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MARATONA 2/4

JADE

Ver tão de perto Eduarda e Matheus se casando, declarando seus votos e se amando foi tão lindo que eu desejei ter algo assim.

Não vou mentir que eu e Phelipe não demos aquelas trocas de olhar, mas eu acredito ter sido só coincidência mesmo. Eu sabia que ele não estava tão envolvido assim.

Eles trocaram aliança, deram aquele beijo de invejar só que sem inveja e foram andando até a área onde iria ser a festa com todos nós atrás deles jogando flores.

Não tinha troca de lugares, não tinha troca de roupas, era isso mesmo, cerimônia e festa logo em seguida. A festa seria no lado de fora do hotel, que era gigantesco por sinal, um campo lindo com vista pra praia do leblon e estava tudo tão harmônico, florido, a cara de um dia feliz.

Procuramos nossa mesa onde ficariam eu, Phelipe, Alicia, Patrick, Daniel e Laura e era bem perto da mesa dos noivos (já casados) com os pais. Óbvio que Dudinha não nos colocaria longe.

— Que cerimônia foda e olha que eu não tenho a mínima paciência pra casamento. — Phelipe disse olhando os dois cumprimentando os convidados.

— É, eu também não curto muito, mas quase que desejei algo parecido. — disse. — Foi repentino, não quero casar!

— Aí eu quero... casar de branco, talvez de rosa, com um buquê maravilhoso, na praia ou talvez num bosque, sei lá... só quero. — Alicia disse imaginando.

— Toda princesinha assim era mais fácil ter me escolhido. — Daniel provocou.

Laura beliscou ele e nós caímos na gargalhada.

— Au! — ele murmurou. — É sério, não que agora eu queira, mas já imaginou Patrick amorzinho assim?

— Ele não é tão ogro assim, tá? — Alicia o defendeu enrugando o nariz.

— Deixa ele achar que eu sou. — Patrick deu de ombros metido.

— Pelo menos Alicia liberou um gêmeo pra mim, ficou mais fácil. — Laura disse piscando pro Daniel.

— E vocês estão namorando? — perguntei curiosa.

— Não. — ela respondeu.

— Ainda não. — ele retrucou e deram um selinho.

— Gente, vou lá falar com minha geração, ok? — Laura avisou se levantando.

— E eu vou comer, tô cheio de fome. — Daniel se levantou também.

— Tô contigo! — Patrick avisou.

Nós assentimos e cada um foi pra um canto. Os meninos pro buffet, porque além de garçons, tinha tipo uma cabana moderna com várias comidas e Laura pra mesa do pessoal da família dos dois.

Vimos de longe o irmão da Duda subindo em um mini palco, ele pediu pro pessoal da banda parar de tocar a música e pegou um microfone.

— Som, som, tão me ouvindo? — ele perguntou com um sorriso brincalhão. Nós gritamos. — Bom, deixa eu aproveitar que ainda não tô bêbado pra fazer meu discurso, afinal, se o Matheus achou que ia casar com minha irmã sem passar vergonha ele está muito enganado.

— Você não vai beber, querido! Acabamos de ter um bebê, é comer e partir. — a voz de Sarah soou mais alto por causa do silêncio e todos riram.

— Ouviram a mulher, né? Tá bom, eu tenho que obedecer. Obedeçam suas mulheres! — ele ordenou. — Mas mesmo assim vou adiantar meu discurso.

Era uma vez, AliOnde histórias criam vida. Descubra agora