais velha de um casal, completa 10 anos de idade, seu pai conta a história do grande amor da sua vida... e uma história de amor nunca foi tão difícil de ser contada: uma mulher sonhadora, dois amores, alguns ami...