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MARATONA 2/4

O luau era literalmente em frente ao nosso hotel. Então só descemos a escadaria para a praia e já estávamos lá. Estava algo bem mais ornamentado do que eu esperava, luzes em tochas, fogueira, uma mesa com bebidas e até um bolo.

— Olá, tudo bem? — uma menina chegou na gente assim que chegamos.

— Oie. — disse.

Patrick permaneceu apenas com um sorriso fraco.

— Oi. — ele disse assim que apertei a mão dele pra que ele falasse.

— Joana me avisou que tinha um casal a procura de algo a fazer e indicou nossa festa. — nós assentimos. — Então, eu sou filha do dono do hotel e pedi ao meu pai pra fazer meu aniversário aqui.

— Meu Deus, é seu aniversário? — levei a mão na boca.

— Viu!? — Patrick revirou os olhos jogando na minha cara.

— Desculpa, nós não sabíamos. Achei que era algo público. — pedi envergonha.

Ela riu.

— Que isso, eu vim aqui justamente pra dizer que vocês são bem-vindos, Joana disse que vocês pareciam ser legais e eu adoro gente nova. Fiquem a vonts! — ela falou.

— Não precisa. — Patrick disse antipático.

— Eu não vou deixar vocês irem embora. — ela disse pegando nossos braços.

Olhei pra ele sorrindo vitoriosa. Esse garoto ia comemorar por bem ou por mal.

— Ó, aqui tem comidas, — ela apontou pra um pano na areia tipo piquenique — ali bebidas. Daqui a pouco um amigo vai começar a tocar, se divirtam!

— Obrigada! — falei e ela sorriu correndo pra um grupo de pessoas.

Me virei pra ele que tava com aquela cara de bunda dele.

— Viu, fomos super bem recebidos, agora é só se divertir. — segurei as mãos dele.

— Estamos de penetra! — disse teimoso.

— Que penetra meu filho? A dona da festa apresentou tudo pra gente você acha que é penetra? Sossega o rabo. — falei impaciente.

— Alicia, alicia. — ele riu. — Vamos pelo menos beber então?

— Seu pedido é uma ordem. — fiz continência, ele riu e nós fomos pegar copos.

Só tinha bebida cara e boa... também, filha do dono desse hotel só pode ser podre de rica mesmo. Decidi nem beber cerveja e me dar ao luxo de tomar um gin daqueles dos caros.

Sentamos em um dos tapetes de palha espalhados e ficamos rindo vendo o pessoal tudo praiano agir, era engraçado.

— Quem diria, né? A gente no nordeste de penetras num luau juntos. — ele disse olhando pra frente.

— Penetras não. — levantei o dedo. — Mas juntos num luau em nordeste, é verdade. A vida é uma loucura.

— Até que gostei dessa loucura. — ele fez carinho no meu cabelo.

— De qual que você não gosta? — virei meu pescoço pra olhar pra ele que riu.

Uns meninos começaram a tocar violão, uns mpbs bem de leves e a vibe era maravilhosa.

Começou a tocar "garota de ipanema", uns casais começaram a dançar no espaço sem nada perto da fogueira onde todos cantavam.

Patrick se levantou, limpou o short e colocou o copo fincado na areia. Eu franzi a sobrancelha, ele veio pra minha frente e esticou a mão pra mim.

Era uma vez, AliOnde histórias criam vida. Descubra agora