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— Porra, tava fazendo o que? — um moleque gritou assim que viu Patrick se aproximando.

— Fumando né otário? — ele levantou o isqueiro. — Oi, Alicia. — ele franziu a sobrancelha ao me ver.

— Oi. — acenei com a cabeça e continuei tomando minha cerveja.

— Maneirinha a professora de ballet, não convidou ela antes por quê? — Luís, que eu lembrei de ser um dos personals, me abraçou de lado.

Os meninos eram bem calorosos e simpáticos mesmo. Duda não parava de conversar com Livia e um carinha que também era personal sobre querer começar a treinar e eu estava aleatória no meio dos outros.

— Porque ela não trabalhava aqui. — ele disse guardando o isqueiro de volta.

— E também nem foi ele que me convidou. — cutuquei a onça.

— Ah, não? — Luís me olhou confuso e eu balancei a cabeça negativamente.

— Até porque não quero mais problemas com meu irmão. — ele riu provocativo pegando a cerveja que José tinha trazido pra ele.

— Ih, namorada do Daniel? — Luís se distanciou de mim arqueando uma sobrancelha.

— Não, esse meu chefe viaja. — neguei com a cabeça tomando um gole da minha cerveja.

— Sei. — Patrick riu.

Os moleques se divertiam muito ao som do hip hop e as vezes rap, eu só queria um funk ou talvez um barões da pisadinha pra animar.

Tava bebendo cerveja que nem água pra falar a verdade, quando o assunto ali no meio se tornou só série de academia eu me pus a trocar de lado e ir pro lado das meninas perto das bebidas.

— Sozinha aí? — Livia apareceu enquanto eu virava mais cerveja no meu copo.

— Vocês só falam de academia lá, uó. — revirei os olhos.

— Me falaram que você é super animada e se adequa a qualquer lugar por ser tão assim, mas parece não estar gostando muito. — ela olhou nos meus olhos.

— É que rap é meio difícil de me animar, sendo sincera. — eu ri.

— Sério? — eu assenti. — Quer que eu coloque pra você o que?

— Não, que isso. Não troca, tá geral curtindo. Deixa que eu tô feliz bebendo aqui.

— Ok então.

— Quem te disse isso sobre mim? — fiquei curiosa com a descrição feita.

— Que você é super feliz? — eu assenti. — Alguém que você não é muito fã. Ele é mau humorado demais pra entender essa sua vibe. — ela riu olhando pro Patrick e eu bufei.

— E que você se adequa aos lugares a Duda, porque fiquei preocupada de você não estar gostando.

— Ah sim, fica tranquila que eu tô bem. — abri um sorriso sem mostrar os dentes.

Patrick me estressava num nível máximo, e olha que era difícil. Eu não estava puta, nem nada, aliás, pra variar eu estava bem animada com a quantidade de bebida ali, mas ele sempre tinha que soltar alguma coisa chata. Como "feliz demais pro meu gosto".

— Mas fiquei interessada em te conhecer. É que, sabe, você é mó linda e ainda é desse jeitinho, não tem como não se impressionar. — ela disse parando na minha frente.

Se colocassem um bife na minha bochecha fritaria de tão sem graça que eu fiquei.

— Que isso Livia, sou nada.

Era uma vez, AliOnde histórias criam vida. Descubra agora