Acordei com barulho de risadas vindo da sala. Peguei meu celular, eram 15h da tarde, aproveitei pra ver as mensagens que tinham chegado.
Respondi minha mãe, a menina que queria confirmar minha matrícula na faculdade e deixei as milhares de mensagens de Rodrigo de lado.
Larguei o telefone no colchão mesmo e me levantei pra ir até a sala. Pelo som da risada pavorosa, era meu melhor amigo e que saudade que eu tava dele.
Cheguei bem na hora que ele tava em cima dela fazendo cosquinha. Admirei a cena, sabia que Matheus era caidinho pela Eduarda e eu achava lindo esse amor.
Eu pigarreei.
— Ih, acordou a bela adormecida! — ele se ajeitou no sofá se recompondo.
— Eu mesma. — dei um mega sorriso e abri meus braços pra receber aquele abraço que só ele sabia dar. — Fica com ciúme não ein, Eduarda.
— De vocês dois? Nunca. — ela disse nos olhando apertadinhos um no outro. — Agora somos os três mosqueteiros.
Ela se juntou ao nosso abraço e nós rimos. Já sabia que seria incrível essa fase da minha vida.
Eles voltaram a se esparramar no sofá e eu fui até a cozinha beber uma água e comer. Duda avisou que tinha feito um strogonoff daqueles de boas-vindas e eu joguei foi tudo pra dentro. Uma delícia mesmo, disse ela que aprendeu com o irmão.
Eu bem estudada já tinha visto todo o perfil do pessoal que ás vezes eles conviviam e tava louquinha pra conhecer o restaurante do irmão dela com o marido da irmão do Matheus.
— Pra onde vamos hoje? — perguntei dando a última garfada.
— Você que manda! — Eduarda disse.
— Pra ser sincera, queria passar no shopping pra comprar meus móveis e zerar minha conta bancária só com isso. — falei. — Preciso de uma cama, um armário e só talvez uma mesa pra estudar.
— Tá de sacanagem que no seu primeiro dia você quer ir pra shopping!? — Matheus me olhou com cara de tédio. — Eu e Duda mó animados pra um barzinho e tu aí toda velha.
— Amigo, entenda: eu estou super mega hiper animada pra curtir bastante com os cariocas, mas primeiro preciso me estabilizar aqui, tá ok? — olhei pra ele com cara de metida. — Prometo que no meio da semana a gente já dá um rolê maneiro, mas nesse domingo preciso montar meu quarto.
— Eu estou do seu lado, Ali. A gente deixa pra curtir depois! — Eduarda falou e ele revirou os olhos. — Para de ser chato, tua amiga veio morar pra cá agora, coloca um sorriso nesse rosto.
Ele forçou um sorriso de má vontade e nós começamos a rir.
Lavei meu prato, escovei meu dente e me sentei no sofá pra assistirmos um filminho. Como sempre Matheus queria assistir filme de ação, então caímos na dele.
— Filmasso desse, puta que pariu. — Matheus disse quando terminou.
— Que você dormiu, né!? Tu é um safado, Matheus. — eu disse me sentando no tapete. Tava deitadinha confortável nele.
— Ele acha que engana alguém. — Eduarda balançou a cabeça negativamente.
— Que isso, vocês são chatonas. Vou chamar Phelipe pra partir com a gente pro shopping, senão não aguento. — ele bufou pegando o celular.
— Quem é Phelipe? — perguntei curiosa.
— Um parceiro meu, nem vem. Muito galinha pra você, já deu tua cota. — ele disse sério.
— Ih! — ri.
— Deixa ele, bora se arrumar? — Eduarda olhou pra mim.
Dei aquela espreguiçada na preguiça e assenti. Deixamos Matheus vasculhando o catálogo da netflix e fomos colocar uma roupinha.
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Era uma vez, Ali
Fanfictionautora: juwebs_ Quando Tina, a filha mais velha de um casal, completa 10 anos de idade, seu pai conta a história do grande amor da sua vida... e uma história de amor nunca foi tão difícil de ser contada: uma mulher sonhadora, dois amores, alguns ami...