parte 11

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Esse palhaço me leva do inferno ao céu ou é do inferno ao inferno.
Termino de vestir minhas roupas e pego minha bolsa, Ruggero coloca a camisa e me encara.
- Ainda não esqueci o que fez com minha moto, vai ter volta. Falo e me viro para ir embora, ele segura minha mão e avança devorando minha boca me pegando de surpresa.
- Calada fica bem melhor, chata pra caralho. Pigarreio controlando a excitação que essa peste me causa e reviro os olhos, saindo.
- Karol... Ele chama.
- O que? Respiro fundo.
- Onde você vai? Me viro com o pouco de paciência que me resta.
- Preciso mesmo responder, são duas da manhã para onde você acha que vou nesse momento?
- Viu paciência com você é zero, tô falando tomar no cu, vamos logo antes que eu me arrependa.
- Quem te pediu alguma coisa aqui?
- Vai a pé agora pra deixar de ter a língua grande. Dou risada.
- Vai sonhando. Tiro o celular do bolso e vou andando pelo corredor, abro o aplicativo do Uber e meu celular é arrancando das minhas mãos.
- Ah obrigado, pode usar eu nem estava precisando. Digo irônica e estendo a mão para que ele me devolva.
- Não, eu vou te levar.
- De jeito nenhum, eu vou de Uber.
- Mulher minha não anda de Uber.
- Ainda bem que eu não sou ela.
- Não adianta filhote de piquinês é minha e acabou.
- Filhote de pequinês é seu... Ele me interrompe.
- Isso não, você já comprovou. Reviro os olhos e quando chegamos no salão da boate dou de cara com a maluca lá.
- Rugge já terminou com a.. Ela me olha com desdém e sorrio debochada.
- Meu telefone palhaço. Ele não devolve e fala.
- Tô caindo fora.
- Mas Ruggero..
- O que está doida não ouviu... Reviro os olhos porque ela aguenta a grosseria dele,  saiu de perto.
- Oh maluca pode esperar. Nem dou ouvidos sigo o caminho para fora da boate e encontro os garotos fumando.
- Então estourou as bolas do chefe?
- Quase, na próxima eu acerto.
- Besteira, pela distância você errou porque quis. Jorge fala e olho pra ele sorrindo.
- Já tinha pego em uma arma? Respiro fundo não gosto de falar da minha vida.
- Sim, com meu padrinho ele é apaixonado por armas.
-  Vamos embora mulher para de fofocar. Ruggero passa por mim e vai para o carro, mas continuo parada no mesmo lugar.
- Ou, você vai entrar ou que?
- Ah é comigo que está falando? Vejo ele respirar fundo.
- Não faz eu perder a porra da paciência que eu não tenho Karol entra no caralho do carro.
- Qual é a dele vocês que são amigos, eu conheci o cara ontem e ele já acha que é dono da porra toda pra cima de mim, se ele não chegar em casa vocês já sabem, podem procurar no lugar de desova só o corpo porque a cabeça eu explodir.
- Cheia de marra nem tamanho pra isso tem entra logo nesse carro.
Ele grita e os garotos ficam rindo olhando de um para o outro eu mereço, entro no carro e ele arranca.

Não falo nada, estou tão cansada e não quero perder meu tempo com esse idiota que só faz merda, por causa dele ainda não sei como pagar o concerto da moto, vou ter que mexer no dinheiro da faculdade e trabalhar o dobro para repor.
- Qual é a tua com Miguel Valente?
- Está me seguindo agora?
- Só responde a droga da pergunta? Suspiro me rendendo.
- Ele é meu padrinho.
- Padrinho...
- Sim, quase ninguém sabe.
- Por ele ser policial.
- Sim.
- Então seu pai é um drogado e você tem um padrinho que é delegado. Não respondo.
- Sua mãe?
- Ihhh qual é a das perguntas?
- Nada demais só quero saber onde estou me metendo.
- Ninguém te chamou, não tem que se meter onde não é chamado.
- Garota quer abaixar as armas eu heim, não tenho saco pra isso. Ele fala
- Nem eu então cala a boca. Respondo.
- Vem calar porra.
- Não estou afim, quero minha cama, a propósito como sabe onde moro? Pergunto assim que ele estaciona.
- Tenho meus meios. Reviro os olhos e vou saindo do carro ele segura meu braço.
- Nem um beijinho de despedida. Levanto o dedo do meio pra ele.
- Olha que vou invadir seu quarto durante a noite. Ele grita quando eu já estou no portão.
- Grita mais alto a vizinha fofoqueira ainda não ouviu palhaço.
- Karol...
- Eu que não tenho saco pra você.
- Já sabe, não vou falar outra vez o que posso fazer.
- Espere deixa eu só ver se eu entendi, você diz que eu sou sua e que não posso me aproximar de homem nenhum se não você mata.
- Correto.
- Mas você estava com a piranha no colo.
- Você é minha eu não disse que sou seu, eu sou do mundo. Dou risada, não gargalho chega me dar vontade de fazer xixi.
- Qual a graça?
- Você não está no circo meu bem para ser a atração principal seu ridículo e eu não nasci pra ficar amarrada querido muito menos por você, quer matar vai fundo mas a Karolzinha. Beijo meu ombro.
- é porra louca solta na vida.
Dito isso dou as costas e entro.

Tomo um banho e caiu na cama adormeço, quando acordo pela manhã me arrumo rápido cheia de sono e vou pra escola.

Mal saiu pelo portão, sei que estou meio sonâmbula ainda mais estou vendo minha moto na frente de casa, inteirinha sem um arranhão como é isso, ela estava só o bagaço.
Abro o portão e me aproximo um carro do outro lado da pista buzina e tiro o olhar da moto, o cara sai do carro e atravessa a pista e vem na minha direção  .
- Karol? Ele pergunta.
- Quem deseja? Ele rir.
- É você mesmo. Ele tira do bolso as chaves da moto e estende para mim.
Minha expressão confusa denuncia.
- Ordens são ordens patroa.
- Do que me chamou?
- O chefe falou que era marrenta só não imaginei quanto, bem está entregue sem nenhum arranhão.
Meu celular avisa um sinal de mensagem e pego.
- Pra você parar de falar no meu ouvido, chata pra caralho. RP

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