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Voltamos pra casa, passamos a noite assistindo crepúsculo e depois ficamos na cama só conversando e claro trocando carícias.

Tudo que era com ela me fazia bem, nós podíamos apenas parar um de frente pro outro sem se mover que eu estaria feliz.

Passei por muitas coisas na minha vida com família, não entendia o porquê, mas ao olhar pra minha vida agora eu entendia, eu tinha ganhado o melhor presente do mundo, uma família feliz, completa, sem intrigas e de muito amor.

Ou seja, tudo que me foi "tirado" na infância foi me recompensado depois. Com Alicia eu aprendi a amar Deus, entender as coisas a partir de seu olhar e era com toda certeza outra vida.

E é por isso que mesmo com essa barra passando na cabeça de "minha mulher está enfrentando a pior das doenças e ainda carrega nossa filha" eu me mantinha de pé, porque Ele tava comigo.

Não sou o cara que vai pregar por aí, não sou o cara que vai te dizer que se você não tiver a ele você não é feliz e muito menos o cara de frequentar igreja. Eu só tô dizendo que se fosse pra falar sobre minha vida HOJE, ele seria muito citado.

Tomamos um café da manhã incrível dado de presente pelos nossos amigos, que mesmo longe (por pouco tempo) ainda faziam questão de nos surpreender.

— Sabe no que que eu tô babando? — ela disse tomando o último gole de suco.

— Hum? — perguntei.

— Naquela jacuzzi, bora? — ela apontou com a cabeça. — Quero aproveitar todas as riquezas desse lugar antes de voltar pra nossa piscina de plástico.

— Tu é demais. — eu ri. — Vamos!

Ela foi na frente colocar o biquíni e eu comecei a tirar a mesa. O dia hoje seria especial.

Finalmente eu ia me casar com ela, era quase que obrigada até porque ela só foi aceitar depois de muita insistência por longos meses quase um ano.

Eu entendia profundamente os motivos dela, mas eu não me importava com nenhum deles, até porque pra mim não existia nenhuma possibilidade de algo ruim acontecer mesmo com medo.

Ela desceu me dando bronca por estar demorando e eu corri pra colocar uma bermuda mais confortável de ficar na água. Odiava sunga.

— E aí, tá pronta pra casar hoje? — disse descendo as escadas com a toalha no ombro.

— Putz, que gatilho! — ela me olhou de cima a baixo. — Foi bem assim que você desceu quando me contratou.

— E eu era gostoso assim? — me gabei dando uma voltinha.

— Era. — ela assentiu com água na boca e começou a acariciar meu abdômen. Eu tava rindo muito. — Não zomba de mim, ok? Mulher grávida tem sede de sexo e eu não tô podendo. Culpa sua! — ela me empurrou e saiu andando até a jacuzzi.

— Minha? — ri me fazendo de vítima enquanto a seguia.

— Claro, você não quer transar. — ela bufou entrando na água.

— Jamais, quer que eu machuque minha filha? Você já tá no nono mês. — balancei a cabeça negativamente e ajudei ela a sentar.

Ela revirou os olhos e eu sentei com ela.

— Então pra que serve essa viagem romântica sem sexo? — ela fez bico.

— Magoou. — brinquei botando a mão no peito. — Pra passear? Pra ter tempo de ter mais carinho? Pra nos casarmos?

— Nossa, quem diria, você se tornou Alicia masculina. — ela zoou.

— Tô achando que você não quer casar, só me dando patada. — fiz drama.

Era uma vez, AliOnde histórias criam vida. Descubra agora